Pesquisadores voltam à Antártica depois de oito meses do incêndio na Estação
Navio polar vai servir de apoio para projetos de ciência e tecnologia, onde serão realizadas sondagens e levantamentos oceanográficos
Estação Antártica Comandante Ferraz foi atingida por incêndio | Foto: Divulgação
Segundo a Marinha, o "Tio Max", como é chamado o navio, apoiará projetos de ciência e tecnologia, realizando sondagens e levantamentos oceanográficos que se iniciam no Continente Sul-Americano e vão até a Antártica. A embarcação realizará também a manutenção dos abrigos situados nas ilhas daquele continente.
A embarcação conta com quatro botes infláveis, dois helicópteros orgânicos e um guincho geológico – capaz de coletar amostras do assoalho marinho em profundidades de até 10 mil metros.
A Operantar contará com 81 militares e 32 pesquisadores que voltam ao continente oito meses depois do incêndio na estação. Em virtude da destruição, módulos antárticos emergenciais serão instalados na Ilha Rei George e começarão a operar em fevereiro do ano que vem, para dar continuidade ao programa de pesquisas no continente gelado. Os módulos serão usados até que uma nova unidade seja construída para substituir a incendiada.
A estação provisória terá capacidade para abrigar 65 pessoas e contará com dormitórios, banheiros, refeitórios, cozinha, laboratórios, enfermaria, geradores, além de estações de tratamento de esgoto e área de armazenamento de resíduos sólidos. Os módulos têm parede externa composta por PVC, que resiste à ação de raios ultravioleta, e podem suportar ventos de 200 quilômetros por hora.
Ao mesmo tempo em que os módulos começam a ser instalados, também se iniciam os trabalhos de remoção dos escombros da estação incendiada, cuja conclusão está prevista para março do ano que vem. O desmonte dos destroços será feito pelo Arsenal da Marinha e pelos fuzileiros navais, com o apoio de navio mercante alugado pelo governo brasileiro.
Após o incêndio, veículos e tratores que sofreram poucos danos foram trazidos ao Brasil para reparo e os demais permaneceram no local cobertos com capas protetoras para enfrentar o inverno. Em março e abril, também foi feita a retirada de parte dos escombros, com prioridade para resíduos tóxicos e material perecível.
Ao todo, o Brasil desenvolve 23 projetos de pesquisa científica na Antártica, de observação atmosférica, geológica, ciências biológicas, monitoramento ambiental de baleias e algas, monitoramento climático e o Projeto Criosfera (um subsistema terrestre), que se desenvolve dentro continente.
As informações são da Agência Brasil
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