Polícia Civil vai investigar ação do Choque na porta da delegacia do Catete
PMs teriam atirado contra a 9ª DP e usado gás lacrimogênio indiscriminadamente, intoxicando até policiais civis de plantão
Rio - O diretor do Departamento Geral de Polícia da capital, delegado Ricardo Dominguez, vai abrir um inquérito para investigar a ação do Batalhão de Choque em frente à 9ª DP (Catete), na noite desta quarta-feira.
Para tentar dispersar um grupo de manifestantes que aguardava a liberação de 29 pessoas detidas durante um protesto contra o governador Sérgio Cabral, em Laranjeiras, a tropa teria atirado indiscriminadamente balas de borracha e bombas de efeito moral, além de usar spray de pimenta e gás lacrimogênio.
As informações são de integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio.
Durante a tentativa de dispersão por parte do Choque, alguns advogados, manifestantes e jornalistas se refugiaram na entrada da 9ª DP. A porta de vidro foi estilhaçada por um tiro de bala de borracha efetuado pela PM, segundo testemunhas.
Bombas de gás lacrimogênio também foram lançadas em direção ao grupo. A fumaça acabou invadindo a delegacia e intoxicando policiais civis que estavam de plantão. Irritados, os agentes chegaram a interpelar e pedir que os PMs se contivessem.Ainda de acordo com os advogados da comissão, Ricardo Dominguez prometeu averiguar se houve excessos dos PMs, abuso de autoridade e avaliar os danos na delegacia. O comandante da ação e até mesmo do Batalhão de Choque poderão ser convocados a depor.
Notícias Relacionadas
Nenhum comentário:
Postar um comentário