Polícia para quem precisa
Levantamento mostra que efetivo é reduzido em grandes áreas, como Niterói e Baixada
Cada policial militar de Niterói precisa se responsabilizar pela segurança de 828 moradores. Na vizinha São Gonçalo, são 1.428 habitantes por PM, e no 20º BPM, responsável por Mesquita, Nova Iguaçu e Nilópolis, a conta chega a 2.160 moradores por policial. A equação geralmente é simples: quanto mais polícia nas ruas, menor o número de crimes. Quando essa conta não é bem feita, quem paga é a população.
“A falta de segurança afeta a economia da cidade. As pessoas têm medo de andar com dinheiro e evitam transitar em muitos lugares. O comércio está contratando segurança privada”, conta o diretor da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Niterói, Luiz Vieira.
Questionada sobre aumento de efetivo nos batalhões citados, a Secretaria de Segurança não respondeu.
Discrepância ao comparar com UPPs
Em todo o Estado do Rio, a média é de 410 moradores por PM; e, em todo o Brasil, de 472, segundo a Senasp. Mas, nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), os moradores podem se considerar privilegiados. Na Cidade de Deus, por exemplo, há um PM para cada 146 pessoas e esse efetivo cobre área 247 vezes menor que a região do 12ºBPM, de Niterói.
Melhor ainda é a situação de quem vive na Mangueira. Com 343 PMs, cada agente cuida da segurança de 51 habitantes, em uma área de 0,5 km².
O DIA elencou quatro tipos de delitos medidos pelo Instituto de Segurança Pública: homicídio, estupro, roubo de veículo e roubo em coletivo. Nos municípios onde a proporção de moradores é maior que 600 para cada PM, dos 12 índices avaliados — no primeiro trimestre de 2013 em comparação a 2012 —, nove subiram. As maiores altas são de homicídios em Niterói (41%) e roubo em coletivo na Baixada (80%).
A realidade é bem diferente nas cidades do Rio, e de Macaé e municípios vizinhos, estes cobertos pelo 32º BPM. Dos oito dados estudados, sete caíram.
“A proporção de um policial por 350 a 400 habitantes é satisfatória. Em São Paulo, são 303, e nos EUA, 400. O que está acontecendo no Rio é sangria dos batalhões”, avalia o ex-secretário Nacional de Segurança Pública e coronel PM de São Paulo José Vicente da Silva.“A falta de segurança afeta a economia da cidade. As pessoas têm medo de andar com dinheiro e evitam transitar em muitos lugares. O comércio está contratando segurança privada”, conta o diretor da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Niterói, Luiz Vieira.
Questionada sobre aumento de efetivo nos batalhões citados, a Secretaria de Segurança não respondeu.
Discrepância ao comparar com UPPs
Em todo o Estado do Rio, a média é de 410 moradores por PM; e, em todo o Brasil, de 472, segundo a Senasp. Mas, nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), os moradores podem se considerar privilegiados. Na Cidade de Deus, por exemplo, há um PM para cada 146 pessoas e esse efetivo cobre área 247 vezes menor que a região do 12ºBPM, de Niterói.
Melhor ainda é a situação de quem vive na Mangueira. Com 343 PMs, cada agente cuida da segurança de 51 habitantes, em uma área de 0,5 km².
Nenhum comentário:
Postar um comentário