Sucesso nas finanças: Cuidado com os juros
Uso do cheque especial, por ser de fácil acesso, pode resolver uma necessidade emergencial, mas cria sérios problemas futuros
Rio - O cheque especial é um contrato firmado com banco para que o cliente tenha disponível, de imediato, crédito de determinado valor em sua conta bancária que, quando usado, deve ser devolvido com acréscimo de juros e outros encargos. Recorrer a esse tipo de empréstimo, sem ter conhecimento de como funciona e quais são as taxas de juros, pode ser o primeiro passo para um desequilíbrio das finanças pessoais.
PERGUNTA E RESPOSTA
“Em um momento de dificuldade financeira, acabei recorrendo ao cheque especial e agora tenho uma dívida com o banco maior do que consigo pagar. Cada vez que acesso minha conta bancária, a dívida está maior. O que faço para resolver essa situação?”
Por Carlos Roberto F. Araújo
Mário, Pavuna
Mário, o uso do cheque especial, por ser de fácil acesso, pode resolver uma necessidade emergencial, mas cria sérios problemas futuros, pois a taxa média de juros é de 9,1% ao mês, uma das mais altas do mercado. É fundamental saber que o dinheiro do cheque especial pertence ao banco e a cada dia em que não é reposto, os juros crescem e a dívida aumenta. Ele não deve ser usado indiscriminadamente como extensão do salário.
Seria melhor que você tivesse tomado um empréstimo bancário, pois certamente conseguiria negociar taxas entre 4% e 5% ao mês. Se sua empresa possui convênio com algum banco, você pode obter um crédito consignado, que é um empréstimo no qual o pagamento das parcelas é descontado em folha. Essa operação tem as taxas de juros mais atraentes do mercado.
A minha sugestão é que você procure o gerente do banco, explique suas reais condições e proponha uma renegociação da dívida. Normalmente, ele vai fazer uma proposta, que você deve avaliar se está de acordo com as suas possibilidades financeiras. Caso não concorde, faça uma contra proposta, solicitando o cancelamento do cheque especial e o parcelamento da dívida, pois a negociação é sempre a melhor solução.
Conheço alguns casos em que boa parte dos encargos foi reduzida, atingindo-se o valor próximo do original. Não aceite nenhuma proposta em que você considere os juros abusivos e, como última alternativa, procure o Procon.
Carlos Roberto é diretor nacional da área de gestão da Universidade Estácio de Sá
PERGUNTA E RESPOSTA
“Em um momento de dificuldade financeira, acabei recorrendo ao cheque especial e agora tenho uma dívida com o banco maior do que consigo pagar. Cada vez que acesso minha conta bancária, a dívida está maior. O que faço para resolver essa situação?”
Por Carlos Roberto F. Araújo
Mário, Pavuna
Mário, o uso do cheque especial, por ser de fácil acesso, pode resolver uma necessidade emergencial, mas cria sérios problemas futuros, pois a taxa média de juros é de 9,1% ao mês, uma das mais altas do mercado. É fundamental saber que o dinheiro do cheque especial pertence ao banco e a cada dia em que não é reposto, os juros crescem e a dívida aumenta. Ele não deve ser usado indiscriminadamente como extensão do salário.
Seria melhor que você tivesse tomado um empréstimo bancário, pois certamente conseguiria negociar taxas entre 4% e 5% ao mês. Se sua empresa possui convênio com algum banco, você pode obter um crédito consignado, que é um empréstimo no qual o pagamento das parcelas é descontado em folha. Essa operação tem as taxas de juros mais atraentes do mercado.
A minha sugestão é que você procure o gerente do banco, explique suas reais condições e proponha uma renegociação da dívida. Normalmente, ele vai fazer uma proposta, que você deve avaliar se está de acordo com as suas possibilidades financeiras. Caso não concorde, faça uma contra proposta, solicitando o cancelamento do cheque especial e o parcelamento da dívida, pois a negociação é sempre a melhor solução.
Conheço alguns casos em que boa parte dos encargos foi reduzida, atingindo-se o valor próximo do original. Não aceite nenhuma proposta em que você considere os juros abusivos e, como última alternativa, procure o Procon.
Carlos Roberto é diretor nacional da área de gestão da Universidade Estácio de Sá
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