Mobilização pela Feira da Roça
Proibição de vender produtos no Centro de Nova Iguaçu causa revolta em agricultores
Rio - Quem passou pela Praça Rui Barbosa, no Centro de Nova Iguaçu, a partir de 1º de janeiro deve ter dado falta da tradicional Feira da Roça, que era realizada há seis anos, todas as quartas-feiras. As barracas não são armadas há seis semanas, desde que Nelson Bornier assumiu a prefeitura da cidade.

Feirantes ocuparam a praça para protestar contra a proibição do prefeito e pedir o apoio da população | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Na Feira da Roça, eram vendidos produtos como legumes, frutas e peças de artesanato produzidos por agricultores e artesãos da cidade. A maioria oriunda de pequenas propriedades na cidade.
O fechamento revoltou os feirantes, que cobram sua revisão. “A feira nunca deixou de abrir. Assim que o prefeito tomou posse, a Ordem Urbana retirou os camelôs e nos colocou no mesmo pacote”, lamenta o produtor e feirante Luiz Fernando de Jesus.
Aos 65 anos e um dos produtores mais antigos da Feira da Roça, ele reclama do prejuízo causado pela determinação do prefeito. Jesus explica que são 56 famílias que dividiam 27 barracas. “Em média, cada uma tinha vendas entre R$ 700 e R$ 800 por dia da feira. Esta foi a sexta semana seguida que não trabalhamos, e o prejuízo aumenta cada vez mais”.
Jesus afirma que a maioria depende das vendas na feira para sobreviver. Por isso, as famílias se mobilizam e preparam protestos para pressionar o prefeito para que permita a volta das barracas. Além disso, estão colhendo assinatura num abaixo-assinado que será entregue a Nelson Bornier após o Carnaval.
O primeiro protesto foi na quarta-feira passada. Com cartazes, feirantes ocuparam a praça para pedir apoio à população, considerado fundamental para convencer o prefeito a permitir a feira. E avisaram que vão armar suas barracas no próximo dia 20.
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