Xande de Pilares: 20 anos de banda e uma revelação
O pagodeiro surpreende até mesmo os seus colegas de grupo
POR Leandro Souto Maior
Rio -
Alexandre Silva de Assis, o Xande de Pilares, gosta de contar as
histórias de seus 42 anos de vida, desde o começo humilde no Morro da
Chacrinha, no Complexo do Turano, na Tijuca, até a consagração como a
cara mais popular do sexteto Revelação. O grupo celebra 20 anos de
estrada com o CD e DVD ‘360° Ao Vivo’ — registro de show repleto de
sucessos e participações, como Belo e Carlinhos Brown, em cima de um
palco circular na HSBC Arena. “Quisemos fazer algo diferente, que só a
maior banda do mundo, o U2, havia feito”, compara.
O vocalista e cavaquinista se orgulha de dizer a quem quiser escutar que ainda gurizinho ficava vidrado ouvindo as cantorias da mãe e da avó, que aprendeu a tocar nas antigas revistinhas com músicas cifradas e que o primeiro acorde que lhe ensinaram foi um fá maior — para um iniciante, um acorde de difícil execução, com pestana. Isso tudo nem é algo que se possa dizer “uau, que novidade”, mas esses dias Xande, acredite, surpreendeu até mesmo seus íntimos colegas de grupo com uma revelação de verdade.
“Eu não tenho hobbies, mas tem uma mania que me acompanha há tempos:
gosto de colecionar cartões dos hotéis onde fico”, confessa. A turma da
banda cai na gargalhada, incrédula, e dispara em uníssono: “Você está de
sacanagem!”.
“É sério, pô! Se quiser, eu trago todos no próximo ensaio, para provar!”, jura ele. “Não sou supersticioso, mas tenho essa mania de hotéis. Sempre opto por ficar nos quartos do mesmo número. Tem um hotel em São Paulo onde o quarto 2.403 é sempre meu”.
O clima de galhofa só é deixado de lado quando o assunto descamba para o preconceito que parte do público e da crítica tem com os grupos de pagode.
“Outro dia ouvi em uma rádio o locutor se referindo a Casuarina e Diogo Nogueira como ‘os caras do samba’, e da gente dizem que é um ‘pagodinho’. O que não sabem é que eu conheço de tudo, de Vicente Celestino a Ataulfo Alves”, revela. “Tem gente aí que decora o nome de cinco músicas do Cartola e bate no peito para se dizer sambista”.
O vocalista e cavaquinista se orgulha de dizer a quem quiser escutar que ainda gurizinho ficava vidrado ouvindo as cantorias da mãe e da avó, que aprendeu a tocar nas antigas revistinhas com músicas cifradas e que o primeiro acorde que lhe ensinaram foi um fá maior — para um iniciante, um acorde de difícil execução, com pestana. Isso tudo nem é algo que se possa dizer “uau, que novidade”, mas esses dias Xande, acredite, surpreendeu até mesmo seus íntimos colegas de grupo com uma revelação de verdade.
O vocalista e cavaquinista revela que faz coleção de cartões de hotel | Foto: João Laet / Agência O Dia
“É sério, pô! Se quiser, eu trago todos no próximo ensaio, para provar!”, jura ele. “Não sou supersticioso, mas tenho essa mania de hotéis. Sempre opto por ficar nos quartos do mesmo número. Tem um hotel em São Paulo onde o quarto 2.403 é sempre meu”.
O clima de galhofa só é deixado de lado quando o assunto descamba para o preconceito que parte do público e da crítica tem com os grupos de pagode.
“Outro dia ouvi em uma rádio o locutor se referindo a Casuarina e Diogo Nogueira como ‘os caras do samba’, e da gente dizem que é um ‘pagodinho’. O que não sabem é que eu conheço de tudo, de Vicente Celestino a Ataulfo Alves”, revela. “Tem gente aí que decora o nome de cinco músicas do Cartola e bate no peito para se dizer sambista”.
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