Rio -  O projeto neoliberal atua no desmonte das estruturas públicas de ensino e na retomada de uma educação tecnicista em detrimento de uma pedagogia libertadora, crítico-social dos conteúdos e principalmente da democracia e a autonomia das escolas.
Podemos dizer que nos primeiros quatro anos da atual gestão tais ataques se intensificaram. A política educacional do município é marcada pela total falta de autonomia do professor e por um emaranhado de projetos de apoio elaborados pela iniciativa privada (ONGs e Fundações). As salas de aula estão lotadas, as bibliotecas não comportam uma turma inteira, nem os laboratórios de informática. Há uma deliberada política de diferenciação entre unidades escolares e turmas das mesmas unidades.
Temos projetos de aceleração onde alunos com idade-série em defasagem são automaticamente matriculados em turmas específicas, concluindo em dois anos aquilo que estava planejado para quatro, com um único professor para ministrar tudo. Essa ‘aceleração’ tem o evidente objetivo de reduzir os índices de distorção idade-série e de retenção, impactando positivamente no resultado do Ideb do município (elemento que será utilizado fartamente nas campanhas eleitorais).
Desta forma, apregoa-se que a qualidade está melhorando, quando, na verdade, o que ocorre é muita maquiagem para garantir a melhoria dos índices. Através de mecanismos de coação das Coordenadorias de Ensino e direções de escolas sobre os professores, para que a escola melhore o Ideb, repete-se a mesma lógica da aprovação automática, agora de forma disfarçada.
Como se não bastasse, a prefeitura gastou um milhão de reais para comprar e distribuir o jogo Banco Imobiliário Cidade Olímpica fazendo autopropaganda com dinheiro público e tentando naturalizar as relações mercantis e a privatização de direitos como saúde e transporte. Infelizmente, para a prefeitura a educação é tratada como negócio: importamapenas metas e lucro.
Vereador pelo Psol