Rio -  Fora da Taça Rio, sem padrão de jogo e com o time que é uma incógnita, o Flamengo vive uma crise de identidade. O grupo que antes parecia ser forte, com a melhor campanha da primeira fase da Taça Guanabara, agora é questionado. O técnico Jorginho reforça a desconfiança ao ratificar a cada entrevista que muita coisa precisa mudar para o Brasileirão. Afinal, o que aconteceu com o time rubro-negro no último mês?

“Futebol, né? É assim. Infelizmente não conseguimos a classificação na Taça Rio. A gente esperava estar entre os semifinalistas, mas infelizmente não aconteceu. Mas temos coisas boas para tirar disso. O grupo é o mesmo ainda”, disse Gabriel.
Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Jorginho tenta achar o time ideal | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Entre a crise que assombrou o clube por quase um ano, em 2012, e a má fase de hoje, foram apenas 43 dias de paz: da estreia na Taça GB, em 19 de janeiro, sob desconfiança - 2 a 0 sobre o Quissamã - até 3 de março, quando o time foi eliminado pelo Botafogo na semifinal do turno.

Logo depois o Flamengo perdeu para o Resende por 3 a 2 depois de abrir 2 a 0. A diretoria, apoiada no discurso de austeridade financeira, trocou de treinador durante a competição. Mas parece que Dorival Júnior, ao deixar o clube, levou na mala o padrão de jogo do time. Gabriel, que isenta Jorginho de culpa, tenta encontrar uma explicação para a queda de rendimento da equipe.

“É muito complicado jogar contra times que ficam muito atrás. Não respeitavam nosso time no início do ano, vinham para cima, e a gente fazia o gol no contra-ataque. Agora eles ficam lá atrás. A gente só toma gol de contra-ataque”, afirmou.

Jorginho diz que não há titulares - 18 jogadores já começaram jogando sob o seu comando em cinco jogos - e até o esquema ele já trocou. Para Gabriel, no entanto, as mudanças, em vez de atrapalharem, impedem que o jogador se acomode: “A filosofia dele é diferente. O estilo dele me agrada. Aos poucos o grupo está assimilando o trabalho. Leva tempo”.