segunda-feira, 24 de setembro de 2012

"Estou muito motivada, eu quero jogar, quero ver a cara do nosso time"


Fofão vai comandar a Unilever. Luiz Doro/adorofoto
A paixão pelo vôlei continua viva. Tanto que, aos 42 anos, após ter passado uma temporada sem jogar, Fofão não vê a hora de atuar pela Unilever, nas semifinais do Carioca, no dia 5. Ouro nos Jogos de Pequim (2008), ela quer ver logo a 'cara' do time. Nascida em São Paulo, a levantadora curte a vida no Rio, a oportunidade de estar em quadra trabalhando mais uma vez com Bernardinho, e conta como foi difícil comentar os jogos da Seleção feminina na Olimpíada de Londres.
Como está sendo a volta ao vôlei?
No começo, foi mais difícil. Até mesmo pelo fato de eu ter ficado um ano sem essa rotina de treino. Agora eu já estou mais entrosada com o dia a dia daqui. Está sendo gostoso.
Você estava com saudade das quadras?
Por incrível que pareça, eu estava. Bastante, viu? (risos). O melhor de tudo é você voltar e ver que ainda gosta de fazer. Isso foi o mais importante. Por ter ficado um ano parada, achei que talvez fosse desanimar um pouquinho. Pelo contrário. Estou motivada e feliz onde estou.
Pensou em parar?
Eu sempre tive na cabeça que eu vou parar jogando, não do jeito que eu estava, sem treinar e, então, decidir parar. Não seria legal para mim também.
Você jogou tênis quando esteve afastada do vôlei. Como foi a experiência?
Como não queria ficar parada totalmente, procurei coisas que me motivassem. Aí me aventurei no tênis. Mas estava sempre em contato com o vôlei, fui em vários lugares treinar com equipes mais jovens. Elas se assustavam: 'Meu Deus, a Fofão aqui'. Eu falava: 'Gente, tranquilo, eu virei mais vezes' (risos).

Fofão se aventurou no tênis enquanto esteve afastada das quadras. Arquivo Pessoal
Como é a vida no Rio?
Eu vinha para cá com a Seleção, mas a gente treinava e ia para a concentração. Tanto é que eu cheguei e não sabia andar aqui. Fiquei quase dois meses sem carro para aprender os caminhos. É bem diferente de São Paulo. Mas o gostoso é o astral. É impossível ficar de mau humor. Você olha o mar e fala: 'Vou reclamar de quê, né?'.
Já tentou ir ao treino de bicicleta?
Comprei a bicicleta para vir. O problema é que eu vinha e tinha que voltar. É muito sofrimento (risos). Um dia eu resolvi testar. Mas depois eu pensei: 'Depois de um treino pesado, eu voltar pedalando'. Aí eu não me animei de vir de novo (risos).
Como foi a experiência de ser comentarista na Olimpíada de Londres?
Foi difícil porque eu sofri muito. É muito difícil você comentar se você esteve ali dentro, com as mesmas pessoas. O primeiro jogo para mim foi complicado, foi como se eu tivesse estreando junto com elas. Foi muito difícil porque, ao mesmo tempo que tenho que falar o que está acontecendo, eu entendo a situação delas, a dificuldade que é. Tentei ponderar o máximo possível porque sou uma jogadora e sei como é estar ali dentro. Uma das coisas mais difíceis que eu fiz até hoje foi comentar uma Olimpíada.
Você esperava a volta por cima da Seleção?
Fiquei muito preocupada depois do jogo contra a Coreia (quando a vaga para as quartas ficou ameaçada). Depois que terminou o jogo, vi as meninas chorando, as mais experientes também chorando. Achei que não era o momento para esse desespero todo. Inclusive mandei um e-mail para uma das meninas, falei para não deixar isso acontecer porque elas eram as líderes. Uma pessoa que está chegando agora e vê uma Thaisa ou uma Fabiana chorar, bate um pouco de insegurança.
E depois teve a volta por cima...
Foi a coisa mais linda do mundo o que elas fizeram. Elas deram uma prova de superação imensa, com uma força de grupo. Foi o que fez a diferença. Elas poderiam ter voltado sem nada nas mãos e acabaram campeãs olímpicas.
Como viu a atuação da Dani Lins?
Ela despertou no momento certo. Ninguém sabia se ela iria ficar entre as 12. Ela ficou e, no momento que o time mais precisou, ela demonstrou maturidade. As jogadoras sentiram confiança nela. Contra a Rússia, ela foi a melhor jogadora. Foi importantíssima para o time. Era o que elas precisavam, da segurança dela. Depois, ela foi tranquila, parecia que ela estava desfilando ali, sem preocupação.
Você não sente saudades da Seleção?
Saudade eu sinto. Eu olho para elas e a vontade é de estar lá. Acima de tudo, ficou uma amizade muito grande. Toda vez que eu as vejo, eu sei o que está acontecendo e começo a dar risada sozinha porque eu sei que elas estão sacaneando uma a outra. Não tem como não sentir saudade. Mas, quanto a voltar e estar junto, isso não existe mais.
O técnico José Roberto Guimarães disse que tentou convencê-la a voltar à Seleção até 2010, não é?
Era uma coisa que já estava decidida na minha cabeça. A minha missão tinha sido cumprida. Eu me desliguei de uma tal maneira que eu não conseguia me ver voltando, mesmo com as pessoas falando para eu voltar. Estava tranquila com a decisão que eu tomei.
Você já faz planos para a aposentadoria?
Deixo as coisas acontecerem. Planejar nunca foi o meu forte. O mais importante é estar bem de saúde. Assim como eu decidi um dia parar com a Seleção, um dia eu vou parar de jogar vôlei, encerrar totalmente.
Já tem em mente o que vai fazer quando parar?
Tenho um caderno cheio de coisas anotadas. Quero saber por onde eu vou começar (risos). O mais importante quando parar é estar bem resolvida. Assim como eu parei na Seleção e não sentia vontade de voltar. Essa decisão é a mais difícil porque vou deixar de fazer o que eu gosto. Ao mesmo tempo sei que estarei envolvida com o vôlei.
Como é trabalhar de novo com o Bernardinho?
O bom do Bernardo é que já o conheço. Sei como ele trabalha, como ele é. Está sendo muito bom, é um excelente técnico. Hoje em dia, estou mais amadurecida do que na época da Seleção e o que ele fala é mais fácil de entender. É tranquilo, é preparar os ouvidos (risos)...
Como você está fisicamente?Eu me cuidei para não chegar aqui e ter que recomeçar do zero. Desde que eu cheguei, estou conseguindo fazer as coisas igual às meninas, estou treinando normal. Dor todo mundo sente, mas nada que me incomoda. Falei que eu não quero entrar entrar lá (na fisioterapia) por motivo de dor, vou lá para fazer massagem (risos).
Você está ansiosa para voltar a jogar?
Estou, porque você treina muito e é o momento que você mais espera. A expectativa é grande, mesmo para alguém que já tenha tanta experiência. O friozinho na barriga ainda é o mesmo, a ansiedade ainda é a mesma. Estou muito motivada, eu quero jogar, quero ver a cara do nosso time.

