Dom Orani Tempesta: ‘Cidadania é para todos'
Arcebispo do Rio celebra missa no Santa Marta e diz que as UPPs são importantes, mas que há mais a fazer para melhorar as condições de vida nas comunidades
Rio -
Para comemorar os 35 anos da Pastoral das Favelas, o arcebispo do Rio,
Dom Orani João Tempesta, 62 anos, comandou neste domingo à tarde uma
missa na Capela Nossa Senhora das Graças, no morro Santa Marta, em
Botafogo.
Em entrevista antes da celebração, Dom Orani fez questão de elogiar a iniciativa das UPPs, mas lembrou que o projeto do governo do estado não é o suficiente para melhorar as condições de vida nas comunidades.
“As UPPs são um passo importante, mas existem muitos outros. Seja na questão policial, mas também na questão social. É preciso se preocupar com tudo aquilo que os moradores de comunidade precisam para viver. Cidadania é para todos. São novos tempos, novas realidades, mas a preocupação com as pessoas é a mesma”, declarou Dom Orani.
A Capela Nossa Senhora das Graças tem capacidade para 50 pessoas sentadas, mas ontem havia muita gente em pé. Além de assistir à missa, os moradores foram ver um painel de fotos sobre os 35 anos da Pastoral.
“Esse trabalho da Pastoral começou com Dom Eugenio Sales, no Vidigal. Foi o primeiro momento que a Igreja se posicionou em favor daqueles que habitavam comunidades carentes. A intenção é estar junto com todos aqueles que moram em favelas. E agora, nesse novo momento de pacificação que nós vivemos, temos que levar esse projeto adiante. Temos preocupação de que o povo tenha tudo que é necessário: habitação, saúde, educação. É o direito de todos que residem na favela também”, falou o arcebispo.
Na missa, Dom Orani falou do “novo momento” que a cidade vive e aconselhou os moradores a se organizar para lutar por seus direitos.
Missa na 1ª favela pacificada
A missa pelo aniversário da Pastoral foi realizada em uma favela que tem significado especial para a cidade. O Santa Marta foi a primeira comunidade a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), em dezembro de 2008. Nos últimos quatro anos, o governo do estado já instalou outras 28 UPPs. A última inaugurada foi a da Rocinha, na quinta-feira.
Em entrevista antes da celebração, Dom Orani fez questão de elogiar a iniciativa das UPPs, mas lembrou que o projeto do governo do estado não é o suficiente para melhorar as condições de vida nas comunidades.
“As UPPs são um passo importante, mas existem muitos outros. Seja na questão policial, mas também na questão social. É preciso se preocupar com tudo aquilo que os moradores de comunidade precisam para viver. Cidadania é para todos. São novos tempos, novas realidades, mas a preocupação com as pessoas é a mesma”, declarou Dom Orani.
Dom Orani comemorou os 35 anos da Pastoral das Favelas no morro que recebeu a primeira UPP do Rio, em 2008. A última foi na Rocinha | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
“Esse trabalho da Pastoral começou com Dom Eugenio Sales, no Vidigal. Foi o primeiro momento que a Igreja se posicionou em favor daqueles que habitavam comunidades carentes. A intenção é estar junto com todos aqueles que moram em favelas. E agora, nesse novo momento de pacificação que nós vivemos, temos que levar esse projeto adiante. Temos preocupação de que o povo tenha tudo que é necessário: habitação, saúde, educação. É o direito de todos que residem na favela também”, falou o arcebispo.
Na missa, Dom Orani falou do “novo momento” que a cidade vive e aconselhou os moradores a se organizar para lutar por seus direitos.
FNo sermão, Dom Orani aconselhou os moradores a se organizar | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
A missa pelo aniversário da Pastoral foi realizada em uma favela que tem significado especial para a cidade. O Santa Marta foi a primeira comunidade a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), em dezembro de 2008. Nos últimos quatro anos, o governo do estado já instalou outras 28 UPPs. A última inaugurada foi a da Rocinha, na quinta-feira.
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