Estados Unidos -  A ONU emitiu ontem nota comemorando a aparente cura de criança que nasceu com o vírus HIV nos EUA. “Pode ser um passo a mais rumo a uma geraçãolivre da Aids”, declarou o diretor executivo da Unaids (agência da ONU para o combate à doença), Michel Sidibé. Mas, assim como cientistas em todo o mundo, a organização foi cautelosa: disse que o caso precisa ser comprovado.
Médicos americanos revelaram, domingo, que menina nascida soropositiva não tem mais sinais de infecção atualmente, aos 2 anos e meio. Porém, mais testes serão necessários para assegurar que o tratamento – iniciado 30 horas após o parto – teria realmente funcionado e poderia ser aplicado em outras pessoas.
A mãe desconhecia ter HIV, e foi submetida a tratamento emergencial. Em vez de usarem o método profilático de praxe, os médicos apelaram à terapia antirretroviral no bebê durante 18 meses. Um ano após a interrupção dos remédios, não há mais resquícios do vírus ativo, o que foi considerado uma “cura funcional”.
No Brasil, o Ministério da Saúde afirmou que os “resultados do estudo ainda não estão publicados com a totalidade das informações científicas necessárias, impedindo avaliação sobre a sua introdução no sistema de saúde, nesse momento”. O órgão, porém, vai acompanhar a evolução do caso com “esperança”. Segundo nota, no Brasil é oferecido teste anti-HIV às gestantes. Em caso de diagnóstico positivo, a grávida é acompanhada por serviço especializado no SUS.
Os recém-nascidos expostos à doença recebem profilaxia primária e a carga viral fica indetectável. Com um mês, são submetidos a exame. Se o resultado for positivo, é iniciada terapia. O Brasil </CW><CW-30>reduziu a taxa de transmissão do HIV de mãe para filho na gravidez de 30% para 1%.