Fofão e o marido, João Márcio, seu grande incentivador na carreira. Arquivo Pessoal

Domingo, 16 Setembro, 2012

Um peregrino tricampeão


Fotos Arquivo Pessoal
O sacrifício é inevitável e, dessa vez, as dores apareceram nos pés, no joelho e no quadril. Havia também a preocupação com a mulher, Alcione, que o acompanhava na caminhada. Mas, no fim, ao chegar à Catedral de Santiago de Compostela, o técnico José Roberto Guimarães teve a certeza de que valeu a pena cumprir a promessa pela conquista do bicampeonato olímpico com a Seleção feminina de vôlei nos Jogos de Londres. Durante uma semana, entre o fim de agosto e início deste mês, o comandante virou um peregrino para completar quase 100 quilômetros do Caminho de Santiago.
Zé Roberto já havia percorrido, sozinho, 800 quilômetros do caminho em 28 dias como promessa pela conquista do título da Superliga na temporada 2002/2003. Mas afirmou que agora não estava tão bem preparado fisicamente como da outra vez. "Sofri pra caramba. Na outra vez eu estava bem. A Alcione estava melhor do que eu. Senti muita dor nos pés, no joelho e no quadril. Mas continuamos a caminhada. Tem que pagar a promessa, né"?, brincou Zé Roberto, tricampeão olímpico, contando também o ouro com os homens, em 1992.
Apesar de ter se saído bem, Alcione voltou para casa com bolhas nos pés, resultado das horas de caminhada diária. Mas gostou da experiência ao lado do marido. "Adorei e quero voltar. Dessa vez, era o momento dele. Fui para acompanhá-lo e registrei esse momento", contou Alcione, que aproveitou para fotografar e filmar a peregrinação de Zé Roberto.
Durante a caminhada, os peregrinos aproveitam para admirar o caminho. "Foi muito bom, correu tudo muito bem. A paisagem é linda. Encontramos muita gente andando. Todo mundo que passa fala: 'bom caminho'. É a saudação de lá", contou Zé Roberto, lembrando da realização ao chegar ao final do trajeto, na Catedral de Santiago, na Espanha: "É um momento muito legal porque você conseguiu atingir seu objetivo. Às 19h30, tem a missa, em que a maioria dos peregrinos se junta. É um momento muito legal de encontro, em que você atinge sua meta. Para mim também, porque eu estava terminando de pagar a promessa ali. É a realização".
De volta ao Brasil desde o dia 3, o técnico ainda lembrou detalhes do trajeto, que reúne peregrinos do mundo inteiro. "O menu dos peregrinos custa nove euros (pouco menos de R$ 25). Come-se bem. Além da paisagem, que é linda, tem a segurança. Você não fica preocupado em ser assaltado, é tranquilo", recordou o comandante.
Em 2003, médico o ajudou na rota de 800 quilômetros
Da primeira vez que fez o Caminho de Santiago, como promessa pelo título da Superliga na temporada 2002/2003, Zé Roberto também encontrou dificuldades no percurso. Mas não desistiu e completou 800 quilômetros.
"Daquela vez, eu exagerei no início. No segundo dia, andei 39 quilômetros e, no quarto, 42. Acabei fazendo mais do que deveria. Comecei a ter uma tendinite muito forte na canela. Sorte que encontrei um médico de Palma de Mallorca, que me deu anti-inflamatório e me ajudou. Consegui continuar o caminho", recordou o treinador.
Para Zé Roberto, percorrer o Caminho de Santiago também é um momento de reflexão. "Você pensa sobre a sua vida, sobre os seus valores. Não tem dinheiro, não tem condição social, não tem absolutamente nada. Ali, as pessoas ajudam as outras que estão em necessidade. É uma troca muito bacana", destacou ele.
Existem diferentes pontos de partida para completar o caminho. Mas o final é sempre o mesmo: a Catedral de Santiago de Compostela, na Espanha.

