Rio -  As políticas públicas adotadas no Brasil entre 1989 e 2010 fizeram a proporção de fumantes cair no país quase 50%. Isso representa cerca de 420 mil brasileiros que deixaram de morrer por causa do cigarro.
O resultado foi obtido através de cálculos baseados em um modelo matemático americano, adaptado ao país pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). Os resultados foram publicados na terça-feira, na revista ‘PLoS Medicine’.
As políticas públicas incluem o aumento de impostos sobre cigarros, a adoção de leis antifumo, a limitação da publicidade de marcas nos meios de comunicação e aquelas imagens fortes de doenças que podem acometer os fumantes impressas nas embalagens dos cigarros.
De acordo com André Szklo, pesquisador da Divisão de Epidemiologia do Inca, de 1989 até 2050, seria possível salvar por volta de sete milhões de brasileiros por terem parado de fumar ou por nem terem começado.
De acordo com as previsões do Instituto, mesmo se nada mais for feito até 2050, a tendência é de que o número de fumantes no Brasil continue diminuindo e chegue a 10,3%. Hoje, o número de fumantes no país é de 16,8%.