George Patiño: Cantos da cidade
No total, são 33 obras criadas em duplas que reúnem sempre um escritor e um artista visual. O número de colaboradores é de 32, sendo 17 escritores, 14 artistas visuais e um músico. O resultado final de cada uma das duplas de criação é surpreendente. A exposição divide-se em duas partes: ‘Retrospectiva’ e ‘Passeio’. A parte ‘Retrospectiva’ traz obras de exposições passadas e, em suporte físico, obras do site do projeto. O processo criativo das obras originariamente postadas na internet funciona da seguinte maneira: uma vez o desenho é enviado ao escritor que se inspira e escreve seu texto; no turno seguinte é feito o contrário. Assim, é o escritor quem envia seu texto e o artista visual se inspira. Já nas obras ‘Passeio’, escritores e artistas, juntos, formularam uma obra única, em que a literatura e outra arte se fundem.
A exposição é uma experiência sensorial, da qual fazem parte palavras, cores, traços, pequenas instalações, além de imagens em vídeo. Elas estão justapostas em suportes e materiais, em harmonia, que oferecem uma amostra significativa do que de melhor se produziu nos últimos tempos pelo ‘Caneta, Lente e Pincel nas múltiplas linguagens adotadas. Um trabalho digno de ser visto e acompanhado. A curadoria da exposição é de Vivian Faingold, com produção executiva de Renato Amado e Danielle Schlossarek. Corra até o Aterro e vá conhecer dois belos cantos da cidade: O Monumento a Estácio de Sá e o ‘Caneta, Lente e Pincel’. Este, de muitas e múltiplas vozes.
George Patiño é jornalista
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