Alagoas -  O ex-prefeito de Satuba (AL), Adalberon de Moraes, foi condenado na noite desta quinta-feira a 34 anos e quatro meses de prisão pela morte do professor Paulo Bandeira, em 2003. O crime teria sido motivado pelas denúncias feitas pelo professor sobre desvios de recursos federais destinados à Educação no município. Paulo Bandeira foi encontrado acorrentado e carbonizado dentro de seu carro, em um matagal nos arredores de Satuba.
Adalberon, o policial militar Ananias Oliveira Lima e o ex-militar Geraldo Augusto Santos Silva foram condenados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O ex-prefeito e o policial militar foram condenados ainda por sequestro. No total, Geraldo Santos Silva pegou 28 anos e oito meses de prisão e Ananias Oliveira, 31 anos.
Segundo a sentença, as penas deverão ser cumpridas, inicialmente, em regime fechado. Ao final do processo, os advogados dos três réus condenados comunicaram ao juiz que vão recorrer das penas. Aos autores materiais do crime, foi dada a possibilidade de recorrerem da sentença em liberdade, uma vez que se apresentaram à instrução criminal e não tentaram fugir do Estado durante o processo.
O ex-prefeito, no entanto, deverá aguardar decisões de tribunais superiores na prisão, uma vez que “ficou foragido por tempo considerável, demonstrando ousadia e desrespeito às decisões, renovando sua carteira de habilitação junto ao Detran de Alagoas, quando acabou sendo preso pela Polícia Federal”. Em juízo, ex-prefeito nega crime e diz que sofreu perseguição política.