sábado, 17 de agosto de 2013

Editorial: Segurança por trás de números

Editorial: Segurança por trás de números

Junho foi um mês intenso nas estatísticas da segurança pública

O DIA
Rio - Junho foi um mês intenso nas estatísticas da segurança pública, como O DIA detalha hoje. Houve aumento em todas as categorias de crimes, e chamam a atenção os registros de mortes, notadamente o latrocínio e a resistência à prisão.
O crescimento da ‘letalidade violenta’ — categoria que reúne todos os índices de assassinato — é péssima notícia. O estado vinha numa esplêndida linha de queda da contagem de mortes estúpidas. A quebra dessa tendência não significa, evidentemente, que se está à beira de uma guerra fratricida. Mas os números carregam consigo a circunstância. É a ela que as autoridades devem se ater para evitar uma derrocada.
Se morre mais gente em assaltos, não só o patrulhamento ostensivo falhou, como também a contenção das armas, que chegaram aos ladrões. Analogicamente, roubos de rua prosperam quando não há policiais a contento. Além disso, homicídio é um guarda-chuva que abraça várias situações. Uma que preocupa bastante é a guerra do tráfico. Ações de invasão indicam que facções estão se movimentando. As investidas aterrorizam os moradores e, se alcançam o objetivo, dão poder ao crime.
Já os autos de resistência em elevação evidenciam que a polícia teve mais trabalho no combate ao crime, mas convém observar se houve exageros do nível ‘pé na porta’, a evitar. Cabe lembrar que ações muito bem-sucedidas das forças de seguranças foram empreendidas sem que se disparasse um único tiro.
Mensurar o crime serve para isso: para rever procedimentos e reagir a malfeitores.
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