Tiros, mortes e protestos contra PMs são registrados em poucas horas no Alemão
POR MARIA INEZ MAGALHAES
O Alemão tem quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O tiroteio de quinta-feira ocorreu na Pedra do Sapo. Começou por volta das 20h e durou cerca de duas horas. Durante a perícia, agentes da Divisão de Homicídios (DH) ficaram encurralados, e policiais da UPP deram apoio para que os civis deixassem o morro.
À frente das UPPs na região da Leopoldina, o coronel Marcos Balbino ouve moradores no Alemão: ‘A morte seria um acerto de contas entre traficantes’ | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
O clima é de tensão nas favelas. Moradores evitam a imprensa. Sem se identificar, alguns disseram que ‘bondes de traficantes’ (comboio de carros com bandidos armados) voltaram a circular pela região. Escolas funcionaram normalmente ontem.
Comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), coronel Paulo Henrique de Moraes, admitiu que a Pedra do Sapo é uma das áreas mais complicadas do Alemão. Ele disse que o policiamento no local foi reforçado em abril com PMs do Regime Adicional de Serviços (RAS).
“Recebemos mais policiais e redistribuímos o policiamento, principalmente nos locais onde há rotas de fuga. Mas os criminosos sempre procuram uma brecha para atuarem”, justificou o oficial, destacando que houve reforço de policiamento nas últimas horas.
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