Rio -  Os motoristas de São Gonçalo e Queimados foram os que mais sentiram no bolso, entre as grandes cidades do estado, o peso do aumento da gasolina nas bombas. De acordo com a pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nos postos dos dois municípios o repasse para o consumidorfinal foi de 4,30% e 4,66%, respectivamente, sobre os valores médios do combustível vendido em postos pesquisados pela agência nas últimas quatro semanas.
Confira abaixo os preços e os aumentos:
Foto: Arte: O Dia
Arte: O Dia
Os aumentos nas duas cidades ficaram acima da previsão do governo. Logo depois do anúncio do aumento dos preços nas refinarias, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estimou que o reajuste no preço da gasolina para o consumidor chegaria a 4%. Isso porque, em 30 de janeiro, a Petrobras anunciou reajuste de 6% nas refinarias do país.
Na comparação do levantamento feito pela ANP no período de 13 e 19 de janeiro e de 2 a 9 de fevereiro, em Queimados o preço médio do litro da gasolina subiu de R$2,999 para R$ 3,139. Já em São Gonçalo, os postos passaram a cobrar, em média, R$ 2,977, o litro do combustível. Antes o preço médio era de R$ 2,854.

NO RIO, AUMENTO DE 3,24%
No Município do Rio, o motorista também pagou mais caro. A correção foi de 3,24%, passando o preço médio de R$ 2,863 para R$ 2,956, segundo a pesquisa da ANP.
O Sindicato dos Postos de Combustíveis do Município do Rio (Sindcomb-Rio), que representa 450 estabelecimentos na cidade, ressaltou que o repasse do aumento foi inevitável, pelo falto de as distribuidores terem vendido combustível com preços reajustados.
Opção é usar GNV ou andar de ônibus
Para fugir dos preços mais altos da gasolina, muitos motoristas acabam optando por converter o motor do veículo para Gás Natural Veicular (GNV). O autônomo Edmo Pedro Leite, 47 anos, instalou o kit gás mas manteve o hábito de usar gasolina no carro, mas como o recente aumento do preço do derivado de petróleo vai dar mais preferência para o GNV.
“Com o aumento da gasolina vou aumentar ainda mais o uso do GNV”, afirmou.
Já o vidraceiro Paulo Sérgio Vieira, 44 anos, está prestes a desistir de usar o carro, deixando o automóvel mais na garagem de casa.
Casado, pai de um filho, ele disse que dará preferência ao transporte público. “Tenho diminuído cada vez mais o uso do carro com os aumentos dos preços da gasolina. Com esse novo reajuste vou andar mais de ônibus”, garantiu.