As 'superpoderosas' que estão fazendo história no Poder Judiciário do Rio
Pela primeira vez, quatro mulheres estão comandando, simultaneamente, os tribunais regionais do Trabalho, Federal 2 e Eleitoral, além do de Justiça
POR ADRIANA CRUZ

Maria de Lourdes Sallaberry (E), Letícia Sardas, Leila Mariano e Maria Helena Cisne | Foto: Rosane Naylor
“Fomos as mães possíveis e as filhas possíveis”, analisa Leila, que com a vida corrida revela fazer a maquiagem dentro do carro, no trajeto de casa ao tribunal.
Porém, para colocar as cortes em ordem, o caminho é longo. Em comum, os quatro têm falta de juízes e servidores. No Tribunal Regional Federal 2, a infraestrutura é a pedra no scarpin de Maria Helena Cisne. “A preocupação é com o sucateamento da Justiça Federal. Precisamos fazer obras, mas não há verba. Tínhamos que ter um fundo especial proveniente das custas”, ressalta Cisne. E acrescenta: “Mostro meu contra-cheque. Não passa de no máximo R$ 16 mil líquidos. Outras carreiras são muito mais atrativas hoje do que a magistratura”.
Porém, para colocar as cortes em ordem, o caminho é longo. Em comum, os quatro têm falta de juízes e servidores. No Tribunal Regional Federal 2, a infraestrutura é a pedra no scarpin de Maria Helena Cisne. “A preocupação é com o sucateamento da Justiça Federal. Precisamos fazer obras, mas não há verba. Tínhamos que ter um fundo especial proveniente das custas”, ressalta Cisne. E acrescenta: “Mostro meu contra-cheque. Não passa de no máximo R$ 16 mil líquidos. Outras carreiras são muito mais atrativas hoje do que a magistratura”.
Ao contrário dos desembargadores, juízes criticam estrutura do TJ
Gestão é a palavra de ordem da presidente do Tribunal de Justiça, Leila Mariano, para acabar com o conceito criado dentro da corte de ‘primo rico e primo pobre’. A ala abastada é a que abriga os 179 desembargadores, com edificações suntuosas como o novo Órgão Especial, enquanto os 669 juízes reclamam da falta de estrutura e de servidores para trabalhar.
“No 1º grau, os fóruns são bons, inclusive, no interior. Na Capital, vamos fazer uma grande reforma no prédio central. Não podemos sair contratando servidores por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal. Então, vamos fazer remanejamentos para adequar às necessidades”, afirma Leila Mariano.
Para a desembargadora, a marca da sua administração será o diálogo, com participação de magistrados e servidores. “Temos que identificar os problemas, discuti-los e achar as soluções”, defende Leila, com a experiência de quem elaborou o primeiro plano de carreira para serventuários do antigo Tribunal de Alçada Cível.
Os desafios da Dama de Ferro das Urnas
Letícia enfrenta outra polêmica. O desembargador Bernardo Garcez, vice-presidente do TRE, pediu junto ao Tribunal Superior Eleitoral a anulação da eleição de Letícia à presidência. O magistrado alega que não teve a oportunidade de disputar o cargo. “Nos damos muito bem. Ele leva trufas para mim nas sessões do Órgão Especial. Acredito que a atitude do Garcez foi apenas para marcar posição política. No TRE a convivência será pacífica”, analisa Sardas.
Bem-humorada, a magistrada revela que não esquece os ensinamentos da mãe. “Quando a coisa aperta, passo logo um batom. É a minha maior arma e não falha”, conta, divertindo-se.
Bem-humorada, a magistrada revela que não esquece os ensinamentos da mãe. “Quando a coisa aperta, passo logo um batom. É a minha maior arma e não falha”, conta, divertindo-se.
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