Sem assumir candidatura, Eduardo Campos já costura apoios para 2014
Acordos incluem as eleições estaduais e o PDT, ainda sem definição de comando, cogita indicar Cristovam Buarque para a vaga de vice do socialista

Eduardo Campos, governador de Pernambuco, já costura apoios para possível candidatura em 2014 | Foto: Divulgação
Vice
Ainda no clima de indefinição, pedetistas não descartam pedir a vice na chapa socialista. O nome cogitado por alguns no partido para essa função seria o senador Cristovam Buarque (DF), que deixaria seus planos de se candidatar pela segunda vez à Presidência da República para fazer parte do projeto socialista. Em troca, o PDT apoiaria a candidatura do senador Rodrigo Rollemberg (PSB) ao governo do Distrito Federal.
No PSB, a vice para o PDT é vista como uma reivindicação natural visto que, no leque de alianças que Eduardo Campos vem trabalhando, o PDT seria o maior partido da possível composição. As conversas entre socialistas e PDT envolvem ainda a intenção de apoio mútuo entre Eduardo Campos e o senador Pedro Taques, que será candidato ao governo do Mato Grosso.
Financiamento
Já com o PTB, Eduardo Campos tem se mantido próximo do senador Armando Monteiro (PE), que deverá ser o candidato da legenda para sucedê-lo no governo de Pernambuco, e com o deputado estadual Campos Machado, que é secretário-geral do diretório nacional e comanda o partido em São Paulo. Pelo bom trânsito entre o setor industrial, Monteiro também é considerado fundamental para atrair financiamentos para a campanha no setor.
Para ter o PTB inteiro em sua campanha, Campos teria que vencer ainda resistências pontuais como o senador Gim Argelo (DF), que tenta manter-se próximo a Dilma Rousseff e é visto pelo PSB como o maior obstáculo a aliança com os trabalhistas.
Embora mantenha contatos com Monteiro e Campos Machado, Eduardo Campos considera fundamental obter um acordo direto com o presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson. Mesmo afastado por motivos de saúde, há um entendimento interno no PTB de que Jefferson não deixará o posto, a menos que decida fazê-lo, e que nenhuma articulação nessa direção será tolerada.
Insatisfação
O DEM também é um partido dividido e os socialistas têm apostado na insatisfação interna de setores da legenda com o tradicional parceiro eleitoral, o PSDB. O PSB vem buscando diálogo com os deputados federais Onyx Lorenzoni (RS) e Efraim Filho (PB), mas terá que lidar ainda com a ala mais resistente a um rompimento com os tucanos.
As informações são de Luciana Lima e Marcel Frota do iG
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