sábado, 15 de junho de 2013

Explosão em universidade feminina mata 11 mulheres no Paquistão

Explosão em universidade feminina mata 11 mulheres no Paquistão

Feridas foram transferidas para o Complexo Médico Bolan, onde uma segunda explosão aconteceu cerca de uma hora depois

EFE
Paquistão - Pelo menos 11 mulheres morreram e 22 ficaram feridas em uma explosão ocorrida neste sábado em um ônibus de uma universidade de mulheres da cidade de Quetta, na província de Baluchistão, no oeste do Paquistão.
As feridas, algumas delas em estado crítico, foram transferidas ao Complexo Médico Bolan, onde aconteceu uma segunda explosão uma hora depois e onde um grupo de militantes se entrincheirou, em um novo ataque contra as sobreviventes do primeiro atentado, segundo o jornal "The Express Tribune".
O governo enviou forças especiais e policiais para enfrentar o número indeterminado de insurgentes que continuam no interior do hospital. Segundo o jornal, o delegado adjunto de Quetta, Abdul Mansoor Kakar, morreu no enfrentamento contra os insurgentes no centro médico.
A primeira bomba estava no interior do ônibus que estava no estacionamento da Universidade Sardar Bahadur Khan de Mulheres e explodiu quando as estudantes voltavam a suas casas. As vítimas são professoras e estudantes do centro universitário, explicou ao jornal "Dawn" o chefe policial de Quetta, Zubair Mehmood.
Os dois atentados não foram reivindicados por nenhum grupo. Também nesta manhã um ataque de insurgentes destruiu o histórico edifício onde o fundador do Paquistão, Muhammad Ali Jinnah, passou seus últimos dias na cidade de Ziarat, na mesma província, atentado no qual um policial morreu.
Quetta é a capital da convulsa Baluchistão, onde vários grupos armados de cunho nacionalista lutam há décadas para obter a independência da região do Paquistão ou uma maior soberania. O Baluchistão é a província mais extensa e menos povoada do país asiático e, apesar de contar com muitos recursos naturais como gás e minérios, apresenta um dos índices de desenvolvimento mais baixos.
De acordo com um relatório recente do Instituto do Paquistão para Estudos de Paz (PIPS), esta província foi a que mais sofreu com o terrorismo no ano passado, com 474 incidentes que causaram um total de 631 mortes.


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