Pesquisadores acham inseto considerado extinto em São Paulo
Mosca branca nativas das Américas é considerada o pesadelo para os produtores de hortaliças e plantas ornamentais
Mosca branca é uma das pragas mais temidas nas lavouras de tomate, feijão, melão e batata |Foto: Divulgação
O trabalho, que também contou com a colaboração dos pesquisadores Enrique Moriones e Jesus Navas-Castillo, do Consejo Superior de Investigaciones Científicas, La Mayora, Espanha, foi recentemente publicado no Journal of Applied Entomology, de alto impacto na área.
O inseto também deposita sobre as folhas grande quantidade de secreção açucarada, favorecendo a formação de fungos que impedem a fotossíntese e, assim, afetam o crescimento da planta e reduzem sua produtividade. É ainda transmissor de vários tipos de vírus que afetam culturas de hortaliças, frutas e oleaginosas.
A espécie invasora predomina no País e pode ser encontrada tanto em áreas cultivadas quanto em plantas daninhas. Até recentemente, toda pesquisa sobre mosca branca levava em conta somente essa espécie. No trabalho da Unesp e do IAC, foi feito um amplo levantamento em mais de 40 municípios de São Paulo e em 13 do Estado de Alagoas, com o uso de testes sensíveis à identificação das espécies.
A nativa New World 1 foi encontrada em plantações de jiló e corda-de-viola nos municípios de Registro, Iguape e Ilha Comprida, no Vale do Ribeira, sul do Estado. Em Alagoas, a mosca infestava tomateiros. A pesquisadora Renata Krause Sakate, da Unesp, acredita que o inseto não desapareceu em virtude do isolamento geográfico dessas localidades em relação a outras áreas agrícolas do Estado.
A New World 2 foi coletada em plantas de amendoim-bravo em São Paulo e Alagoas. Trata-se do primeiro registro de sua existência no Brasil. Também surpreendeu o fato de as espécies nativas, em alguns nichos, estarem convivendo com as invasoras. Ainda não se sabe se as nativas também transmitem vírus para a planta, o que a continuação da pesquisa deve elucidar. O trabalho, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), teve ainda a colaboração de pesquisadores espanhóis.
As informações são do iG
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