Fofão vai comandar a Unilever. Luiz Doro/adorofoto
A
paixão pelo vôlei continua viva. Tanto que, aos 42 anos, após ter
passado uma temporada sem jogar, Fofão não vê a hora de atuar pela
Unilever, nas semifinais do Carioca, no dia 5. Ouro nos Jogos de Pequim
(2008), ela quer ver logo a 'cara' do time. Nascida em São Paulo, a
levantadora curte a vida no Rio, a oportunidade de estar em
quadra trabalhando mais uma vez com Bernardinho, e conta como foi
difícil comentar os jogos da Seleção feminina na Olimpíada de Londres.
Como está sendo a volta ao vôlei? No
começo, foi mais difícil. Até mesmo pelo fato de eu ter ficado um ano
sem essa rotina de treino. Agora eu já estou mais entrosada com o dia a
dia daqui. Está sendo gostoso.
Você estava com saudade das quadras? Por
incrível que pareça, eu estava. Bastante, viu? (risos). O melhor de
tudo é você voltar e ver que ainda gosta de fazer. Isso foi o mais
importante. Por ter ficado um ano parada, achei que talvez fosse
desanimar um pouquinho. Pelo contrário. Estou motivada e feliz onde
estou.
Pensou em parar? Eu
sempre tive na cabeça que eu vou parar jogando, não do jeito que eu
estava, sem treinar e, então, decidir parar. Não seria legal para mim
também.
Você jogou tênis quando esteve afastada do vôlei. Como foi a experiência? Como
não queria ficar parada totalmente, procurei coisas que me motivassem.
Aí me aventurei no tênis. Mas estava sempre em contato com o vôlei, fui
em vários lugares treinar com equipes mais jovens. Elas se assustavam:
'Meu Deus, a Fofão aqui'. Eu falava: 'Gente, tranquilo, eu virei mais
vezes' (risos).
Fofão se aventurou no tênis enquanto esteve afastada das quadras. Arquivo Pessoal
Como é a vida no Rio? Eu
vinha para cá com a Seleção, mas a gente treinava e ia para a
concentração. Tanto é que eu cheguei e não sabia andar aqui. Fiquei
quase dois meses sem carro para aprender os caminhos. É bem diferente de
São Paulo. Mas o gostoso é o astral. É impossível ficar de mau humor.
Você olha o mar e fala: 'Vou reclamar de quê, né?'.
Já tentou ir ao treino de bicicleta? Comprei
a bicicleta para vir. O problema é que eu vinha e tinha que voltar. É
muito sofrimento (risos). Um dia eu resolvi testar. Mas depois eu
pensei: 'Depois de um treino pesado, eu voltar pedalando'. Aí eu não me
animei de vir de novo (risos).
Como foi a experiência de ser comentarista na Olimpíada de Londres? Foi
difícil porque eu sofri muito. É muito difícil você comentar se você
esteve ali dentro, com as mesmas pessoas. O primeiro jogo para mim foi
complicado, foi como se eu tivesse estreando junto com elas. Foi muito
difícil porque, ao mesmo tempo que tenho que falar o que está
acontecendo, eu entendo a situação delas, a dificuldade que é. Tentei
ponderar o máximo possível porque sou uma jogadora e sei como é estar
ali dentro. Uma das coisas mais difíceis que eu fiz até hoje foi
comentar uma Olimpíada.
Você esperava a volta por cima da Seleção? Fiquei
muito preocupada depois do jogo contra a Coreia (quando a vaga para as
quartas ficou ameaçada). Depois que terminou o jogo, vi as meninas
chorando, as mais experientes também chorando. Achei que não era o
momento para esse desespero todo. Inclusive mandei um e-mail para uma
das meninas, falei para não deixar isso acontecer porque elas eram as
líderes. Uma pessoa que está chegando agora e vê uma Thaisa ou uma
Fabiana chorar, bate um pouco de insegurança.
E depois teve a volta por cima... Foi
a coisa mais linda do mundo o que elas fizeram. Elas deram uma prova de
superação imensa, com uma força de grupo. Foi o que fez a diferença.
Elas poderiam ter voltado sem nada nas mãos e acabaram campeãs
olímpicas.
Como viu a atuação da Dani Lins? Ela
despertou no momento certo. Ninguém sabia se ela iria ficar entre as
12. Ela ficou e, no momento que o time mais precisou, ela demonstrou
maturidade. As jogadoras sentiram confiança nela. Contra a Rússia, ela
foi a melhor jogadora. Foi importantíssima para o time. Era o que elas
precisavam, da segurança dela. Depois, ela foi tranquila, parecia que
ela estava desfilando ali, sem preocupação.
Você não sente saudades da Seleção? Saudade
eu sinto. Eu olho para elas e a vontade é de estar lá. Acima de tudo,
ficou uma amizade muito grande. Toda vez que eu as vejo, eu sei o que
está acontecendo e começo a dar risada sozinha porque eu sei que elas
estão sacaneando uma a outra. Não tem como não sentir saudade. Mas,
quanto a voltar e estar junto, isso não existe mais.
