Rio -  A história de Juninho vai de encontro à maioria dos jogadores que se envolvem em polêmica e é a razão de o atleta continuar em alto nível prestes a se aposentar. Sempre em busca do melhor rendimento, há 11 anos o Reizinho tomou uma decisão que mudaria o rumo de sua carreira para sempre. Hoje, o camisa 8 curte a recompensa de tanto sacrifício e faz questão de explicar a sua rotina regrada fora das quatro linhas.
Foto: Marcelo Regua / Agência O Dia
Juninho é um dos destaques do Vasco no Brasileiro | Foto: Marcelo Regua / Agência O Dia
Quando foi para o Lyon, em 2001, Juninho percebeu que teria de cuidar de seu instrumento de trabalho para conseguir se destacar em campo por muito tempo. Excluiu os refrigerantes do cardápio, delimitou horários certos para suas três refeições obrigatórias (café da manhã, almoço e jantar) e valorizou o mínimo de oito horas de sono por noite. Sem hipocrisia, o jogador ainda reconheceu que tanta dedicação o permite dar pequenas escapulidas.

“Após os jogos, tomo minha cervejinha para dar um soninho igual a todo mundo (risos). Tudo é questão de equilíbrio. Dá para aproveitar, mas tem de priorizar o futebol”, alerta.

Aos 37 anos, Juninho mede 1,80m, pesa entre 75 e 76kg (seu peso ideal seria 76,5kg) e possui apenas 9% de gordura corporal. Em campo, chega a dar arrancadas de até 32 km/h, número semelhante a de atletas entre 27 e 29 anos. Alimentação saudável e muita água mineral são dois dos motivos de tamanha eficiência.

“Evito frituras, costumo comer mais peixe e frango. Raramente como carne vermelha. E bebo até três litros de água por dia para manter meu corpo sempre hidratado”, explicou.

Em dia de jogos, o primeiro litro já é bebido antes mesmo do almoço, o segundo termina antes de Juninho entrar no vestiário e a complementação é feita com isotônicos durante e logo após a partida. Se não bastasse, o Reizinho ainda busca acompanhamentoprofissional. Além de massagens localizadas, alongamentos e trabalhos especiais regenerativos para preparar a musculatura, o apoiador ainda participa da medicina ortomolecular.

“A partir de um exame de sangue, posso saber detalhadamente que tipo de suplementação eu tenho de fazer para repor todas as vitaminas e mineiras que perco nos treinos e jogos”, revelou Juninho, acrescentando: “O sacrifício vale a pena”.