Na Batalha do Passinho, duelo agora é pela marca
Sócios de produtora disputam direito de explorar competições que viraram febre no Rio

Febre nas comunidades do Rio, a Dança do Passinho se tornou um empreendimento cultural que dá retorno financeiro, com pagamento de direitos
Foto: Paulo Alvadia / Agência O DiaDiretor do documentário ‘Batalha do Passinho — O Filme’, lançado este ano e em turnê pelas favelas onde as etapas foram disputadas, Emílio Domingos lamentou a situação: “Fico triste em saber que uma manifestação cultural tão simpática e divertida tenha chegado a este ponto”.
Dançarinos só lamentam
Estrelas principais do grande espetáculo no qual a Batalha do Passinho se tornou, adeptos do estilo que mistura movimentos de hip-hop, frevo e capoeira, executado ao som do funk, lamentam a desavença. Segundo o dançarino Key Tetra, coordenador do projeto ‘Os Sensacionais do Passinho’, no morro do Cantagalo, a competição tem papel fundamental na história do funk.
“Graças à visibilidade que o concurso conseguiu na mídia, os artistas já conseguem se sustentar com apresentações em bailes, aulas e aparições na TV”, garantiu.
O apoio de patrocinadores faz com que o concurso tenha uma premiação alta. Na última edição da Batalha do Passinho, o primeiro colocado recebeu um prêmio de R$ 20 mil. “A maioria dos dançarinos tem origem humilde e vê o Passinho como premiação máxima. Há outros torneios da dança nas comunidades, mas os valores pagos ainda são muito baixos”, disse.
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