O técnico José Roberto Guimarães disse que tentou convencê-la a voltar à Seleção até 2010, não é? Era
uma coisa que já estava decidida na minha cabeça. A minha missão tinha
sido cumprida. Eu me desliguei de uma tal maneira que eu não conseguia
me ver voltando, mesmo com as pessoas falando para eu voltar. Estava
tranquila com a decisão que eu tomei.
Você já faz planos para a aposentadoria? Deixo
as coisas acontecerem. Planejar nunca foi o meu forte. O mais
importante é estar bem de saúde. Assim como eu decidi um dia parar com a
Seleção, um dia eu vou parar de jogar vôlei, encerrar totalmente.
Já tem em mente o que vai fazer quando parar? Tenho
um caderno cheio de coisas anotadas. Quero saber por onde eu vou
começar (risos). O mais importante quando parar é estar bem resolvida.
Assim como eu parei na Seleção e não sentia vontade de voltar. Essa
decisão é a mais difícil porque vou deixar de fazer o que eu gosto. Ao
mesmo tempo sei que estarei envolvida com o vôlei.
Como é trabalhar de novo com o Bernardinho? O
bom do Bernardo é que já o conheço. Sei como ele trabalha, como ele é.
Está sendo muito bom, é um excelente técnico. Hoje em dia, estou mais
amadurecida do que na época da Seleção e o que ele fala é mais fácil de
entender. É tranquilo, é preparar os ouvidos (risos)...
Como você está fisicamente?Eu
me cuidei para não chegar aqui e ter que recomeçar do zero. Desde que
eu cheguei, estou conseguindo fazer as coisas igual às meninas, estou
treinando normal. Dor todo mundo sente, mas nada que me incomoda. Falei
que eu não quero entrar entrar lá (na fisioterapia) por motivo de dor,
vou lá para fazer massagem (risos).
Você está ansiosa para voltar a jogar? Estou,
porque você treina muito e é o momento que você mais espera. A
expectativa é grande, mesmo para alguém que já tenha tanta experiência. O
friozinho na barriga ainda é o mesmo, a ansiedade ainda é a mesma.
Estou muito motivada, eu quero jogar, quero ver a cara do nosso time.
Fofão e o marido, João Márcio, seu grande incentivador na carreira. Arquivo Pessoal
Fotos Arquivo Pessoal
O
sacrifício é inevitável e, dessa vez, as dores apareceram nos pés, no
joelho e no quadril. Havia também a preocupação com a mulher, Alcione,
que o acompanhava na caminhada. Mas, no fim, ao chegar à Catedral de
Santiago de Compostela, o técnico José Roberto Guimarães teve a certeza
de que valeu a pena cumprir a promessa pela conquista do bicampeonato
olímpico com a Seleção feminina de vôlei nos Jogos de Londres. Durante
uma semana, entre o fim de agosto e início deste mês, o comandante virou
um peregrino para completar quase 100 quilômetros do Caminho de
Santiago. Zé Roberto já havia percorrido, sozinho, 800 quilômetros do
caminho em 28 dias como promessa pela conquista do título da Superliga
na temporada 2002/2003. Mas afirmou que agora não estava tão bem
preparado fisicamente como da outra vez. "Sofri pra caramba. Na outra
vez eu estava bem. A Alcione estava melhor do que eu. Senti muita dor
nos pés, no joelho e no quadril. Mas continuamos a caminhada. Tem que
pagar a promessa, né"?, brincou Zé Roberto, tricampeão olímpico,
contando também o ouro com os homens, em 1992. Apesar de ter se saído
bem, Alcione voltou para casa com bolhas nos pés, resultado das horas
de caminhada diária. Mas gostou da experiência ao lado do marido.
"Adorei e quero voltar. Dessa vez, era o momento dele. Fui para
acompanhá-lo e registrei esse momento", contou Alcione, que aproveitou
para fotografar e filmar a peregrinação de Zé Roberto. Durante a
caminhada, os peregrinos aproveitam para admirar o caminho. "Foi muito
bom, correu tudo muito bem. A paisagem é linda. Encontramos muita gente
andando. Todo mundo que passa fala: 'bom caminho'. É a saudação de lá",
contou Zé Roberto, lembrando da realização ao chegar ao final do
trajeto, na Catedral de Santiago, na Espanha: "É um momento muito legal
porque você conseguiu atingir seu objetivo. Às 19h30, tem a missa, em
que a maioria dos peregrinos se junta. É um momento muito legal de
encontro, em que você atinge sua meta. Para mim também, porque eu estava
terminando de pagar a promessa ali. É a realização". De volta ao
Brasil desde o dia 3, o técnico ainda lembrou detalhes do trajeto, que
reúne peregrinos do mundo inteiro. "O menu dos peregrinos custa nove
euros (pouco menos de R$ 25). Come-se bem. Além da paisagem, que é
linda, tem a segurança. Você não fica preocupado em ser assaltado, é
tranquilo", recordou o comandante.

