sábado, 5 de outubro de 2013

Bashar Al Assad concorda em promover eleições presidenciais na Síria

Bashar Al Assad concorda em promover eleições presidenciais na Síria

Mandato atual de Assad termina em 2014

AGÊNCIA BRASIL
Síria - O presidente da Síria, Bashar Al Assad, disse que vai concorrer à presidência em 2014 se o povo "quiser". O anúncio ocorre em meio a uma guerra civil e a acusações de uso de armas químicas contra civis pelo regime sírio.
A recusa de Assad em abandonar o poder é o principal obstáculo nas negociações diplomáticas para uma solução política para o conflito que já custou mais de 115 mil mortes e forçou 6 milhões de sírios a abandonarem as suas casas. O conflito na Síria começou há dois anos e meio depois de uma revolta pacífica reprimida de forma violenta que se transformou numa revolta com o objetivo de derrubar o regime.
Apoiada pelos países árabes e ocidentais, a oposição considera que eventuais negociações de paz devem necessariamente conduzir à saída de Assad, enquanto o regime e os seus aliados, especialmente a Rússia, recusam qualquer condição prévia.
"Se eu sentir que o povo sírio quer que eu seja presidente numa próxima etapa, eu serei candidato", disse Assad numa entrevista ao canal Halk-TV, divulgada ontem (4) pela agência de notícias oficial Sana. Ele assegurou que deixará o cargo se for rejeitado nas urnas. "Se a resposta for não, eu não o farei", afirmou também, acrescentando que a sua resposta será "mais clara em quatro ou cinco meses".
O mandato atual de Assad termina em 2014. Na mesma entrevista, o presidente sírio acusou os rebeldes, que ele descreve como "terroristas", de quererem criar um "Estado Islâmico" no país. Essas declarações acontecem no momento em que o importante grupo jihadista ligado à Al-Qaeda, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), está avançando no Norte da Síria, próximo à fronteira com a Turquia.
Assad, que raramente discute questões relacionadas com a sua família, negou ainda os rumores sobre a morte de seu irmão Maher, líder da Guarda Republicana e da 4 ª Divisão do Exército encarregada da segurança na capital Damasco.
Nas últimas horas, pelo menos 28 pessoas – 20 das milícias pró-regime e oito civis – foram mortas em ataques e combates entre rebeldes e forças do regime nos arredores de Al Metrass, uma aldeia predominantemente sunita na região costeira de Tartous, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Os bombardeios pararam depois que dezenas de jovens, incluindo desertores, renderam-se ao exército. As tropas do regime também bombardearam o bastião rebelde de Moadamiyat al-Cham perto de Damasco, uma das zonas afetadas pelo ataque químico de 21 de agosto.

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