Inatividade causa depressão e doenças físicas
Estudo comparou idosos que continuaram a trabalhar com os aposentados e verificou que estes têm mais chances de adoecer
Rio - o tempo de descanso após décadas de trabalho também pode significar danos à saúde. A aposentadoria eleva em 40% as chances de depressão e em 60% os riscos de problema físico nos idosos. Os dados são de estudo do Institute of Economics Affairs (IEA), de Londres.
O levantamento, que avaliou a relação entre atividade econômica e saúde, na Grã-Bretanha, sugere que as pessoas devem trabalhar por mais tempo. Os pesquisadores compararam aposentados com pessoas que, mesmo já tendo alcançado a idade de parar, continuaram ativas.
Para Silvia Pereira, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, ao se aposentar o idoso perde o contato com as pessoas e pode se sentir inútil, o que causa depressão e doenças como hipertensão e diabetes. Para evitar o problema, ela aconselha a aposentadoria gradativa (reduzir aos poucos o ritmo de trabalho); a prática de exercícios, como caminhada e hidroginástica; e a inserção em algum grupo para evitar o isolamento social. “O tempo que era do trabalho deve ser ocupado com atividades prazerosas”, orienta.
O tempo de inatividade também pesa. Segundo o estudo, um idoso aposentado há 4 anos tem 17% mais chance de ser depressivo e 22% de ter pelo menos um problema físico, em comparação a um aposentado há dois anos. O efeito é igual em homens e mulheres.
“Trabalhar mais não será apenas uma necessidade econômica, mas também ajudará as pessoas a viverem vidas mais saudáveis”, disse Philip Booth, diretor da IEA.
Proposta reforça tese do governo
O estudo, na avaliação de representantes e políticos que defendem aposentados, reforça a tese do governo de manter o trabalhador mais tempo no mercado. A resistência em não acabar com o fator previdenciário no cálculo da aposentadoria e a intenção de criar idade mínima para conceder benefício são iniciativas para evitar que ele se aposente cedo.
O senador Paulo Paim (PT-RS), autor de projetos como o que garante a desaposentação é taxativo: “O trabalhador contribui para o INSS de olho em um benefício que o sustente mais tarde. Se é para trabalhar até a morte, pode acabar com aposentadoria”, reclama.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentinni, alega que o trabalhador se aposenta cedo por medo de perder o emprego com idade avança e não conseguir nova ocupação.
O levantamento, que avaliou a relação entre atividade econômica e saúde, na Grã-Bretanha, sugere que as pessoas devem trabalhar por mais tempo. Os pesquisadores compararam aposentados com pessoas que, mesmo já tendo alcançado a idade de parar, continuaram ativas.
Para Silvia Pereira, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, ao se aposentar o idoso perde o contato com as pessoas e pode se sentir inútil, o que causa depressão e doenças como hipertensão e diabetes. Para evitar o problema, ela aconselha a aposentadoria gradativa (reduzir aos poucos o ritmo de trabalho); a prática de exercícios, como caminhada e hidroginástica; e a inserção em algum grupo para evitar o isolamento social. “O tempo que era do trabalho deve ser ocupado com atividades prazerosas”, orienta.
O tempo de inatividade também pesa. Segundo o estudo, um idoso aposentado há 4 anos tem 17% mais chance de ser depressivo e 22% de ter pelo menos um problema físico, em comparação a um aposentado há dois anos. O efeito é igual em homens e mulheres.
“Trabalhar mais não será apenas uma necessidade econômica, mas também ajudará as pessoas a viverem vidas mais saudáveis”, disse Philip Booth, diretor da IEA.
Proposta reforça tese do governo
O estudo, na avaliação de representantes e políticos que defendem aposentados, reforça a tese do governo de manter o trabalhador mais tempo no mercado. A resistência em não acabar com o fator previdenciário no cálculo da aposentadoria e a intenção de criar idade mínima para conceder benefício são iniciativas para evitar que ele se aposente cedo.
O senador Paulo Paim (PT-RS), autor de projetos como o que garante a desaposentação é taxativo: “O trabalhador contribui para o INSS de olho em um benefício que o sustente mais tarde. Se é para trabalhar até a morte, pode acabar com aposentadoria”, reclama.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentinni, alega que o trabalhador se aposenta cedo por medo de perder o emprego com idade avança e não conseguir nova ocupação.
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