Bruno Novaes: O caçador de pérolas
Há dois anos no Haiti, Rafael Novaes busca joias raras no futebol local para mudar vidas
Haiti - No país mais pobre da América, um brasileiro busca joias raras. Há dois anos no Haiti como coordenador do projeto Academia Pérolas Negras, do Viva Rio em parceria com empresários, Rafael Novaes deixou o Brasil, onde trabalhou nas divisões de base em clubes de Minas Gerais, para encontrar jovens com potencial no futebol.
Os jovens — escolhidos por olheiros e peneiras — são acolhidos de segunda à sexta no centro de treinamento próximo à capital Porto Príncipe. Eles têm escola, aulas de inglês, francês e português, médicos e nutricionista, já que muitos chegam desnutridos. Alguns recebem a formação para serem técnicos ou auxiliares. Ao todo são cerca de 80 alojados, fora crianças menores que treinam duas vezes por semana.
Mas o trabalho de Rafael não ficou apenas nos Pérolas Negras. Após o bom desempenho de suas equipes sub-15 e sub-17, o técnico foi chamado para comandar as seleções do Haiti nas duas categorias. “No futuro quero ver que deixei um legado. Quem sabe não podemos ver cinco jogadores classificando o País para uma Copa do Mundo? Seria um sonho”.
O sonho ainda é distante, mas o primeiro grande resultado chegou em agosto. Na Copa Noruega, um dos mais importantes da base, que reúne 208 equipes, os Pérolas Negras foram vice-campeões e só perderam uma vez em 20 jogos. A ideia é continuar fazendo história na pequena ilha do Caribe.
“Pelo menos por um campeonato conheceram o Haiti pelo futebol e não pelas tragédias. Fomos recebidos pela ministra do esporte e a imprensa deu grande destaque. Não vamos parar por aí, queremos mais”, diz Rafael, que deve vir ao Brasil com suas pérolas negras em 2014.
A missão não é simples. Se não bastasse estar em um local sem tradição no esporte, Rafael tem que lidar com a pobreza e o drama de jovens que ainda sofrem com o terremoto que destruiu o país, em 2010. “Esses meninos têm mais problemas que os brasileiros. Alguns perderam toda a família, outros ficaram soterrados. Eles têm trauma e tentamos dar esperança. O futebol dá alegria e pode dar um futuro melhor”, revela.
Na busca por um futuro para meninos e meninas entre 12 e 17 anos, o projeto Pérolas Negras faz um trabalho social, mas também busca retorno na formação de jogadores (dois foram treinar no Audax-SP). Quando fazem 18 anos, os garotos são encaminhados a clubes parceiros do Haiti para seguir carreira.Os jovens — escolhidos por olheiros e peneiras — são acolhidos de segunda à sexta no centro de treinamento próximo à capital Porto Príncipe. Eles têm escola, aulas de inglês, francês e português, médicos e nutricionista, já que muitos chegam desnutridos. Alguns recebem a formação para serem técnicos ou auxiliares. Ao todo são cerca de 80 alojados, fora crianças menores que treinam duas vezes por semana.
Mas o trabalho de Rafael não ficou apenas nos Pérolas Negras. Após o bom desempenho de suas equipes sub-15 e sub-17, o técnico foi chamado para comandar as seleções do Haiti nas duas categorias. “No futuro quero ver que deixei um legado. Quem sabe não podemos ver cinco jogadores classificando o País para uma Copa do Mundo? Seria um sonho”.
O sonho ainda é distante, mas o primeiro grande resultado chegou em agosto. Na Copa Noruega, um dos mais importantes da base, que reúne 208 equipes, os Pérolas Negras foram vice-campeões e só perderam uma vez em 20 jogos. A ideia é continuar fazendo história na pequena ilha do Caribe.
“Pelo menos por um campeonato conheceram o Haiti pelo futebol e não pelas tragédias. Fomos recebidos pela ministra do esporte e a imprensa deu grande destaque. Não vamos parar por aí, queremos mais”, diz Rafael, que deve vir ao Brasil com suas pérolas negras em 2014.
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