sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Abonos de faltas não são cumpridos na rede municipal

Abonos de faltas não são cumpridos na rede municipal

Estado dá ultimato para que professores suspendam movimento na segunda-feira

PALOMA SAVEDRA
Rio - Após o reinício das aulas na rede municipal, quarta-feira, o Sepe se reuniu nesta quinta-feira com a secretária de Educação do Rio, Cláudia Costin, e o chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho. Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), um dos pontos acordados — o abono das faltas durante a paralisação — não foi cumprido. Mediante a denúncia, a secretaria se comprometeu a publicar decreto garantindo o que prometera.
“Há diretores descontando dias não trabalhados. Inclusive o acordo é de abono para outras paralisações (de 2009 até agora)”, revelou Susana Gutierrez, coordenadora do Sepe na capital.
A secretaria ficou ainda de enviar o Plano de Carreira para votação na Câmara até segunda. O Sepe poderá incluir seus pedidos para emenda. Outro questionamento é sobre a reposição das aulas: a prefeitura pediu que inclua janeiro. Mas o Sepe diz que por estar em estado de greve não há como definir esse calendário agora.
Professores prometem manter acampamento na Alerj para pressionar governo a marcar encontro com Pezão
Foto:  Alexandre Vieira / Agência O Dia
Ultimato para rede estadual
O governo do estado deu ontem ultimato aos professores da rede, em greve há 36 dias. Se eles suspenderem o movimento na segunda-feira, a Secretaria de Educação promete retirar as duas ações judiciais que move contra o Sepe — uma delas prevê multa diária de R$ 300 mil pela continuidade do movimento e outra, de R$ 500 mil, por causa de paralisação em abril. 
A proposta foi feita pelo deputado estadual e líder do governo na Alerj, André Corrêa (PSD), e será avaliada em assembleia na mesma segunda-feira. Segundo a comissão do Sepe que se reuniu com o parlamentar ontem, na Alerj, ele ainda se comprometeu em mediar encontro com o vice-governador, Luiz Fernando Pezão. Corrêa negou: “Não assumi esse compromisso”. 
Para pressionar a negociação, 50 servidores continuarão acampados em frente à Casa. “A condição para sairmos é o encontro com o Pezão”, disse a coordenadora do Sepe, Ivonete Conceição.
O deputado — que antes da reunião conversou com o secretário Wilson Risolia — apresentou ainda outras propostas. “Cada ponto da pauta de reivindicações foi debatido. O Sepe não decidirá, e sim a assembleia de segunda”, declarou Marta Moraes, coordenadora do sindicato.
Segundo o parlamentar, o reajuste salarial de 20% só poderá ser debatido em 2014.
Sobre a mudança da carga horária de funcionários para 30 horas semanais, ele foi mais otimista: a Procuradoria Geral do Estado fará avaliação e responderá em 15 dias. Corrêa afirmou que o projeto ‘Uma matrícula, uma escola’ (cumprimento da carga horária em uma unidade) e um terço para planejamento poderão ser discutidas em Grupo de Trabalho, após a greve.
A secretaria também se comprometeu a fazer um censo de seus funcionários de apoio, para se posicionar sobre novo Plano de Carreiras.

    Tags: Educação , Greve , Professores

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