Terça-feira, 11 Setembro, 2012

Novo desafio para Mari


Fotos Arquivo Pessoal
Medalha de ouro nos Jogos de Pequim (2008), Mari já está na Turquia para um novo desafio na carreira. Ao lado da bicampeã olímpica Paula Pequeno, a atacante se apresentou ao seu novo time, o Fenerbahce, na segunda-feira, e já fez seu primeiro treino com a equipe. O time conta também com a coreana Kim, MVP da Olimpíada de Londres.
"Estou muito ansiosa para esse novo desafio na minha carreira. Estou impressionada com a estrutura que encontrei aqui e tenho certeza de que vamos brigar por todos os títulos que disputarmos nessa temporada", afirmou Mari, que ficou fora da Seleção que disputou os Jogos de Londres.
Mari já se prepara para amistosos na Polônia, ainda este mês, mas a grande meta do time neste ano será o Campeonato Mundial de Clubes, em Doha, em outubro.
Jogar no exterior não é novidade para Mari. De 2006 a 2008, ela atuou pelo Scavolini Pesaro, na Itália, onde conquistou a Cev Cup (2008), o Campeonato Italiano (2007/2008) e a Supercopa da Itália (2006).
"Não é novidade pra mim jogar no exterior. Fui muito feliz na Itália e espero ter o mesmo sucesso aqui na Turquia. É uma equipe que tem tradição no vôlei e espero poder corresponder em quadra", afirmou a campeã olímpica.
Paula também já jogou fora do País, sendo campeã russa na temporada 2009/2010 com o Zarechie Odintsovo. "É minha segunda experiência no exterior, mesmo assim a ansiedade é grande de começar a trabalhar. Tenho certeza de que será uma grande temporada e que vamos disputar com reais chances de conquista todos os campeonatos que disputaremos", afirmou a ponteira, quando acertou com Fenerbahce, em junho.
Já na Turquia, Paula fez questão de mandar ontem um recado aos seus fãs através do Twitter. "Queridos já cheguei, fui muito bem recebida e peço a Deus que seja uma ótima temporada", escreveu a bicampeã olímpica.

Paula Pequeno e Mari já uniformizadas: dupla quer voltar para o Brasil com títulos

Mari com a coreana Kim, MVP da Olimpíada de Londres

Quinta-feira, 6 Setembro, 2012

RJX mostra a sua cara


Foto Carlos Moraes/O DIA
No levantamento, está o carioca Bruninho, que festeja a chance de jogar em 'casa' depois de nove temporadas em Florianópolis. No comando, a cara também é nova: o técnico gaúcho Marcelo Fronckowiak. Entre os ponteiros, Thiago Alves chega ao time e o líbero Mário Jr. também aparece entre os novos contratados. Com esses e outros reforços, aliados a destaques como Dante e Lucão, o RJX mostrou hoje, no Maracanãzinho, o seu elenco para a temporada 2012/2013, depois de ter chegado à semifinal da última Superliga de vôlei.
"É um momento especial, de jogar na cidade onde nasci. Estava há quase 16 anos fora do Rio. Temos que nos dedicar dentro de quadra para que o vôlei do Rio possa reeditar os anos 80, quando a Atlântica Boavista lotava o Maracanãzinho", afirmou Bruninho.
O levantador volta ao Rio depois de duas temporadas pela Unisul e sete pela Cimed, ambas em Florianópolis. "A vida é feita de desafios. Chegou o momento de buscar algo novo. Terei a oportunidade de jogar no Maracanãzinho, com a minha família assistindo. Isso não tem preço. Vou poder acompanhar também o crescimento das minhas irmãs", completou o levantador, referindo-se à Júlia e Vitória, filhas do técnico Bernardinho com a ex-levantadora Fernanda Venturini.
O RJX reúne quatro jogadores da Seleção que conquistou a medalha de prata nos Jogos de Londres: Bruninho, Lucão, Dante e Thiago Alves.
Além de Bruninho, Thiago Alves e Mário Jr., as outras novidades no time são o líbero Rafael, o ponteiro Manius, o central Athos e o levantador Bernardo Roese. Já Dante e Lucão seguem na equipe carioca, assim como os centrais Riad e Ualas, os opostos Theo e Da Silva, o levantador Guilherme e os ponteiros Thiago Sens e Renan.
A nova formação já estará em quadra amanhã, às 11h, num amistoso contra o Panasonic Panthers, atual campeão japonês, também no Maracanãzinho. Dante, em recuperação de dores no joelho esquerdo, será o desfalque na partida. De 13 a 15, o RJX disputará a II Copa Volta Redonda de vôlei e, no fim do mês, o grupo segue para Ijuí, no Rio Grande do Sul, para participar do Torneio Top Four.
Apesar da força do elenco, Bruninho destacou que os nomes não ganham títulos. "O que vale é o trabalho do dia a dia. Temos que respeitar as outras equipes, que são muito fortes também", ponderou.

