Rio -  A crise está aí e vem maior ainda para o nosso Estado do Rio de Janeiro, com a questão do petróleo, que exigirá muita habilidade da presidenta. E o governador Sérgio Cabral já demonstrou que irá às últimas consequências para defender um interesse legítimo do estado. O vice Pezão esteve em Brasília cuidando do assunto com prefeitos e parlamentares.
A presidenta sabe que a situação nacional não é boa. Procura ocupar espaços na mídia pelo lado político, cutucando o ex-presidente FHC, que não é candidato a nada — é um nome de repercussão que realmente teve um desempenho mais tranquilo nos seus oito anos do que os dez do PT. Não fosse alguns membros de sua equipe, arrogantes e grosseiros, além do respeito nacional que possui, teria a estima.
As empresas estão acuadas. A Vale entrou no vermelho. A Petrobras apresenta mau desempenho e está cercada de suspeições em operações das duas gestões anteriores. As teles, multadas diariamente. O setor elétrico, perplexo ainda com as alterações que provocaram enormes prejuízos em nome da redução das contas dos consumidores, que serão nulas com os gastos com as termelétricas. Fala-se muito no risco de as máquinas de Santo Antônio e Jirau produzirem energia que não terá como ser escoada pelo atraso nas linhas de transmissão. Até os bancos andam ganhando menos, com o arriscado aumento na inadimplência.
Tudo agravado pela inflação, que cresce, inclusive pela perda da confiança dos investidores no país. O que se passa em vizinhos, como Venezuela e Argentina, deveria ser observado com mais atenção e menos solidariedade. As reformas, pelo visto, não andarão. A questão dos portos demonstrou que é mais importante ceder a sindicatos do que atender a um projeto positivo para a economia nacional.
Não adianta tentar tapar o sol com a peneira, como certa vez afirmou o então vice-presidente Aureliano Chaves. Fatos são fatos, o resto é conversa fiada.
Jornalista