Em 2003, médico o ajudou na rota de 800 quilômetros Da
primeira vez que fez o Caminho de Santiago, como promessa pelo título
da Superliga na temporada 2002/2003, Zé Roberto também encontrou
dificuldades no percurso. Mas não desistiu e completou 800 quilômetros. "Daquela
vez, eu exagerei no início. No segundo dia, andei 39 quilômetros e, no
quarto, 42. Acabei fazendo mais do que deveria. Comecei a ter uma
tendinite muito forte na canela. Sorte que encontrei um médico de Palma
de Mallorca, que me deu anti-inflamatório e me ajudou. Consegui
continuar o caminho", recordou o treinador. Para Zé Roberto,
percorrer o Caminho de Santiago também é um momento de reflexão. "Você
pensa sobre a sua vida, sobre os seus valores. Não tem dinheiro, não tem
condição social, não tem absolutamente nada. Ali, as pessoas ajudam as
outras que estão em necessidade. É uma troca muito bacana", destacou
ele. Existem diferentes pontos de partida para completar o caminho.
Mas o final é sempre o mesmo: a Catedral de Santiago de Compostela, na
Espanha.

Fotos Arquivo Pessoal
Medalha
de ouro nos Jogos de Pequim (2008), Mari já está na Turquia para um
novo desafio na carreira. Ao lado da bicampeã olímpica Paula Pequeno, a
atacante se apresentou ao seu novo time, o Fenerbahce, na segunda-feira,
e já fez seu primeiro treino com a equipe. O time conta também com a
coreana Kim, MVP da Olimpíada de Londres. "Estou muito ansiosa para
esse novo desafio na minha carreira. Estou impressionada com a estrutura
que encontrei aqui e tenho certeza de que vamos brigar por todos os
títulos que disputarmos nessa temporada", afirmou Mari, que ficou fora
da Seleção que disputou os Jogos de Londres. Mari já se prepara para
amistosos na Polônia, ainda este mês, mas a grande meta do time neste
ano será o Campeonato Mundial de Clubes, em Doha, em outubro. Jogar
no exterior não é novidade para Mari. De 2006 a 2008, ela atuou pelo
Scavolini Pesaro, na Itália, onde conquistou a Cev Cup (2008), o
Campeonato Italiano (2007/2008) e a Supercopa da Itália (2006). "Não é
novidade pra mim jogar no exterior. Fui muito feliz na Itália e espero
ter o mesmo sucesso aqui na Turquia. É uma equipe que tem tradição no
vôlei e espero poder corresponder em quadra", afirmou a campeã olímpica. Paula
também já jogou fora do País, sendo campeã russa na temporada 2009/2010
com o Zarechie Odintsovo. "É minha segunda experiência no exterior,
mesmo assim a ansiedade é grande de começar a trabalhar. Tenho certeza
de que será uma grande temporada e que vamos disputar com reais chances
de conquista todos os campeonatos que disputaremos", afirmou a ponteira,
quando acertou com Fenerbahce, em junho. Já na Turquia, Paula fez
questão de mandar ontem um recado aos seus fãs através do Twitter.
"Queridos já cheguei, fui muito bem recebida e peço a Deus que seja uma
ótima temporada", escreveu a bicampeã olímpica.
Paula Pequeno e Mari já uniformizadas: dupla quer voltar para o Brasil com títulos
Mari com a coreana Kim, MVP da Olimpíada de Londres
Foto Carlos Moraes/O DIA
No
levantamento, está o carioca Bruninho, que festeja a chance de jogar em
'casa' depois de nove temporadas em Florianópolis. No comando, a cara
também é nova: o técnico gaúcho Marcelo Fronckowiak. Entre os ponteiros,
Thiago Alves chega ao time e o líbero Mário Jr. também aparece entre os
novos contratados. Com esses e outros reforços, aliados a destaques
como Dante e Lucão, o RJX mostrou hoje, no Maracanãzinho, o seu elenco
para a temporada 2012/2013, depois de ter chegado à semifinal da última
Superliga de vôlei. "É um momento especial, de jogar na cidade onde
nasci. Estava há quase 16 anos fora do Rio. Temos que nos dedicar dentro
de quadra para que o vôlei do Rio possa reeditar os anos 80, quando a
Atlântica Boavista lotava o Maracanãzinho", afirmou Bruninho. O
levantador volta ao Rio depois de duas temporadas pela Unisul e sete
pela Cimed, ambas em Florianópolis. "A vida é feita de desafios. Chegou o
momento de buscar algo novo. Terei a oportunidade de jogar no
Maracanãzinho, com a minha família assistindo. Isso não tem preço. Vou
poder acompanhar também o crescimento das minhas irmãs", completou o
levantador, referindo-se à Júlia e Vitória, filhas do técnico
Bernardinho com a ex-levantadora Fernanda Venturini. O RJX reúne
quatro jogadores da Seleção que conquistou a medalha de prata nos Jogos
de Londres: Bruninho, Lucão, Dante e Thiago Alves. Além de Bruninho,
Thiago Alves e Mário Jr., as outras novidades no time são o líbero
Rafael, o ponteiro Manius, o central Athos e o levantador Bernardo
Roese. Já Dante e Lucão seguem na equipe carioca, assim como os centrais
Riad e Ualas, os opostos Theo e Da Silva, o levantador Guilherme e os
ponteiros Thiago Sens e Renan. A nova formação já estará em quadra
amanhã, às 11h, num amistoso contra o Panasonic Panthers, atual campeão
japonês, também no Maracanãzinho. Dante, em recuperação de dores no
joelho esquerdo, será o desfalque na partida. De 13 a 15, o RJX
disputará a II Copa Volta Redonda de vôlei e, no fim do mês, o grupo
segue para Ijuí, no Rio Grande do Sul, para participar do Torneio Top
Four. Apesar da força do elenco, Bruninho destacou que os nomes não
ganham títulos. "O que vale é o trabalho do dia a dia. Temos que
respeitar as outras equipes, que são muito fortes também", ponderou.