Dante e o técnico Marcelo Fronckowiak. Foto Carlos Moraes/O DIA
Dante não vai operar o joelho esquerdo
As dores no joelho esquerdo atrapalharam Dante na final dos Jogos de Londres e uma cirurgia chegou a ser cogitada, mas, a princípio, está descartada. Em tratamento, o ponteiro está fora do amistoso contra o Panasonic, mas está confiante em jogar na estreia na Superliga, no fim de novembro.
"Os exames mostraram uma calcificação no joelho esquerdo e, a princípio, não haverá necessidade de cirurgia. Já começamos o tratamento conservador, com ondas de choque, para destruir a calcificação. Ele requer repouso mesmo", afirmou.
Dante ainda detalhou o planejamento. "O tratamento dura um mês. Já fiz a primeira sessão e a última está prevista para o dia 27. Pelo pré-calendário, o primeiro jogo na Superliga será no dia 24 de novembro. Espero estar bem para essa estreia", afirmou, planejando disputar os Jogos de 2016, no Rio.

Foto Carlos Moraes/O DIA

Domingo, 2 Setembro, 2012

Tempo de festejar para Sheilla


Foto Reginaldo Castro/Agência O DIA
O caminho até o bicampeonato olímpico não foi nada fácil. A vaga para as quartas de final nos Jogos de Londres esteve ameaçada e, para avançar à semifinal, foi preciso passar pela Rússia, num jogo em que o Brasil salvou seis match points, cinco deles em bolas de Sheilla. A partir dali, ninguém mais parou a Seleção feminina de vôlei. Uma volta por cima festejada pela oposto brasileira, que ainda vibrou na capital inglesa com uma notícia de sua família: a avó, Dona Terezinha, se recupera bem de um câncer. "Foi muito legal ver o time crescendo junto e aí teve essa notícia da minha avó. Foram só coisas boas", recorda Sheilla.
Logo após a conquista do ouro olímpico na decisão sobre as americanas, Sheilla contou que havia recebido, poucos dias antes da final olímpica, a notícia de que sua avó estava praticamente recuperada. "É lógico que ela não tem mais o mesmo pique de antes. Ela ainda está fazendo tratamento e tem que fazer o controle. Mas o resultado tem sido surpreendente", conta a bicampeã.
Na última temporada, Sheilla defendeu a Unilever, do Rio, e aproveitava as folgas para ver a avó, que mora em Belo Horizonte, sem perder o foco na Superliga. "O Bernardo foi muito bom comigo. Eu ficava nessa 'ponte aérea' entre Belo Horizonte e Rio", recorda, referindo-se a Bernardinho, técnico da equipe carioca.
Na Olimpíada, a oposto festejou a volta por cima da Seleção depois de um começo instável. "A gente chegou no fundo do poço depois do jogo contra a Coreia (quando a vaga ficou ameaçada). Mas a gente sabia que, se o nosso time colocasse em prática o que treinava, daria para ganhar", diz.
Contra a Rússia, Sheilla brilhou, salvando cinco match points. "Não era apenas eu que estava confiante. A gente via isso uma no olho da outra. Eu pedi bola para a Dani. Do jeito que a gente fala, a levantadora sente", comenta ela, apelidada de Gamovinha, em referência à rival russa, pela líbero Fabi. "Quando cheguei no vestiário, eram muitas mensagens. Os amigos adoram elogiar, né", diz, modesta.
Depois do jogo contra o Japão, pela semifinal, veio o pressentimento de que alguma coisa boa iria acontecer. Sheilla acordou às 3h da madrugada com uma frase na cabeça: 'Tudo que um sonho precisa para ser realizado é que alguém acredite que ele possa ser realizado'. O pensamento foi compartilhado com as companheiras e o bicampeonato foi conquistado.
Em 2016, a chance de conquistar mais um ouro será no Rio. "Vontade de estar lá eu tenho, de buscar o tricampeonato no Rio, perto da família. Mas tenho que pensar ano a ano, não sei como vou estar fisicamente até lá", comenta, cautelosa.

