Egito -  Um tribunal egípcio confirmou neste sábado sentenças de morte contra 21torcedores de futebol que participaram de um tumulto no estádio de Port Said no ano passado, em um caso que tem provocado confrontos sangrentos na cidade de Suez. Após o anúncio, novos protestos se espalharam pelo país, como aconteceu durante o primeiro anúncio da pena , em janeiro deste ano.
As mais de 70 mortes no estádio ocorreram em fevereiro de 2012 no final de uma partida entre a equipe Al-Ahly, do Cairo, e o time local Al-Masry, e desde então têm sido motivo de protestos.
Em uma decisão proferida em rede de televisão, o tribunal também sentenciou cinco outras pessoas à prisão perpétua por suas participações na briga no estádio.
Muitos reclamam que nenhuma autoridade foi responsabilizada pela falta de segurança que teria permitido o confronto entre os torcedores.
Por conta das decisões do tribunal, há conflitos desde o último sábado.
Parentes dos condenados atacaram policiais e a prisão onde os homens estavam. Soldados foram trazidos para proteger locais estratégicos. Houve novos confrontos no domingo, após os funerais de mais de 30 pessoas, o que espalhou inquietação para ascidades vizinhas Ismailia e Porto Suez.
Moradores de Port Said argumentam que as autoridades responsáveis pela segurança no jogo de futebol não foram levadas à Justiça e que os torcedores do Al-Masry condenados são bodes expiatórios.
A maioria das vítimas do confronto no ano passado eram torcedores do Al-Ahly.
Desde que os protestos em massa derrubaram o ex-presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, há conflçitos entre polícia e civis no país.
Muitas pessoas acreditam que a polícia de Port Said permitiu a violência contra torcedores do time do cairo para se vingar dos que participaram da derrubada de Mubarak. A polícia nega a acusação.

As informações são do iG