segunda-feira, 13 de maio de 2013

ANP promove amanhã nova licitação de petróleo e gás


ANP promove amanhã nova licitação de petróleo e gás

Com 64 companhias, 11º leilão bate o recorde de empresas habilitadas para participar. Serão oferecidos 289 blocos

AURÉLIO GIMENEZ
Depois de cinco anos de espera, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) promove amanhã e quarta-feira, no Rio, a 11ª Rodada de Licitações de áreas de exploração de petróleo no país. Serão oferecidos 289 blocos, totalizando 155,8 mil km² distribuídos em 11 bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano Sul. 
Após cinco anos, petroleiras de vários países vão participar do leilão. A Petrobras será uma das brasileiras
Foto:  Divulgação
Dos 289 blocos, 166 estão localizados no mar, sendo 94 em águas rasas, 72 em águas profundas e 123 em terra. Ao todo, foram habilitadas 64 empresas nacionais e do exterior. A participação é recorde e supera as 61 companhias habilitadas da 9ª Rodada de Licitações, que ocorreu em 2007.
NOVAS FRONTEIRAS
As áreas oferecidas neste 11º leilão ficam situadas no setor chamado de novas fronteiras, locais onde há pouca ou nenhuma produção de petróleo. Até agora, a maior produção de óleo e gás do país se concentra nas bacias de Campos e Santos, no litoral da Região Sudeste.
Entre as petroleiras habilitadas para participar da 11ª rodada estão as brasileiras Petrobras, OGX de Eike Batista,HRT e QGEP.
Também estão aptas as norte-americanas Exxon Mobil, Chevron, ConocoPhillips, Hess Corp, Murphy Oil e El Paso, além das petroleiras britânicas Royal Dutch Shell, BG Group, BP e Perenco. Entre as francesas estão a Total e GDF Suez.
Movimentos sociais farão manifestações contra leilão
Representantes de movimentos sociais e sindicais preparam uma série de ações em várias capitais para protestar contra a 11ª rodada de licitações da ANP. No Rio, a concentração será em frente ao Hotel Royal Tulip, em São Conrado, onde ocorrerá o leilão.
Os manifestantes também protestam contra a privatização de barragens, cujas concessões vencem até 2015.
Mais de 50 organizações assinaram uma carta que deve ser entregue hoje à presidenta Dilma Rousseff, exigindo o cancelamento do leilão e da privatização das barragens.
De acordo com o manifesto, o volume a ser leiloado pela agência reguladora pode ultrapassar 40 bilhões de barris, o que equivale a um lucro próximo a R$ 1,16 trilhão.

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