Sheilla com a avó, Dona Terezinha. Foto Arquivo Pessoal
Pelo namorado, Sheilla virã fã de basquete
Depois de duas temporadas defendendo a Unilever, Sheilla se mudou para o Osasco, atual campeão da Superliga feminina de vôlei. E, morando em São Paulo, ela terá a chance de ficar mais perto do namorado, Brenno, assistente-técnico do time de basquete do Pinheiros.
"Tem esse lado positivo, de ficar mais perto dele. Antes, tinha que viajar para Belo Horizonte e São Paulo", conta a mineira de 29 anos, que começou a carreira no Mackenzie.
O namoro fez Sheilla passar a acompanhar o basquete com mais frequência. "Antes eu não acompanhava muito e não entendia tanto. Mas é um esporte gostoso. Na última hora, pode mudar tudo", comenta, brincando com a 'disputa' entre as duas modalidades: "A gente brinca dizendo que tem uma rivalidade entre vôlei e basquete. Mas no Brasil há espaço para os dois".
Namorando Brenno há um ano e dois meses, Sheilla admite que já existe uma 'pressão' em casa pelo casamento. "A família sempre pergunta sobre isso, né?", brinca a bicampeã olímpica.

Sheilla com o namorado, Brenno. Foto Arquivo Pessoal
Da Unilever para o Osasco, o maior rival
Durante dois anos, ela viveu a maior rivalidade do vôlei brasileiro do lado da Unilever: foi campeã na Superliga 2010/11 e vice na temporada 2011/12, perdendo a final para o Osasco. Agora, Sheilla se prepara para defender o time paulista, que tem mais quatro campeãs olímpicas: Thaisa, Jaqueline, Fernanda Garay e Adenízia.
"Até brinquei na coletiva de apresentação do time que tinha gente que iria me amar e outros que iriam me odiar. Mas sei que os torcedores do Rio têm um carinho por mim", comenta Sheilla, sonhando com o título da Superliga pelo Osasco: "Somos favoritos, mas não somos os únicos. A Unilever continua favorita, a competição terá ainda o time do Zé, o Sesi...", diz ela, referindo-se ao técnico José Roberto Guimarães, que comandará a equipe de Campinas.

Domingo, 26 Agosto, 2012

Diploma de campeã para Fernanda Garay


Fernanda Garay em ação pela Seleção. Foto Divulgação/FIVB
No dia 11 de agosto, Fernanda Garay tinha um compromisso importante em família: o irmão, Heleno, estava se formando em Direito pela faculdade São Judas Tadeu, em Porto Alegre. Mas a ponteira também tinha outro motivo muito especial para faltar à cerimônia. Na mesma data, em Londres, Fernanda ajudou a Seleção feminina de vôlei a conquistar o bicampeonato olímpico nos Jogos de Londres. Foi dela o último ponto na vitória na final sobre as americanas, de virada, por 3 sets a 1.
"A minha família teve duas festas no mesmo dia. Primeiro, à tarde, já que o jogo começou no Brasil às 14h30. Teve aquela tensão toda da partida e, depois, a vitória. Foi só festa em casa. Depois, eles se arrumaram para a formatura do meu irmão, um outro momento maravilhoso. Foi uma correria para eles. Se o jogo tivesse acabado em 3 sets a 2, seria ainda mais", disse Fernanda, muito bem-humorada. "Quando veio a medalha de ouro, tudo valeu a pena. Meu irmão até brincou dizendo que, por esse motivo, estava tudo bem em eu não ter ido à formatura", completou.
Em Londres, Fernanda foi ganhando espaço no grupo até terminar a Olimpíada no papel de titular. "Foi muito bom, um momento crescente. Cheguei como reserva, me preparando sempre para o que precisasse. Em cada oportunidade que tive, ajudei de alguma forma até que a comissão técnica tivesse confiança de me colocar para jogar como titular. Consegui corresponder e, ao longo da competição, toda a equipe foi crescendo", comentou ela, contando ter ficado mais conhecida da torcida após o ouro na capital inglesa.
Gaúcha, a ponteira curtiu o ouro olímpico em Porto Alegre quando voltou para casa. "Foi muito gostoso, com a família toda reunida, com churrasco e chimarrão", contou ela, torcedora do Internacional. "Curto os jogos, mas agora vai ter Gre-Nal e não vou pode ir", lamentou, referindo-se ao clássico de hoje, no Beira-Rio, pelo Brasileirão.
Fernanda Garay terá 30 anos na época da Olimpíada do Rio, em 2016, e não nega que seria um sonho se a Seleção feminina de vôlei repetisse o feito de Cuba e conquistasse o tricampeonato olímpico. "Vejo como uma oportunidade de fazer história, buscar o tricampeonato que Cuba tem. Foi um time que virou referência na época, quando era a equipe a ser batida", comentou.

