Rádios MEC e Nacional sob a sombra do futuro
Ministério Público exige providências e EBC decide colocar rádios em puxadinho
Expostas ao desgaste provocado pelo tempo, duas das mais antigas rádios do Brasil deixaram de emitir as vozes e canções a partir de seus históricos edifícios. Entre infiltrações, escadarias inseguras e sistema elétrico comprometido, as rádios Nacional, tradicionalmente instalada nos últimos andares do arranha-céu A Noite, na Praça Mauá, e MEC, no prédio doado por Roquette-Pinto na Praça da República, há dois meses podem ser resumidas a um puxadinho dentro da TV Brasil (antiga TVE), na Lapa.
Alheia às discussões sobre os futuro de duas rádios cariocas de fundamental importância para o desenvolvimento do país, mas que hoje têm pouca representatividade no cenário imediatista das comunicações, a procuradora Cynthia Lopes, do Ministério Público do Trabalho, justifica que, em primeiro lugar, era necessário zelar pela segurança dos trabalhadores de ambos os veículos.
Na avaliação de Cynthia Lopes, a EBC tem se comportado exemplarmente ao compreender que os trabalhadores não podem atuar sob condições inadequadas: “Quando identificado problema, denúncia deve ser feita ao Ministério Público ou Defesa Civil para que sejam tomadas as providências”.
Setor de saúde é o que mais apresenta problemas
O Ministério Público do Trabalho admite que, em termos estruturais, as principais ações contra o serviço público ocorrem na área da saúde. “Os hospitais públicos são um exemplo típico. Quase sempre são identificados problemas que acabam resultando em ações para que estado ou município tomem as providências”, disse a procuradora Cynthia Lopes, que ainda comparou o caso da Rádio MEC com os mesmos problemas apresentados na saúde.
“É mais um prédio público antigo. Ele apresenta problemas na parte elétrica e infiltração de água são comuns. Fizemos um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e estamos em discussão sobre as datas”.
FUSÃO
Os impasses em relação às rádios MEC e Nacional, porém, ultrapassam as questões trabalhistas e das condições dos respectivos edifícios. Na avaliação da Sociedade dos Amigos Ouvintes da Rádio MEC (Soarmec), o fechamento dos edifícios das duas rádios evidencia o projeto de fusão ou até descontinuidade de ambas.
Em nota à coluna, a EBC reforçou a previsão de reforma do edifício da Rádio MEC. “Cabe ressaltar que a reforma do prédio não é uma obra comum: envolve restauração de pontos históricos (como o Estúdio Sinfônico) e readaptação dos espaços para a nova realidade das rádios da EBC, de mais sinergia, com equipamentos digitais”, informou a empresa pública, que descartou a intenção de fusão das rádios.
Enquanto não há licitação para a reforma, o edifício da Rádio MEC permanece fechado, apenas com um porteiro que toma conta do local. No edifício de seis andares, entre outras coisas, há um auditório, estúdios de música clássica e um completo acervo não-climatizado.
Alheia às discussões sobre os futuro de duas rádios cariocas de fundamental importância para o desenvolvimento do país, mas que hoje têm pouca representatividade no cenário imediatista das comunicações, a procuradora Cynthia Lopes, do Ministério Público do Trabalho, justifica que, em primeiro lugar, era necessário zelar pela segurança dos trabalhadores de ambos os veículos.
“Havia uma denúncia que apontava para a situação precária do edifício em relação às normas de segurança, higiene e acessibilidade que hoje devem ser respeitadas. Fomos ao local, identificamos esses pontos e cobramos providências”, diz a procuradora, que foi responsável pela vistoria realizada em março na rádio MEC.
Dias depois, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), hoje responsável pelas rádios, optou pelo fechamento imediato e sem previsão de reabertura da MEC. Os computadores e equipamentos de transmissão foram levados para a TV Brasil, onde desde o fim do ano passado já estava alocada a Nacional, cujo edifício, tombado pelo patrimônio histórico, aguarda o longo processo licitatório para ser reformado.Na avaliação de Cynthia Lopes, a EBC tem se comportado exemplarmente ao compreender que os trabalhadores não podem atuar sob condições inadequadas: “Quando identificado problema, denúncia deve ser feita ao Ministério Público ou Defesa Civil para que sejam tomadas as providências”.
Setor de saúde é o que mais apresenta problemas
O Ministério Público do Trabalho admite que, em termos estruturais, as principais ações contra o serviço público ocorrem na área da saúde. “Os hospitais públicos são um exemplo típico. Quase sempre são identificados problemas que acabam resultando em ações para que estado ou município tomem as providências”, disse a procuradora Cynthia Lopes, que ainda comparou o caso da Rádio MEC com os mesmos problemas apresentados na saúde.
“É mais um prédio público antigo. Ele apresenta problemas na parte elétrica e infiltração de água são comuns. Fizemos um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e estamos em discussão sobre as datas”.
FUSÃO
Os impasses em relação às rádios MEC e Nacional, porém, ultrapassam as questões trabalhistas e das condições dos respectivos edifícios. Na avaliação da Sociedade dos Amigos Ouvintes da Rádio MEC (Soarmec), o fechamento dos edifícios das duas rádios evidencia o projeto de fusão ou até descontinuidade de ambas.
Em nota à coluna, a EBC reforçou a previsão de reforma do edifício da Rádio MEC. “Cabe ressaltar que a reforma do prédio não é uma obra comum: envolve restauração de pontos históricos (como o Estúdio Sinfônico) e readaptação dos espaços para a nova realidade das rádios da EBC, de mais sinergia, com equipamentos digitais”, informou a empresa pública, que descartou a intenção de fusão das rádios.
Enquanto não há licitação para a reforma, o edifício da Rádio MEC permanece fechado, apenas com um porteiro que toma conta do local. No edifício de seis andares, entre outras coisas, há um auditório, estúdios de música clássica e um completo acervo não-climatizado.
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