Marcus Tavares: Vamos conversar?!
O uso das mídias na escola e fora dela em debate
Rio - No fim de maio participei de encontro, promovido pelo Centro Cultural Midrash e pelo Instituto Alana, que reuniu pais, professores e jovens. Em debate: o uso das mídias na escola e fora dela. Mais uma vez, constatou-se que anda faltando diálogo, franco e direto, entre os três grupos. É interessante observar como pais e professores, muitas vezes, desconhecem como a garotada pensa e interage com as mídias. E mais do que isso: como é importante criar espaços para que eles, entre si, possam trocar ideias, encaminhamentos e dicas. Se, de um lado, falta conversa, de outro, sobram curiosidades e muitas dúvidas.
Luíza Aveburg, 11 anos, Daniel Ferreira, 14 anos, e Jonathan Caroba, 17 anos, foram os adolescentes convidados. Apesar da pouca idade, o trio já carrega bagagem diversa e, diria até mesmo, consistente, na relação com a mídia. Eles já lidam com a internet, por exemplo, de outra forma. Não buscam apenas entretenimento, mas também oportunidades de estudo e de trabalho. Veem as redes sociais como extensão da vida real e sabem, segundo eles, dosar o uso, frente aos riscos da navegação.
São jovens que querem a privacidade na vida real e virtual, mas que entendem que os pais e ou responsáveis têm o direito e, em algumas instâncias, o dever de controlar/acompanhar o que os filhos fazem. Na avaliação do trio, quando os pais concedem, cedo demais, o que chamam de liberdade tecnológica, os filhos se tornam mais dispersos e menos sociáveis. E avisam: mais do que sermões, os pais devem ser/dar exemplos.
Acreditam que as mídias devem fazer parte do currículo da escola de forma ampla, mas consciente e condizente com o dia a dia da escola. Não se importam de os professores saberem mais ou menos do que eles os meandros operacionais das tecnologias da informação, mas esperam que os docentes sejam capazes de instigá-los.
Reconhecem que, nos dias de hoje, ter ou não acesso a determinada tecnologia de comunicação é fator de inclusão ou exclusão do grupo de amigos. E que, por vezes, essa mesma tecnologia, que apresenta uma infinidade de possibilidades, também afasta as pessoas, tornando-as insensíveis e desconectadas do mundo real.
Professor e jornalista especializado em Educação e Mídia
Luíza Aveburg, 11 anos, Daniel Ferreira, 14 anos, e Jonathan Caroba, 17 anos, foram os adolescentes convidados. Apesar da pouca idade, o trio já carrega bagagem diversa e, diria até mesmo, consistente, na relação com a mídia. Eles já lidam com a internet, por exemplo, de outra forma. Não buscam apenas entretenimento, mas também oportunidades de estudo e de trabalho. Veem as redes sociais como extensão da vida real e sabem, segundo eles, dosar o uso, frente aos riscos da navegação.
São jovens que querem a privacidade na vida real e virtual, mas que entendem que os pais e ou responsáveis têm o direito e, em algumas instâncias, o dever de controlar/acompanhar o que os filhos fazem. Na avaliação do trio, quando os pais concedem, cedo demais, o que chamam de liberdade tecnológica, os filhos se tornam mais dispersos e menos sociáveis. E avisam: mais do que sermões, os pais devem ser/dar exemplos.
Acreditam que as mídias devem fazer parte do currículo da escola de forma ampla, mas consciente e condizente com o dia a dia da escola. Não se importam de os professores saberem mais ou menos do que eles os meandros operacionais das tecnologias da informação, mas esperam que os docentes sejam capazes de instigá-los.
Reconhecem que, nos dias de hoje, ter ou não acesso a determinada tecnologia de comunicação é fator de inclusão ou exclusão do grupo de amigos. E que, por vezes, essa mesma tecnologia, que apresenta uma infinidade de possibilidades, também afasta as pessoas, tornando-as insensíveis e desconectadas do mundo real.
Professor e jornalista especializado em Educação e Mídia
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