quarta-feira, 10 de julho de 2013

Digital & tal: Informação sem análise não vale

Digital & tal: Informação sem análise não vale

O Big Data está nas páginas dos jornais com um suposto escândalo

NELSON VASCONCELOS
Rio - A IBM analisou 3,1 milhões de tuítes sobre a Seleção Brasileira durante a Copa das Confederações. Detectou, por exemplo, que o lance mais comentado foi quando o David Luiz impediu um gol feito da Espanha, na última partida. Somente essa jogada gerou 130 mil tuítes. Isto é Big Data: mergulhar num número gigantesco de dados, analisá-los e, a partir daí, gerar informação útil para você, para a sua empresa ou para o seu país. No caso, qual a utilidade dessa informação? Para mim, quase nenhuma. Mas, como você leu aqui no DIA, o Chelsea acaba de recusar R$ 101 milhões do Barcelona pelo David Luiz. Hmmmm. Começa a fazer sentido, ou não?
Informação sem análise não vale
Foto:  Nei Lima / Agência O Dia
O Big Data está também nas páginas dos jornais, com um suposto escândalo: os EUA estariam coletando dados sobre cidadãos e empresas do Brasil. Essa mesma arma está no centro de uma ótima estratégia da Cisco, líder mundial em infraestrutura de redes. A empresa tem catequizado meio mundo sobre a importância do que chama de “Internet de todas as coisas”. Resumidamente, ela diz que, hoje, apenas 1% dos dispositivos de todo do planeta está conectado à rede. Como a quantidade de chips cresce exponencialmente, a Cisco quer conectar tudo o que for possível. Mais do que isso, quer permitir o uso mais inteligente dessas informações despejadas o tempo todo pelas “coisas”. 
Parece até um sonho distante, mas tudo é possível. Um carro pode se conectar a outro, e este a um poste, por exemplo. E o poste se conecta à faixa de pedestres, e assim vai. Objetivo: segurança e fluidez no trânsito.
Esse mecanismo vale também quando aplicado a um sistema de saúde. A Cisco mantém — inclusive em São Paulo — unidades de saúde em que todos os sistemas estão integrados. Exemplo? Uma geladeira com medicamentos envia para a central, constantemente, dados como a variação da temperatura, a quantidade de frascos disponíveis e quais remédios são indicados para determinado paciente. Tudo ao mesmo tempo agora, em todas as áreas do hospital.
“Não se trata apenas de conectar todos os dispositivos. O negócio é colocar a inteligência para fazer a análise dos dados”, resume Marcelo Ehalt, diretor de Engenharia da Cisco Brasil. “Informação sem análise não tem valor”. Tudo a ver.

Com Pablo Vallejos


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