O irmão, Heleno, se formou em Direito em Porto Alegre no dia da final olímpica. Foto Reprodução da Internet
Atletismo não seduziu a jogadora
Fernanda começou a praticar vôlei aos 11 anos, na Sogipa. E poderia ter investido no atletismo, já que o irmão, Heleno, foi atleta do salto triplo, e o técnico dele quis levá-la para as pistas. "Ele chegou a cogitar me convidar para fazer atletismo, mas falei que não era a minha praia, que iria seguir no vôlei", contou.
Da Sogipa, ela seguiu para São Caetano, Minas, Pinheiros, NEC (Japão), e, na última temporada, o Vôlei Futuro, de Araçatuba (SP). A passagem pelo vôlei japonês aconteceu na época em que o país sofreu com o terremoto, em março de 2011. "Foi uma experiência que nunca vou esquecer. Não senti o tremor onde estava, mas vi tudo pela televisão, acompanhei a situação de familiares de integrantes da comissão técnica".
Na segunda-feira, ela se apresenta para os treinos no Osasco, atual campeão da Superliga. "A expectativa é boa. É o atual campeão, uma equipe que já tem o gosto da vitória. O título da Superliga, particularmente, eu não tenho. Estou muito motivada para começar a competir", afirmou.

Fernanda registrou o encontro com Neymar na Vila Olímpica.
Foto Reprodução da Internet

Fernanda durante sua passagem pelo Japão. Foto Reprodução da Internet

Quinta-feira, 23 Agosto, 2012

Bi olímpico: coisa de pele


Foto Luis Fernando Menezes/Agência O Dia
A tatuagem com os anéis olímpicos e a inscrição 'Beijing 2008' ganhou espaço no antebraço esquerdo assim que veio a conquista do primeiro ouro olímpico, em Pequim, na China. Quatro anos depois, Thaisa se tornou bicampeã nos Jogos de Londres e avisou que faria outra tatuagem, agora no antebraço direito, com 'London 2012'. Onze dias após a vitória na final sobre as americanas na capital inglesa, a 'promessa' da meio de rede foi cumprida ontem, no estúdio Led's Tattoo, em São Paulo.
"Essas são especiais. Eu havia prometido que, se a gente conquistasse o ouro, faria", contou Thaisa, que tem uma orquídea tatuada nas costas, estrelinhas no pescoço e, no punho, o símbolo que significa força em japonês.
No Led's Tattoo, Nany foi o responsável pelo 'desenho' de Londres e Thaisa contou que a Olimpíada foi um assunto inevitável durante a sessão. "Ele ficou comentando dos jogos, que a gente quase matou a torcida do coração, e disse que era uma honra estar me tatuando", recordou Thaisa, que já fazia sucesso com a tatuagem de Pequim: "Todo mundo quer ver, tocar e me parabeniza".
Nany, de 39 anos, sendo 20 como tatuador, contou que acompanhou os jogos de Thaisa na Olimpíada. "Fiquei feliz porque torci por elas. Foi demais, ainda mais por ser algo tão recente. Ela foi muito simpática", comentou Nany, de 1,81m, divertindo-se com a altura da 'gigante' do vôlei, de 1,96m: "Brinquei muito com ela por causa disso. Falei que seria difícil arrumar uma cadeira em que ela coubesse".
Aos 25 anos, a central prefere pensar com cautela se terá condições de disputar os Jogos de 2016, no Rio. "Tenho que curtir um pouco ainda essa conquista de 2012 e ver o que vem pela frente", explicou. Ao ser perguntada se fará outra tatuagem caso o tricampeonato olímpico seja conquistado, Thaisa brincou: "Ainda tem bastante tempo para pensar nisso".