Dante e o técnico Marcelo Fronckowiak. Foto Carlos Moraes/O DIA
Dante não vai operar o joelho esquerdo As
dores no joelho esquerdo atrapalharam Dante na final dos Jogos de
Londres e uma cirurgia chegou a ser cogitada, mas, a princípio, está
descartada. Em tratamento, o ponteiro está fora do amistoso contra o
Panasonic, mas está confiante em jogar na estreia na Superliga, no fim
de novembro. "Os exames mostraram uma calcificação no joelho esquerdo
e, a princípio, não haverá necessidade de cirurgia. Já começamos o
tratamento conservador, com ondas de choque, para destruir a
calcificação. Ele requer repouso mesmo", afirmou. Dante ainda
detalhou o planejamento. "O tratamento dura um mês. Já fiz a primeira
sessão e a última está prevista para o dia 27. Pelo pré-calendário, o
primeiro jogo na Superliga será no dia 24 de novembro. Espero estar bem
para essa estreia", afirmou, planejando disputar os Jogos de 2016, no
Rio.
Foto Carlos Moraes/O DIA
Foto Reginaldo Castro/Agência O DIA
O
caminho até o bicampeonato olímpico não foi nada fácil. A vaga para as
quartas de final nos Jogos de Londres esteve ameaçada e, para avançar à
semifinal, foi preciso passar pela Rússia, num jogo em que o Brasil
salvou seis match points, cinco deles em bolas de Sheilla. A partir
dali, ninguém mais parou a Seleção feminina de vôlei. Uma volta por cima
festejada pela oposto brasileira, que ainda vibrou na capital inglesa
com uma notícia de sua família: a avó, Dona Terezinha, se recupera bem
de um câncer. "Foi muito legal ver o time crescendo junto e aí teve essa
notícia da minha avó. Foram só coisas boas", recorda Sheilla. Logo
após a conquista do ouro olímpico na decisão sobre as americanas,
Sheilla contou que havia recebido, poucos dias antes da final olímpica, a
notícia de que sua avó estava praticamente recuperada. "É lógico que
ela não tem mais o mesmo pique de antes. Ela ainda está fazendo
tratamento e tem que fazer o controle. Mas o resultado tem sido
surpreendente", conta a bicampeã. Na última temporada, Sheilla
defendeu a Unilever, do Rio, e aproveitava as folgas para ver a avó, que
mora em Belo Horizonte, sem perder o foco na Superliga. "O Bernardo foi
muito bom comigo. Eu ficava nessa 'ponte aérea' entre Belo Horizonte e
Rio", recorda, referindo-se a Bernardinho, técnico da equipe carioca. Na
Olimpíada, a oposto festejou a volta por cima da Seleção depois de um
começo instável. "A gente chegou no fundo do poço depois do jogo contra a
Coreia (quando a vaga ficou ameaçada). Mas a gente sabia que, se o
nosso time colocasse em prática o que treinava, daria para ganhar", diz.
Contra a Rússia, Sheilla brilhou, salvando cinco match points. "Não
era apenas eu que estava confiante. A gente via isso uma no olho da
outra. Eu pedi bola para a Dani. Do jeito que a gente fala, a
levantadora sente", comenta ela, apelidada de Gamovinha, em referência à
rival russa, pela líbero Fabi. "Quando cheguei no vestiário, eram
muitas mensagens. Os amigos adoram elogiar, né", diz, modesta. Depois
do jogo contra o Japão, pela semifinal, veio o pressentimento de que
alguma coisa boa iria acontecer. Sheilla acordou às 3h da madrugada com
uma frase na cabeça: 'Tudo que um sonho precisa para ser realizado é que
alguém acredite que ele possa ser realizado'. O pensamento foi
compartilhado com as companheiras e o bicampeonato foi conquistado. Em
2016, a chance de conquistar mais um ouro será no Rio. "Vontade de
estar lá eu tenho, de buscar o tricampeonato no Rio, perto da família.
