sexta-feira, 5 de julho de 2013

Feira vai ficar mais cara

Feira vai ficar mais cara

Greve dos caminhoneiros reflete nos preços dos alimentos. Alta pode chegar a 15%

STEPHANIE TONDO
Rio - A feira do carioca vai ficar mais cara nos próximos dias. Com o bloqueio das principais rodovias do país, devido à greve dos caminhoneiros, alimentos chegam com dificuldade aos centros de distribuição e são repassados ao consumidor com aumento de até 15% nos preços.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Feirantes do Município do Rio, Gilberto Neder Amendoeira, a paralisação vai impactar totalmente os valores dos alimentos nas feiras livres. “Os manifestantes não deixam passar a mercadoria, que não chega a tempo na Cadeg (Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara) e no Ceasa (Central de Abastecimento Fluminense). Como a procura é maior que a oferta, o preço da mercadoria sobe”, explica.
O sindicalista conta que alguns alimentos, como o tomate e a batata, já tiveram aumento de aproximadamente 15%. As hortaliças — como a couve, alface e espinafre — ainda mantêm os preços, pois são produzidas na Região Serrana, que não teve as rodovias interditadas.
Segundo a última Pesquisa Semanal de Preços nas Feiras Livres, feita pela Prefeitura do Rio, a batata já sofreu reajuste de 26,11%, e o tomate subiu 12,75%.
A greve dos caminhoneiros começou na manhã de segunda-feira e foram bloqueadas rodovias federais e estaduais em seis estados do país, entre elas, a BR-040, na divisa de Minas Gerais com o Rio de Janeiro. Até ontem, continuavam bloqueadas uma rodovia estadual no Paraná e outra em Mato Grosso.
Rio tem a maior queda: 3,55%
O preço da cesta básica em junho caiu em dez das 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo a pesquisa, o Rio de Janeiro registrou maior queda (-3,55%).
Apesar disso, o Dieese destaca que se for considerada a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser capaz de suprir despesas como alimentação, moradia, saúde e educação, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.860,21, ou seja, mais de quatro vezes o valor em vigor, R$ 678.

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