Rio -  A semelhança física com o personagem imortalizado pelo gênio Chico Anysio rendeu a Bruno Mendes o apelido de Coalhada, quando dava seus primeiros chutes nas categorias de base do Guarani. Dentro de campo, eles são uma antítese. Vivendo um momento mágico no Botafogo depois de marcar três gols em duas partidas, sendo dois na vitória sobre o Vasco, o garoto tem tudo para fazer o que o perna-de-pau fictício nunca conseguiu: brilhar num grande clube.
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Bruno Mendes e Coalhada: semelhança apenas física | Foto: Divulgação
Enquanto Coalhada vivia se defendendo das críticas, Bruno só tem recebido elogios desde que chegou ao Alvinegro, no fim de setembro.

“O Bruno é um atacante nato, um centroavante que tem cheiro de gol. A gente fica feliz de poder estar ‘descobrindo’ um jogador da qualidade dele. Tenho certeza de que vai nos ajudar muito. É um garoto de cabeça boa e vai fazer a história dele aqui, que é o que ele procura”, disse o goleiro Jefferson.

Se o personagem de Chico Anysio nunca foi visto em campo, tendo boas atuações, a fama de jogador com um belo futuro do atacante botafoguense não vem de agora. Comparado ao ex-centroavante Careca, o garoto de apenas 18 anos chamou a atenção de todos no primeiro confronto entre Guarani e Botafogo pela Copa do Brasil, no primeiro semestre.

“No jogo que tivemos contra o Guarani, já sabíamos da qualidade dele. A gente já conhecia. Ele já fez muita coisa em pouco tempo e tem muito a crescer. É um grande atacante, um grande finalizador. Isso ele vai mostrar para o torcedor neste fim de Brasileiro e no ano que vem”, projetou o volante Marcelo Mattos.

No dia seguinte ao show dado no Engenhão - Bruno Mendes deu o passe para gol de Elkeson e marcou os outros dois na espetacular virada de 3 a 2 sobre o Vasco -, o atacante foi liberado para resolver problemas particulares em Campinas. Ele ainda precisa concluir a mudança em definitivo para o Rio.

Coalhada sempre teve ao seu lado o fiel escudeiro Bigode, seu empresário. Apesar de ter sido comprado por um grupo de investidores junto ao Guarani, Bruno ainda não cortou o cordão umbilical. Tanto nos treinos quanto nos jogos, o garoto é acompanhado pela mãe, Márcia e pelo pai, Osmar. A retribuição pelo carinho veio na comemoração do primeiro gol no clássico. O atacante beijou as tatuagens que tem com o nome dos dois.