Itália -  A canonização de João Paulo II poderá ser a primeira realização de Francisco, que se tornou oficialmente Papa ontem, após a missa inaugural de seu pontificado, no Vaticano. O religioso argentino presenciou um milagre atribuído a seu antecessor, Karol Wojtyla.
Missa celebrada nesta terça-feira marca o início do pontificado de Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos | Foto: EFE
Missa celebrada nesta terça-feira marca o início do pontificado de Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos | Foto: EFE
Durante o papado de João Paulo II — as agências de notícias não precisaram o ano exato —, o então cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio viu, em Buenos Aires, encontro entre o então líder da Igreja Católica e Josefa Natividad Zelaya, hoje com 70 anos. Ela teria se curado misteriosamente de um câncer do intestino que já estava em metástase, após ter conhecido Wojtyla na Catedral de Nossa Senhora de Luja’n.
A mulher contou à imprensa italiana que caiu de joelhos em frente ao então Papa, que tocou sua cabeça. Pouco tempo depois, estava sem a doença. Impressionado, Bergoglio chorou e deu à mulher uma imagem do Papa. “O que aconteceu é um milagre, leve esta foto para sempre com você”, disse na ocasião o cardeal que se tornaria Papa.
Também ontem, o jornal argentino ‘Clarín’ afirmou que o Papa deve iniciar as beatificações — etapas anteriores às canonizações — com o padre Carlos de Dios Murias, argentino sequestrado, torturado e assassinado em 1976 durante a ditadura em seu país.
Francisco pediu ontem na missa inaugural de seu papado a defesa do meio ambiente e solicitou aos 132 dirigentes presentes que não deixem que “sinais de destruição e morte” guiem o mundo. Ele defendeu o “respeito às criaturas de Deus e ao entorno em que vivemos”, inspirado em São Francisco de Assis. Antes da missa, ele visitou a Praça de São Pedro em jipe branco aberto, abandonando o papamóvel à prova de balas. Parou para cumprimentar pessoas, beijou bebês e saiu do carro para abençoar uma pessoa com deficiência.