terça-feira, 5 de março de 2013

Luiz Antonio: Dignidade no atendimento da saúde pública


Rio -  No Japão, a mulher, quando descobre que está grávida, vai até um setor da prefeitura, que acessa um sistema de informática para saber onde ela mora, seu histórico de saúde e gestações anteriores. Então, a gestante é comunicada onde realizará o pré-natal, em qual maternidade ela terá seu filho, onde o bebê será acompanhado após o nascimento e até qual a creche ele vai frequentar.
Estamos muito longe da perfeição japonesa no que tange os serviços públicos, mas a forma como eles usam a informação na gestão é um modelo que devemos perseguir. A administração pública burocrática é, sem dúvida nenhuma, um dos responsáveis pelo atraso dos serviços no sistema público de saúde. Cada dia mais, a população clama por uma saúde digna e de qualidade. Isso coloca em evidência a necessidade de repensar os processos visando à ampliação da qualidade e obtenção de resultados eficazes na área.
Em Nova Iguaçu, encontramos uma gestão de saúde completamente atrasada e sucateada e que causava um grande entrave aos resultados para a população. Um exemplo claro de tanto atraso: para uma simples autorização de exame, o pacientetinha que ir até o Centro da cidade, deslocando-se muitas vezes de bairros distantes. Agora, ele sai da unidade de saúde onde foi atendido — perto de casa — direto para o laboratório ou clínica. Serão implantados ainda uma Central de Marcação e um teleatendimento para facilitar e agilizar o processo para marcação de consultas e exames.
A informatização e a informação são ferramentas importantes para implementação das estratégias de ampliação da qualidade na saúde pública. É necessário facilitar o acesso dos pacientes aos serviços e oferecer o máximo de dignidade e humanidade à população.
Médico ortopedista e secretário de Saúde de Nova Iguaçu

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