Mas tenho que pensar ano a ano, não sei como vou estar fisicamente até
lá", comenta, cautelosa.
Sheilla com a avó, Dona Terezinha. Foto Arquivo Pessoal
Pelo namorado, Sheilla virã fã de basquete Depois
de duas temporadas defendendo a Unilever, Sheilla se mudou para o
Osasco, atual campeão da Superliga feminina de vôlei. E, morando em São
Paulo, ela terá a chance de ficar mais perto do namorado, Brenno,
assistente-técnico do time de basquete do Pinheiros. "Tem esse lado
positivo, de ficar mais perto dele. Antes, tinha que viajar para Belo
Horizonte e São Paulo", conta a mineira de 29 anos, que começou a
carreira no Mackenzie. O namoro fez Sheilla passar a acompanhar o
basquete com mais frequência. "Antes eu não acompanhava muito e não
entendia tanto. Mas é um esporte gostoso. Na última hora, pode mudar
tudo", comenta, brincando com a 'disputa' entre as duas modalidades: "A
gente brinca dizendo que tem uma rivalidade entre vôlei e basquete. Mas
no Brasil há espaço para os dois". Namorando Brenno há um ano e dois
meses, Sheilla admite que já existe uma 'pressão' em casa pelo
casamento. "A família sempre pergunta sobre isso, né?", brinca a
bicampeã olímpica.
Sheilla com o namorado, Brenno. Foto Arquivo Pessoal
Da Unilever para o Osasco, o maior rival Durante
dois anos, ela viveu a maior rivalidade do vôlei brasileiro do lado da
Unilever: foi campeã na Superliga 2010/11 e vice na temporada 2011/12,
perdendo a final para o Osasco. Agora, Sheilla se prepara para defender o
time paulista, que tem mais quatro campeãs olímpicas: Thaisa,
Jaqueline, Fernanda Garay e Adenízia. "Até brinquei na coletiva de
apresentação do time que tinha gente que iria me amar e outros que iriam
me odiar. Mas sei que os torcedores do Rio têm um carinho por mim",
comenta Sheilla, sonhando com o título da Superliga pelo Osasco: "Somos
favoritos, mas não somos os únicos. A Unilever continua favorita, a
competição terá ainda o time do Zé, o Sesi...", diz ela, referindo-se ao
técnico José Roberto Guimarães, que comandará a equipe de Campinas.
Fernanda Garay em ação pela Seleção. Foto Divulgação/FIVB
No
dia 11 de agosto, Fernanda Garay tinha um compromisso importante em
família: o irmão, Heleno, estava se formando em Direito pela faculdade
São Judas Tadeu, em Porto Alegre. Mas a ponteira também tinha outro
motivo muito especial para faltar à cerimônia. Na mesma data, em
Londres, Fernanda ajudou a Seleção feminina de vôlei a conquistar o
bicampeonato olímpico nos Jogos de Londres. Foi dela o último ponto na
vitória na final sobre as americanas, de virada, por 3 sets a 1. "A
minha família teve duas festas no mesmo dia. Primeiro, à tarde, já que o
jogo começou no Brasil às 14h30. Teve aquela tensão toda da partida e,
depois, a vitória. Foi só festa em casa. Depois, eles se arrumaram para a
formatura do meu irmão, um outro momento maravilhoso. Foi uma correria
para eles. Se o jogo tivesse acabado em 3 sets a 2, seria ainda mais",
disse Fernanda, muito bem-humorada. "Quando veio a medalha de ouro, tudo
valeu a pena. Meu irmão até brincou dizendo que, por esse motivo,
estava tudo bem em eu não ter ido à formatura", completou. Em
Londres, Fernanda foi ganhando espaço no grupo até terminar a Olimpíada
no papel de titular. "Foi muito bom, um momento crescente. Cheguei como
reserva, me preparando sempre para o que precisasse. Em cada
oportunidade que tive, ajudei de alguma forma até que a comissão técnica
tivesse confiança de me colocar para jogar como titular. Consegui
corresponder e, ao longo da competição, toda a equipe foi crescendo",
comentou ela, contando ter ficado mais conhecida da torcida após o ouro
na capital inglesa. Gaúcha, a ponteira curtiu o ouro olímpico em
Porto Alegre quando voltou para casa. "Foi muito gostoso, com a família
toda reunida, com churrasco e chimarrão", contou ela, torcedora do
Internacional. "Curto os jogos, mas agora vai ter Gre-Nal e não vou pode
ir", lamentou, referindo-se ao clássico de hoje, no Beira-Rio, pelo
Brasileirão. Fernanda Garay terá 30 anos na época da Olimpíada do
Rio, em 2016, e não nega que seria um sonho se a Seleção feminina de
vôlei repetisse o feito de Cuba e conquistasse o tricampeonato olímpico.
