Renato Aragão e mais pais contam como auxiliam na carreira dos filhos
Valdir Bündchen, pai de Gisele Bündchen, garante que aconselha a top mas não se mete em suas decisões

Gisele Bündchen saiu de sua cidade, Horizontina, aos 14 anos, para ser modelo em São Paulo: pai não se opôs ao sonho da filha, hoje, famosa
Foto: Ag. NewsPara o sociólogo, a base para o entendimento entre pais e filhos é o diálogo. Valdir conta que sempre conversou muito com Gisele e as outras cinco filhas. “Nenhum pai pode dizer ao filho o que ele tem que fazer”, defende. Quando surgiu a oportunidade de Gisele, aos 14 anos, entrar para o mundo das passarelas, ele confessa que houve resistência da família.
Gisele cresceu, ganhou fama mundial e enriqueceu desfilando para as principais grifes da moda. Mas ainda hoje, a supermodelo, casada com o jogador de futebol americano Tom Brady e mãe de dois filhos — Benjamim e Vivian —, liga para o pai para pedir sua opinião sobre tudo.

'Virei fã, me emociono com ela, choro', diz Renato Aragão sobre a filha
Foto: Divulgação
Havia tempo que Renato Aragão não assistia a uma novela. Agora, o comediante, de 78 anos, não perde um capítulo da novela ‘Flor do Caribe’, em que atua sua filha, Lívian Aragão, 14. “Virei fã, me emociono com ela, choro”, admite ele, que gosta de dar conselhos à filha sobre as cenas. “Como artista, acho que, às vezes, precisava de mais emoção, falo para se acalmar, se concentrar”.
Nem sempre Renato deu força para a carreira da filha, que fez várias pontas em seus filmes, protagonizou com o pai o longa ‘O Guerreiro Didi e a Ninja Lili’ (2008) e o seriado ‘Acampamento de Férias’ (2011-2013).
“Ela entrou na carreira devagar, ganhou força. Fui fazendo corpo mole para ver até onde ela ia. Quando ela falou que queria ser atriz, eu disse que os estudos estavam em primeiro lugar. Meu sonho era vê-la formada, mas não adiantou. Quem escolhe não é o pai. Hoje, estou feliz e torço muito por ela. Vejo nela o meu começo de carreira”, emociona-se o intérprete do eterno Didi, que festeja o seu dia com um almoço em família.

Bebeto com os filhos Matheus, Stéphannie e Betinho: o ex-jogador orienta a carreira de Matheus no futebol
Foto: arquivo pessoal
Na Copa de 94, após marcar o segundo gol da vitória do Brasil contra a Holanda por 3 a 2, Bebeto comemorou como se estivesse embalando nos braços o filho recém-nascido, Matheus. Pai também de Betinho e Stéphannie, o ex-jogador e deputado orienta desde a infância os passos do caçula, de 19, no futebol. “Conversamos muito sobre tudo, eu assisto aos jogos deles, dou conselhos, broncas se precisar, e elogio, também”, conta Bebeto.
Para o tetracampeão, Matheus é disciplinado e tem talento. “Mas ele é autocrítico, sabe avaliar o seu desempenho em campo. Eu o apoio no que ele precisar. Sempre avisei que era uma carreira difícil, que iriam compará-lo comigo. Mas meu filho tem uma cabeça ótima, sempre separou bem as coisas”.Caminho do sucesso
No livro ‘Singular – O Poder de Ser Diferente’, o sociólogo Valdir Bündchen e o filósofo Jacob Pétry apresentam caminhos para uma pessoa ou uma empresa realçar e desenvolver seus pontos fortes para chegar ao sucesso. Para eles, não adianta imitar modelos, mas valorizar o que cada um tem de diferente.
“A questão central é como desenvolver e dar sentido a essa nossa singularidade”, diz Valdir, dando como exemplo o caso da filha famosa: “Das minhas seis filhas, Gisele foi a única que não estudou, não se formou, mas nasceu com uma habilidade e soube dar um sentido a isso”.
Valdir ensina os três passos principais para se reconhecer um talento, saber como usá-lo e ter resultado.
“Primeiro, é preciso dar clareza a essa singularidade. Isso passa pela busca do autoconhecimento. Se você não se conhecer, não se descobrir, não pode chegar lá”. “O segundo passo é desenvolver essa singularidade, dando sentido prático, otimizar o que a pessoa tem de melhor. Pegar essa singularidade descoberta e transformar em talento. E a melhor forma de melhorar um talento é a repetição, mas tem que ter disciplina, que é a base de tudo”. “O terceiro passo é fazer um questionamento da área da vida onde você pode usar essa singularidade”.
Segundo ele, o livro não dá receitas, mas propõe uma reflexão sobre o trabalho e o talento de cada um, e como aplicá-lo.






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