Longa da diretora de ‘Guerra ao Terror’ mostra perseguição a Osama Bin Laden
POR CARLOS BRITO
Rio - Ao ser lançado nos Estados Unidos, ‘A Hora mais Escura’ atraiu as já esperadas críticas republicanas, mas também o inesperado apedrejamento democrata. Aparentemente, nenhum dos dois lados da política norte-americana ficou feliz com a produção.

Boa parte do desenrolar da história é visto pelos olhos da agente Maya, da CIA | Foto: Divulgação
No entanto, longe de ser um problema, esse ataque bilateral direcionado à obra da diretora Kathryn Bigelow (‘Guerra ao Terror’) talvez seja o atestado definitivo da altíssima qualidade do longa, que retrata, com as necessárias licenças poéticas, a caçada de dez anos empreendida pelo governo americano ao terrorista Osama Bin Laden, idealizador do ataque às Torres Gêmeas, ocorrido em 11 de setembro de 2001.
Dentro dessa abordagem, o filme mostra o desgaste, o alto preço físico, mental e financeiro, o esforço e os métodos empregados pela CIA — inclusive tortura — para atingir seu alvo. Durante boa parte do filme, acompanhamos os acontecimentos pelos olhos da agente Maya (Jessica Chastain, indicada ao Oscar).
Por ser uma cineasta habilidosa, Bigelow não faz juízo de valor, mesmo sobre as práticas mais condenáveis usadas pelas forças de segurança de seu país. Deixa que o público reflita e tire suas próprias conclusões. E é justamente aí, neste distanciamento, que está a grande força de ‘A Hora mais Escura’.
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