"Vejo como uma oportunidade de fazer história, buscar o tricampeonato
que Cuba tem. Foi um time que virou referência na época, quando era a
equipe a ser batida", comentou.
O irmão, Heleno, se formou em Direito em Porto Alegre no dia da final olímpica. Foto Reprodução da Internet
Atletismo não seduziu a jogadora Fernanda
começou a praticar vôlei aos 11 anos, na Sogipa. E poderia ter
investido no atletismo, já que o irmão, Heleno, foi atleta do salto
triplo, e o técnico dele quis levá-la para as pistas. "Ele chegou a
cogitar me convidar para fazer atletismo, mas falei que não era a minha
praia, que iria seguir no vôlei", contou. Da Sogipa, ela seguiu para
São Caetano, Minas, Pinheiros, NEC (Japão), e, na última temporada, o
Vôlei Futuro, de Araçatuba (SP). A passagem pelo vôlei japonês aconteceu
na época em que o país sofreu com o terremoto, em março de 2011. "Foi
uma experiência que nunca vou esquecer. Não senti o tremor onde estava,
mas vi tudo pela televisão, acompanhei a situação de familiares de
integrantes da comissão técnica". Na segunda-feira, ela se apresenta
para os treinos no Osasco, atual campeão da Superliga. "A expectativa é
boa. É o atual campeão, uma equipe que já tem o gosto da vitória. O
título da Superliga, particularmente, eu não tenho. Estou muito motivada
para começar a competir", afirmou.
Fernanda registrou o encontro com Neymar na Vila Olímpica. Foto Reprodução da Internet
Fernanda durante sua passagem pelo Japão. Foto Reprodução da Internet
Foto Luis Fernando Menezes/Agência O Dia
A
tatuagem com os anéis olímpicos e a inscrição 'Beijing 2008' ganhou
espaço no antebraço esquerdo assim que veio a conquista do primeiro ouro
olímpico, em Pequim, na China. Quatro anos depois, Thaisa se tornou
bicampeã nos Jogos de Londres e avisou que faria outra tatuagem, agora
no antebraço direito, com 'London 2012'. Onze dias após a vitória na
final sobre as americanas na capital inglesa, a 'promessa' da meio de
rede foi cumprida ontem, no estúdio Led's Tattoo, em São Paulo. "Essas
são especiais. Eu havia prometido que, se a gente conquistasse o ouro,
faria", contou Thaisa, que tem uma orquídea tatuada nas costas,
estrelinhas no pescoço e, no punho, o símbolo que significa força em
japonês. No Led's Tattoo, Nany foi o responsável pelo 'desenho' de
Londres e Thaisa contou que a Olimpíada foi um assunto inevitável
durante a sessão. "Ele ficou comentando dos jogos, que a gente quase
matou a torcida do coração, e disse que era uma honra estar me
tatuando", recordou Thaisa, que já fazia sucesso com a tatuagem de
Pequim: "Todo mundo quer ver, tocar e me parabeniza". Nany, de
39 anos, sendo 20 como tatuador, contou que acompanhou os jogos de
Thaisa na Olimpíada. "Fiquei feliz porque torci por elas. Foi demais,
ainda mais por ser algo tão recente. Ela foi muito simpática", comentou
Nany, de 1,81m, divertindo-se com a altura da 'gigante' do vôlei, de
1,96m: "Brinquei muito com ela por causa disso. Falei que seria difícil
arrumar uma cadeira em que ela coubesse". Aos 25 anos, a central
prefere pensar com cautela se terá condições de disputar os Jogos de
2016, no Rio. "Tenho que curtir um pouco ainda essa conquista de 2012 e
ver o que vem pela frente", explicou. Ao ser perguntada se fará outra
tatuagem caso o tricampeonato olímpico seja conquistado, Thaisa brincou:
"Ainda tem bastante tempo para pensar nisso".
Foto Luiz Fernando Menezes/O DIA
Em
2008, nos Jogos de Pequim, ela sentiu o gostinho de ser campeã olímpica
como reserva e aprendeu muito observando as titulares Fabiana e
Walewska. Thaisa, então, passou o último ciclo sonhando em repetir
aquele feito, mas agora como titular. E o desejo foi alcançado: a meio
de rede conquistou seu segundo ouro olímpico nos Jogos de Londres, tendo
papel decisivo, com 110 pontos marcados em toda a competição, sendo a
sétima maior pontuadora. "Em dois jogos, fiz mais de 20 pontos. Em
uma partida, eu fiz 22 e, em outra, 24. Fiquei muito satisfeita e feliz
de ajudar. Estava confiante e passei isso para as meninas. A gente
cresceu junto. Se não fossem elas, também não teria pontuado tanto",
comenta Thaisa, referindo-se aos jogos contra a China e a Rússia. Em
São Paulo, ela curte a sensação de ser bicampeã olímpica ao lado dos
pais, Mônica e Domingos: "Eles me mandavam mensagens sempre. Agora,
quero aproveitar para ficar com eles, já que passamos muito tempo
longe". Em 2008, então com 21 anos, Thaisa demorou para ter noção do
que havia alcançado em Pequim. E diz que ainda está tentando entender o
feito de ser bicampeã olímpica. "Saí para almoçar com a minha mãe e
várias pessoas chegaram para tirar foto, querendo abraçar. Aos poucos,
estou entendendo o tamanho disso", completa ela, que deve ganhar uma
'estátua' em Saquarema. Há quatro anos, como reserva, Thaisa lembra
de ter aprendido muito com as titulares de sua posição, Fabiana, que
participou da campanha em Londres, e Walewska, que já deixou a Seleção.
