segunda-feira, 1 de julho de 2013

Vírus parecido com o HIV também merece atenção

Vírus parecido com o HIV também merece atenção

Doença causada pelo HTLV não tem cura e pode causar problemas neurológicos e leucemia

O DIA
Rio - Portar uma doença sexualmente transmissível já é um transtorno, mas pode ser motivo de desespero quando está associado à falta de informação. É o que ocorre com milhões de pessoas que contraem o HTLV, retrovírus da mesma família do HIV, da Aids. Por ele ser menos frequente na população, a Medicina não avança nas pesquisas de combate à doença, e o resultado são pacientes sem orientação, sem tratamento e sem cura.
É o caso da funcionária pública Laura Lee, 30 anos, que contraiu HTLV após transfusão de sangue. “Descobri quando fui doar sangue, e o médico falou que eu tinha uma DST que ele não sabia explicar”, diz Laura, que atualmente participa de campanhas de esclarecimento sobre o problema. “Fiquei apavorada e me senti muito sozinha, pois não conhecia ninguém com quem pudesse trocar informações.”
O vírus linfotrópico humano (HTLV) atinge os linfócitos T, células responsáveis pela imunidade. A doença só se manifesta em 5% dos infectados, mas, quando isso ocorre, causa disfunção urinária, prisão de ventre, dormência e rigidez nas pernas, além de desencadear problemas neurológicos e leucemia. A transmissão se dá por relação sexual sem preservativo ou contato com sangue contaminado. Não existe tratamento específico.
Para descobrir a soropositividade por HTLV, é necessário realizar o teste sorológico, que só está disponível na rede particular. Gratuitamente, é possível fazer o exame em hemocentros como o Hemorio e o Instituto Nacional do Câncer.
Onde achar informações e tratamento
Não existe coquetel de remédios específico para tratar o HTLV. O contato com outras pessoas e profissionais envolvidos na causa pode gerar melhorias na qualidade de vida dos pacientes.
No Rio de Janeiro, existem apenas dois centros de tratamento:o ambulatório do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, que fica na Av. Brasil 4.365; e o ambulatório do Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Boulevard 28 de setembro 77, Vila Isabel.
Quem procura mais informações sobre a doença também pode consultar o Instituto Vitamore, através do site ‘www.vitamore.com.br’.


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