Domingo, 19 Agosto, 2012

Thaisa: pele dourada


Foto Luiz Fernando Menezes/O DIA
Em 2008, nos Jogos de Pequim, ela sentiu o gostinho de ser campeã olímpica como reserva e aprendeu muito observando as titulares Fabiana e Walewska. Thaisa, então, passou o último ciclo sonhando em repetir aquele feito, mas agora como titular. E o desejo foi alcançado: a meio de rede conquistou seu segundo ouro olímpico nos Jogos de Londres, tendo papel decisivo, com 110 pontos marcados em toda a competição, sendo a sétima maior pontuadora.
"Em dois jogos, fiz mais de 20 pontos. Em uma partida, eu fiz 22 e, em outra, 24. Fiquei muito satisfeita e feliz de ajudar. Estava confiante e passei isso para as meninas. A gente cresceu junto. Se não fossem elas, também não teria pontuado tanto", comenta Thaisa, referindo-se aos jogos contra a China e a Rússia.
Em São Paulo, ela curte a sensação de ser bicampeã olímpica ao lado dos pais, Mônica e Domingos: "Eles me mandavam mensagens sempre. Agora, quero aproveitar para ficar com eles, já que passamos muito tempo longe".
Em 2008, então com 21 anos, Thaisa demorou para ter noção do que havia alcançado em Pequim. E diz que ainda está tentando entender o feito de ser bicampeã olímpica. "Saí para almoçar com a minha mãe e várias pessoas chegaram para tirar foto, querendo abraçar. Aos poucos, estou entendendo o tamanho disso", completa ela, que deve ganhar uma 'estátua' em Saquarema.
Há quatro anos, como reserva, Thaisa lembra de ter aprendido muito com as titulares de sua posição, Fabiana, que participou da campanha em Londres, e Walewska, que já deixou a Seleção. "Eu tentava observar tudo o que elas estavam fazendo, as reações, como lidavam com as adversidades nos jogos. Sempre tentei fazer esse tipo de coisa para tirar proveito para quando tivesse oportunidade de jogar", recorda.
Depois de Pequim, Thaisa tatuou no antebraço esquerdo os anéis olímpicos e, acima deles, 'Beijing 2008'. Agora, ela já se programa para fazer outra tatuagem, em alusão aos Jogos de Londres: "Só estou definindo a data porque o meu tatuador tem muitos clientes".
Ainda aproveitando o status de bicampeã olímpica, Thaisa fala com cautela quando o assunto é a disputa dos Jogos de 2016, no Rio. "Para ser sincera, ainda não estou pensando nisso. Mas é claro que sou muito nova e, com certeza, seria especialíssimo, com todos os meus familiares na torcida", diz ela, criada no bairro de Campo Grande.
Uma virada para ficar na história
O caminho até o ouro em Londres não foi nada fácil. Na primeira fase, depois de ser derrotado pela Coreia do Sul, o Brasil chegou a ter sua vaga para as quartas de final ameaçada. O abatimento das jogadoras era inevitável, mas o time se superou e conseguiu avançar com uma vitória sobre a Sérvia, aliada a uma combinação de resultados.
"Ninguém dormiu depois daquele jogo contra a Coreia. Ficamos muito tristes. A gente vinha treinando muito bem e não sabíamos explicar por que o jogo não estava fluindo. Falamos: 'Vamos tirar o peso e jogarmos soltas igual ao treino porque a gente sabe que a gente pode'", recorda Thaisa.
Para ela, a história de superação da Seleção na capital inglesa fez a torcida se aproximar das jogadoras. "Não é só comigo, mas o grupo fez história nessa Olimpíada, pela situação que passou e pela força que a gente tirou. Teve aquele jogo histórico da Rússia (nas quartas de final). Essa Olimpíada ficará para a história", destaca a central.
Carioca a serviço de Osasco
Nascida em Bangu e criada em Campo Grande, Thaisa já defendeu a Unilever, no Rio, quando o time se chamava Rexona, de 2006 a 2008. Mas desde 2009 está a serviço do Osasco, atual campeão da Superliga feminina.
O time paulista teve cinco jogadoras na Seleção que faturou o bicampeonato olímpico em Londres: além de Thaisa, a central Adenízia, as ponteiras Jaqueline e Fernanda Garay e a oposto Sheilla.
"No dia 27, a gente vai se apresentar para começar os treinos. Ainda não estive com as meninas, mas a perspectiva é ser campeã de novo", avisa.
Na infância, Thaisa chegou a fazer natação no Miécimo da Silva, em Campo Grande, mas acabou sendo direcionada para o vôlei, no Tijuca Tênis Clube. Antes de se apaixonar de vez pelas quadras, ela também pensou em ser bióloga marinha. Mas acabou fazendo sucesso mesmo no vôlei.

