Rio -  As escolas do Rio vão passar a abrir nos fins de semana, a partir de julho, para oferecer atividades esportivas aos moradores de comunidades e de sua vizinhança.

A medida, que começa com 30 unidades em 17 bairros durante as férias, tem como principal objetivo dar início ao que a Prefeitura chama de legado social da Olimpíada.
Secretário Índio da Costa na praça em frente ao morro do São Carlos: praticante de asa-delta desde os 13 anos | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Secretário Índio da Costa na praça em frente ao morro do São Carlos: praticante de asa-delta desde os 13 anos | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
“Nosso foco principal é a saúde e o bem-estar”, anuncia o secretário municipal de Esportes e Lazer, Antônio Pedro Índio da Costa, que estará no debate ‘Rio, Cidade sem Fronteiras’, segunda, no Morro da Mineira.

“O objetivo do projeto não é o esporte de alto rendimento. O preço de bancar um atleta assim é o mesmo para manter 500 pessoas em formação preventiva.”
Hoje, apenas 34 das 1.070 escolas do município abrem nos finais de semana. Mesmo assim, sem atividade esportiva orientada, segundo a própria Secretaria de Educação. Além de futebol, Índio quer ver as crianças treinando handebol, basquete e vôlei. Natação, nas escolas com piscinas, também está nos planos.
“Temos 800 escolas mapeadas que possuem quadras”, segue Índio, desde janeiro com a missão de reestruturar a secretaria, após receber a missão do prefeito Eduardo Paes. Os dois são amigos desde a época em que iniciaram na política, como administradores regionais de Copacabana e Barra, respectivamente.
“Só não vamos abrir as escolas na Zona Sul e na Barra. Lá, têm o calçadão, a praia. E outros programas da secretaria, como o Rio em Forma”.
A formatação do projeto está na etapa final. O secretário dividiu o Rio em oito áreas e exigirá das Oscips administradoras das vilas olímpicas que, além desta tarefa, ampliem seus quadros para abarcar o novo programa. A Edmundo Bitencourt, em Benfica, será a primeira a abrir. “Foi um pedido pessoal da secretária Cláudia Costin”.

"O Rio é a cidade do momento" - Índio da Costa, Secretário de Esporte

Índio recebeu o DIA na nova sede da secretaria, ao lado do complexo do São Carlos. Aos 42 anos, o presidente estadual do Partido Social Democrata (PSD) contou como vê o esporte na cidade e projetou uma revolução no Rio até 2016.

1. Depois de ter sido candidato a vice-presidente em 2010, como o senhor encara este novo desafio?
— Estou muito animado para a construção do Legado Social dos Jogos. Estamos estabelecendo parcerias com o BID, Unicef, Banco Mundial, Columbia University, FGV e PUC, entre outras. No mundo, o país do momento é o Brasil, e a cidade é o Rio.
 
2. Como aproveitar o potencial das favelas?
— É importante criar e desenvolver política pública que permita ao jovem ter contato com as diversas modalidades esportivas. O Rio tem 20 Unidades Municipais de Esportes e Lazer para estes jovens.
3. Há algum projeto para encontrar novos talentos no esporte?
— O grande potencial esportivo do Rio está nas escolas públicas municipais. E vamos abri-las nos finais de semana.

4. A descontinuidade de projetos é a maior crítica dos moradores de comunidades...
— Estamos desenvolvendo políticas públicas, em vez de de projetos. Agora, vamos aprimorar o plano estratégico da Cidade na área esportiva como ferramenta de educação e saúde para toda a sociedade.