Cartilha para praticar esportes de aventura
Preocupado com alto índice de acidentes, inspetor escreve manual para aventureiros
Mal conservadas e com equipamentos sem manutenção adequada, as trilhas no Rio para esportes radicais nas alturas — como escalada e rapel — são ciladas para a morte. Quem alerta é o inspetor da Polícia Civil, Felipe Leal, 43 anos. Baseado em sua experiência de 25 anos como esportista especializado em subidas e descidas de montanhas e prédios, Leal está criando cartilha de prevenção de acidentes e mortes para os amantes da aventura.
Segundo o especialista, as pessoas geralmente se acidentam em procedimentos simples, graças, por exemplo, a um mosquetão aberto, ancoragem mal feita, um pequeno escorregão ou até mesmo uma batida de costas. “As pessoas creem serem conhecedoras do assunto, mas suas informações vêm da internet ou da prática inapropriada”, adverte.
De acordo com Leal, todos os acidentes acontecem no retorno: “Na escalada, em mais de 95% das vezes há problemas na hora da descida”. Alguns fatores básicos influenciam: falta de formação técnica, de condicionamento físico, de auto-controle psicológico para situações hostis, distração, pouca prudência e desqualificação dos instrutores.
No início do mês, o inspetor denunciou na 15ª DP (Gávea) as péssimas condições das correntes que auxiliam turistas na Cachoeira do Horto, no Parque Nacional da Tijuca. “Muitos acidentes sequer são registrados e algumas vítimas acabam morrendo em hospitais, mas das pelo menos 20 pessoas que perderam a vida este ano no país desenvolvendo vários tipos de esportes radicais, metade era do Estado do Rio. É assustador, uma vez que em torno de 30 óbitos foram contabilizados no Brasil na década passada”, adverte Leal, autor de estudos de segurança em equipamentos para o setor.
De acordo com ele, a maior parte dos acidentes ocorre por falha humana, mas cabos, correntes e estruturas metálicas ou de lonas desgastadas ou fora de especificações e normas técnicas também são mortais. Em dezembro, a ruptura de um cabo causou a morte do geofísico Bruno Mendes, 32 anos, que despencou de uma altura de 70 m de via no Morro do Pão de Açúcar.Segundo o especialista, as pessoas geralmente se acidentam em procedimentos simples, graças, por exemplo, a um mosquetão aberto, ancoragem mal feita, um pequeno escorregão ou até mesmo uma batida de costas. “As pessoas creem serem conhecedoras do assunto, mas suas informações vêm da internet ou da prática inapropriada”, adverte.
De acordo com Leal, todos os acidentes acontecem no retorno: “Na escalada, em mais de 95% das vezes há problemas na hora da descida”. Alguns fatores básicos influenciam: falta de formação técnica, de condicionamento físico, de auto-controle psicológico para situações hostis, distração, pouca prudência e desqualificação dos instrutores.
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