Quarta-feira, 15 Agosto, 2012

A magia do ouro


Fabi exibe, orgulhosa, a medalha de ouro. Foto André Luiz Mello/O DIA
O telefone não para de tocar e o assédio nas ruas é grande, com muitos gritos de 'parabéns' e pedidos de fotos. Tudo isso com a 'companhia' constante da medalha de ouro conquistada nos Jogos de Londres. Ainda tentando entender o feito de ser bicampeã olímpica, Fabi curte o carinho da torcida no Rio e se empolga ao relembrar os momentos mágicos vividos na capital inglesa.
"A medalha foi incrível. O que a gente viveu tem um pouco de tudo: tristeza, derrota, romance com a torcida, com o grito de 'o campeão voltou', e a glória de ter fechado essa história com uma medalha de ouro. Foi mágico", resumiu a líbero, num bate-papo na Praia de Ipanema.
No Rio, o assédio tem sido grande. "Ainda estou em processo de entendimento das coisas, do tamanho que foi essa conquista. Na rua, uma mulher chegou na minha frente e disse para o filho: 'Abraça ela, é medalha de ouro'. Quando estava indo para o salão fazer a unha, dois senhores de aproximadamente 80 anos se ajoelharam na minha frente, beijaram a minha mão e pediram para tirar uma foto. Isso no meio de Ipanema. Eu falei: 'Não, gente, levanta'. Ainda não entendi que tanta gente parou para ver", contou.
A líbero faz questão de andar sempre com o símbolo de sua conquista em Londres: "Eu sou uma portadora da medalha. A galera fala para deixá-la em casa, no cofre, no banco. Mas tem que mostrar para as pessoas, para quem sofreu, para quem pensou 'não sei se vai dar'. O mais maneiro é poder dividir com as pessoas o sofrimento que foi aquilo ali e a vitória mesmo".
O caminho até o ouro não foi mesmo fácil. Um dos momentos mais difíceis foi a derrota para a Coreia do Sul, que deixou a Seleção numa situação complicada na primeira fase: "Aquela madrugada foi acordada. Dormi, no máximo, umas três horas. E a gente tinha só um dia para treinar e reunir forças. A gente não estava conseguindo ter as atuações que correspondiam ao que a gente estava treinando. Aquilo dava uma angústia".
A classificação para as quartas de final foi garantida e a vaga para as semifinais foi conquistada com uma vitória dramática sobre a Rússia, por 3 sets a 2. "Foi diferente a insônia depois do jogo da Rússia, daquela da partida contra a Coreia (risos). Não conseguimos dormir, tamanha era a alegria de sair daquele momento difícil, de se superar diante de um adversário que, em dois Mundiais, deixou a gente muito triste", recordou.
Na final, após a vitória contra as americanas, veio o desabafo, com gritos de 'Isso aqui é Brasil'. "Não foi especificamente para uma pessoa. Eu falei: 'Isso aqui é Brasil', de uma forma geral. A gente entendeu algumas críticas como falta de respeito e ainda não tinha acabado, tinha esperança. As pessoas desacreditaram sem ter terminado. A gente sente mesmo, fica triste. Dói ouvir algumas coisas".
"É difícil cortar essa relação de amor com a camisa do Brasil"
Quando o assunto é a Olimpíada de 2016, no Rio, Fabi prefere ainda não traçar planos. "Estou nesse processo de a ficha estar caindo na questão do bi, já que 2016 ainda está distante. Será um desafio incrível. A gente vê uma galera chegando, querendo buscar seu espaço. Será no quintal de casa. Eu posso garantir que vou estar lá, vendo das arquibancadas ou na quadra", diz ela, admitindo que é complicado se desvincular da Seleção: "É difícil cortar essa relação de amor de vestir essa camisa do Brasil. Tem que entender o que vai acontecer, ver direitinho".
No Rio, a Seleção feminina terá a chance de se igualar à Cuba, tricampeã olímpica em 1992, 1996 e 2000. "Todo mundo reverencia aquela geração de Cuba. Foi brilhante", reconheceu Fabi.
Aos 32 anos, ela jogará mais uma temporada pela Unilever: "Ainda tenho bastante tempo no clube porque você viaja menos, fica mais tempo em casa. Eu falava que iria até os 36. Agora eu falo até os 38. Aí você vê a Arlene jogando e fala que vai chegar até os 40. Vou jogar até me sentir em condições".
Tietagem na Vila Olímpica
Fabi com Isinbayeva. Foto Arquivo Pessoal
Fabi é admirada por muita gente, mas não tem vergonha de também ser fã. Na Olimpíada de Londres, ela não perdeu tempo e tirou fotos com alguns dos principais atletas na Vila Olímpica. "Eu tieto mesmo. Eu gosto. Tenho foto com o Phelps, Isinbayeva, Marta, Neymar, Ganso, com os meninos do basquete", recordou.
Já de volta ao Brasil, Fabi foi tietada pela cantora Ivete Sangalo. "Sou muito fã dela. Sempre falei que, se ela não fosse cantora, seria atleta porque é sempre muito intensa. Ela deu um abraço na gente, pegou a medalha e brincou. Tem um carisma incrível", elogiou Fabi.

Domingo, 12 Agosto, 2012

Homens sentem a dor da derrota


Giba e Bruninho no pódio. Foto André Mourão/O DIA
Hoje também teve choro brasileiro no ginásio Earls Court, em Londres. Mas não de felicidade, como as meninas ontem, na conquista do bicampeonato olímpico. O time de Bernardinho, que chegou pela terceira vez consecutiva a uma final olímpica, não escondeu o abatimento após a final contra a Rússia, quando chegou a estar vencendo a partida por 2 sets a 0 e teve dois match points para garantir o título. Os russos viraram o jogo e faturaram o ouro. Bruninho não segurou o choro no pódio, abraçado ao experiente Giba, e disse que a derrota ainda vai doer muito. Alguns estão se despedindo, mas uma geração de talentos seguirá trabalhando para o Rio, em 2016.

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