"Eu tentava observar tudo o que elas estavam fazendo, as reações, como
lidavam com as adversidades nos jogos. Sempre tentei fazer esse tipo de
coisa para tirar proveito para quando tivesse oportunidade de jogar",
recorda. Depois de Pequim, Thaisa tatuou no antebraço esquerdo os
anéis olímpicos e, acima deles, 'Beijing 2008'. Agora, ela já se
programa para fazer outra tatuagem, em alusão aos Jogos de Londres: "Só
estou definindo a data porque o meu tatuador tem muitos clientes". Ainda
aproveitando o status de bicampeã olímpica, Thaisa fala com cautela
quando o assunto é a disputa dos Jogos de 2016, no Rio. "Para ser
sincera, ainda não estou pensando nisso. Mas é claro que sou muito nova
e, com certeza, seria especialíssimo, com todos os meus familiares na
torcida", diz ela, criada no bairro de Campo Grande.
Uma virada para ficar na história O
caminho até o ouro em Londres não foi nada fácil. Na primeira fase,
depois de ser derrotado pela Coreia do Sul, o Brasil chegou a ter sua
vaga para as quartas de final ameaçada. O abatimento das jogadoras era
inevitável, mas o time se superou e conseguiu avançar com uma vitória
sobre a Sérvia, aliada a uma combinação de resultados. "Ninguém
dormiu depois daquele jogo contra a Coreia. Ficamos muito tristes. A
gente vinha treinando muito bem e não sabíamos explicar por que o jogo
não estava fluindo. Falamos: 'Vamos tirar o peso e jogarmos soltas igual
ao treino porque a gente sabe que a gente pode'", recorda Thaisa. Para
ela, a história de superação da Seleção na capital inglesa fez a
torcida se aproximar das jogadoras. "Não é só comigo, mas o grupo fez
história nessa Olimpíada, pela situação que passou e pela força que a
gente tirou. Teve aquele jogo histórico da Rússia (nas quartas de
final). Essa Olimpíada ficará para a história", destaca a central.
Carioca a serviço de Osasco Nascida
em Bangu e criada em Campo Grande, Thaisa já defendeu a Unilever, no
Rio, quando o time se chamava Rexona, de 2006 a 2008. Mas desde 2009
está a serviço do Osasco, atual campeão da Superliga feminina. O
time paulista teve cinco jogadoras na Seleção que faturou o bicampeonato
olímpico em Londres: além de Thaisa, a central Adenízia, as ponteiras
Jaqueline e Fernanda Garay e a oposto Sheilla. "No dia 27, a gente
vai se apresentar para começar os treinos. Ainda não estive com as
meninas, mas a perspectiva é ser campeã de novo", avisa. Na infância,
Thaisa chegou a fazer natação no Miécimo da Silva, em Campo Grande, mas
acabou sendo direcionada para o vôlei, no Tijuca Tênis Clube. Antes de
se apaixonar de vez pelas quadras, ela também pensou em ser bióloga
marinha. Mas acabou fazendo sucesso mesmo no vôlei.
Fabi exibe, orgulhosa, a medalha de ouro. Foto André Luiz Mello/O DIA
O
telefone não para de tocar e o assédio nas ruas é grande, com muitos
gritos de 'parabéns' e pedidos de fotos. Tudo isso com a 'companhia'
constante da medalha de ouro conquistada nos Jogos de Londres. Ainda
tentando entender o feito de ser bicampeã olímpica, Fabi curte o carinho
da torcida no Rio e se empolga ao relembrar os momentos mágicos vividos
na capital inglesa. "A medalha foi incrível. O que a gente viveu tem
um pouco de tudo: tristeza, derrota, romance com a torcida, com o grito
de 'o campeão voltou', e a glória de ter fechado essa história com uma
medalha de ouro. Foi mágico", resumiu a líbero, num bate-papo na Praia
de Ipanema. No Rio, o assédio tem sido grande. "Ainda estou em
processo de entendimento das coisas, do tamanho que foi essa conquista.
