sexta-feira, 24 de maio de 2013

Pezão curte fama de azarão e promete partir para cima de Velasquez


Pezão curte fama de azarão e promete partir para cima de Velasquez

Brasileiro luta pelo cinturão dos pesados no sábado

RAFAEL PAIVA
Estados Unidos - Underdog, adjetivo de origem inglesa que significa azarado (ou azarão), faz todo sentido para Antônio Pezão. Desde a sua estreia no UFC, há um ano, tal estigma acompanha este paraibano no octógono. O que o agrada muito. Afinal, após derrota para o próprio Cain Velasquez, em maio de 2012, o "Big Foot" demoliu com nocautes espetaculares Travis Browne e Alistair Overeem, credenciando-se a disputar o título dos pesados no UFC 160, neste sábado, no MGM Arena, em Las Vegas.
Amigos, Pezão e Cigano se encontram em Las Vegas
Foto:  Divulgação
A confiança é tanta que Pezão pensa, de forma bem-humorada, em incorporar underdog ao seu nome e, assim, transformá-lo, quem sabe, num adjetivo de campeão.
“Adoro ser azarão, estou até pensando em trocar meu nome para Antônio 'Underdog' Silva. Mas acho que depois dessa luta vou passar a ser o favorito da categoria”, disse, brincando.
Pezão, 33 anos, terá a difícil missão de parar o campeão Cain Velasquez, que tomou o cinturão de forma impiedosa de Junior Cigano. O insucesso de brasileiros diante de Velasquez é sinal de alerta de que algo novo precisa ser feito no sábado. E de que a luta precisa acabar o quanto antes, pois combate de cinco rounds favorece o americano.
“Vou para dentro, quero o nocaute até o segundo round. E tenho que ficar atento ao jogo de ‘ground and pound’ dele. Dessa vez vai ser tudo diferente”, garantiu Pezão.
Velasquez não esconde que vai amarrar a luta. Sua tática será a mesma das vitórias sobre Pezão e Cigano.
“Não muda nada. Big Foot é um cara forte, com poder de nocaute, mas pretendo lutar cinco rounds e cansá-lo”.
Sentado a dois metros do campeão, Junior Cigano está bem mais confiante do que os dias que antecederam à derrota para Velasquez. Contra Mark Hunt, na segunda luta mais importante da noite, ele quer o nocaute para voltar ao topo da divisão: “Aprendi com meus erros na última luta e estou pronto para buscar o nocaute logo de início”.
Confronto pelo cinturão pode reunir dois amigos
Amigos, amigos, cinturão à parte. Um confronto entre Pezão e Cigano é quase inevitável. Basta que os dois vençam seus combates para que a amizade do paraibano com o catarinense seja levada ao octógono, numa provável disputa de cinturão dos pesos-pesados. E a torcida deles é que esse confronto se concretize logo.
“Velasquez é favorito, mas sou muito amigo do Pezão e vou torcer para ele. Conversei com ele e sei o quanto merece ser campeão. Mas, se tivermos que nos enfrentar, vamos lutar sim”, admitiu Cigano.
Eles jamais cogitaram tal combate, mas o destino pode se encarregar de colocá-los frente a frente.
“Somos profissionais e não lutaria contra ele (Cigano) se não fosse pelo cinturão dos pesados, mas chega um momento em que não temos como evitar. Temos família para sustentar”, frisou Pezão, resignado.
* O repórter viaja a convite da organização do evento

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