Na rua, uma mulher chegou na minha frente e disse para o filho: 'Abraça
ela, é medalha de ouro'. Quando estava indo para o salão fazer a unha,
dois senhores de aproximadamente 80 anos se ajoelharam na minha frente,
beijaram a minha mão e pediram para tirar uma foto. Isso no meio de
Ipanema. Eu falei: 'Não, gente, levanta'. Ainda não entendi que tanta
gente parou para ver", contou. A líbero faz questão de andar sempre
com o símbolo de sua conquista em Londres: "Eu sou uma portadora da
medalha. A galera fala para deixá-la em casa, no cofre, no banco. Mas
tem que mostrar para as pessoas, para quem sofreu, para quem pensou 'não
sei se vai dar'. O mais maneiro é poder dividir com as pessoas o
sofrimento que foi aquilo ali e a vitória mesmo". O caminho até o
ouro não foi mesmo fácil. Um dos momentos mais difíceis foi a derrota
para a Coreia do Sul, que deixou a Seleção numa situação complicada na
primeira fase: "Aquela madrugada foi acordada. Dormi, no máximo, umas
três horas. E a gente tinha só um dia para treinar e reunir forças. A
gente não estava conseguindo ter as atuações que correspondiam ao que a
gente estava treinando. Aquilo dava uma angústia". A classificação
para as quartas de final foi garantida e a vaga para as semifinais foi
conquistada com uma vitória dramática sobre a Rússia, por 3 sets a 2.
"Foi diferente a insônia depois do jogo da Rússia, daquela da partida
contra a Coreia (risos). Não conseguimos dormir, tamanha era a alegria
de sair daquele momento difícil, de se superar diante de um adversário
que, em dois Mundiais, deixou a gente muito triste", recordou. Na
final, após a vitória contra as americanas, veio o desabafo, com gritos
de 'Isso aqui é Brasil'. "Não foi especificamente para uma pessoa. Eu
falei: 'Isso aqui é Brasil', de uma forma geral. A gente entendeu
algumas críticas como falta de respeito e ainda não tinha acabado, tinha
esperança. As pessoas desacreditaram sem ter terminado. A gente sente
mesmo, fica triste. Dói ouvir algumas coisas".
"É difícil cortar essa relação de amor com a camisa do Brasil" Quando
o assunto é a Olimpíada de 2016, no Rio, Fabi prefere ainda não traçar
planos. "Estou nesse processo de a ficha estar caindo na questão do bi,
já que 2016 ainda está distante. Será um desafio incrível. A gente vê
uma galera chegando, querendo buscar seu espaço. Será no quintal de
casa. Eu posso garantir que vou estar lá, vendo das arquibancadas ou na
quadra", diz ela, admitindo que é complicado se desvincular da Seleção:
"É difícil cortar essa relação de amor de vestir essa camisa do Brasil.
Tem que entender o que vai acontecer, ver direitinho". No Rio, a
Seleção feminina terá a chance de se igualar à Cuba, tricampeã olímpica
em 1992, 1996 e 2000. "Todo mundo reverencia aquela geração de Cuba. Foi
brilhante", reconheceu Fabi. Aos 32 anos, ela jogará mais uma
temporada pela Unilever: "Ainda tenho bastante tempo no clube porque
você viaja menos, fica mais tempo em casa. Eu falava que iria até os 36.
Agora eu falo até os 38. Aí você vê a Arlene jogando e fala que vai
chegar até os 40. Vou jogar até me sentir em condições".
Tietagem na Vila Olímpica
Fabi com Isinbayeva. Foto Arquivo Pessoal
Fabi
é admirada por muita gente, mas não tem vergonha de também ser fã. Na
Olimpíada de Londres, ela não perdeu tempo e tirou fotos com alguns dos
principais atletas na Vila Olímpica. "Eu tieto mesmo. Eu gosto. Tenho
foto com o Phelps, Isinbayeva, Marta, Neymar, Ganso, com os meninos do
basquete", recordou. Já de volta ao Brasil, Fabi foi tietada pela
cantora Ivete Sangalo. "Sou muito fã dela. Sempre falei que, se ela não
fosse cantora, seria atleta porque é sempre muito intensa. Ela deu um
abraço na gente, pegou a medalha e brincou. Tem um carisma incrível",
elogiou Fabi.
Giba e Bruninho no pódio. Foto André Mourão/O DIA
Hoje
também teve choro brasileiro no ginásio Earls Court, em Londres. Mas
não de felicidade, como as meninas ontem, na conquista do bicampeonato
olímpico. O time de Bernardinho, que chegou pela terceira vez
consecutiva a uma final olímpica, não escondeu o abatimento após a final
contra a Rússia, quando chegou a estar vencendo a partida por 2 sets a 0
e teve dois match points para garantir o título. Os russos viraram o
jogo e faturaram o ouro. Bruninho não segurou o choro no pódio, abraçado
ao experiente Giba, e disse que a derrota ainda vai doer muito. Alguns
estão se despedindo, mas uma geração de talentos seguirá trabalhando
para o Rio, em 2016.
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