‘Ligeirão’ cria novo horário de rush na Zona Oeste
Passageiros que aderiram ao BRT lotam o Terminal Alvorada, na Barra, até tarde da noite
Rio -
Moradores de Santa Cruz, na Zona Oeste, que largam tarde do trabalho na
Barra da Tijuca e passaram a utilizar o ‘ligeirão’ da Transoeste, estão
enfrentando novo horário de rush na volta para casa.
Por conta da lotação do Terminal Alvorada até as 23h, eles contam que a
espera para embarcar nos ônibus que seguem pela via chega, não raro, a
20 minutos.
Para se ter ideia da espera, basta ver o que ocorreu das 23h de segunda-feira passada à 0h20 de terça-feira. Durante 80 minutos passaram pela via 14 ônibus, entre expressos e paradores, conforme O DIA conferiu. Mesmo com a média de um ônibus a cada 5,7 minutos, passageiros contaram que a quantidade de coletivos não deu conta da enorme procura — a maioria funcionários dos vários shoppings da Barra da Tijuca. A cena, segundo eles, se repete diariamente.
“Muitas vezes, só consigo embarcar no segundo ou terceiro ônibus. O
expresso vem superlotado, e alguns passageiros colocam o pé na porta
para ninguém entrar. O parador vem menos lotado, mas a situação também é
difícil”, conta o auxiliar de serviços gerais Huilglan Souza Barbosa,
22 anos. Morador de Santa Cruz, ele reconhece que antes do BRT a espera
era de pelo menos meia hora. “O terminal sempre foi lotado, com ou sem
BRT. Agora fico menos tempo no ponto e o trajeto é mais rápido. Mas
somos tratados igual sardinha em lata”, critica Huilglan.
Já o ajudante de cozinha Leonardo Ribeiro, 25 anos, que trabalha no mesmo bairro, costuma chegar ao Terminal Alvorada por volta da meia noite. “Espero 20 minutos para viajar em pé. Quem quer ir sentado tem que aguardar uma hora”, diz. Mas rapidez da travessia, feita em menos de uma hora, compensa a demora . “Antes de ter o BRT, não trabalhava na Barra. Era impossível para quem mora em Santa Cruz. A melhora é considerável, mas é preciso ter mais ônibus”, pede.
ESTUDO PARA ACABAR COM ACIDENTES
Países que implantaram BRTs, como Colômbia e México, até hoje convivem com acidentes e mortes na via expressa. Assim como o ‘ligeirão’ da Zona Oeste, o BRT Transmilênio de Bogotá e o Macrobus de Guadalajara, tiveram que recorrer a campanhas educativas para mudar o comportamento de pedestres e motoristas que se arriscam na pista seletiva.
No Rio, cinco pessoas já morreram desde a inauguração do serviço em 6 de junho. De acordo com a ONG Embarq Brasil, organização especializada em transportes, os mexicanos conseguiram reduzir em 50% os acidentes desde a adoção do sistema em 2009. Em Bogotá, houve queda de 60% no número de mortes no corredor expresso. O Transmilênio foi implantado em 2000 e serviu de modelo para o Rio de Janeiro.
Na semana passada, o Crea-RJ entregou relatório ao prefeito Eduardo Paes, com propostas para reduzir acidentes na via. A comissão formada para estudar o assunto, em parceria com a prefeitura, terá 30 dias para analisar a viabilidade das sugestões.
Para se ter ideia da espera, basta ver o que ocorreu das 23h de segunda-feira passada à 0h20 de terça-feira. Durante 80 minutos passaram pela via 14 ônibus, entre expressos e paradores, conforme O DIA conferiu. Mesmo com a média de um ônibus a cada 5,7 minutos, passageiros contaram que a quantidade de coletivos não deu conta da enorme procura — a maioria funcionários dos vários shoppings da Barra da Tijuca. A cena, segundo eles, se repete diariamente.
Na estação do BRT de Santa Cruz o movimento no início da madrugada é intenso por conta da chegada dos ônibus lotados vindo da Barra da Tijuca | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Já o ajudante de cozinha Leonardo Ribeiro, 25 anos, que trabalha no mesmo bairro, costuma chegar ao Terminal Alvorada por volta da meia noite. “Espero 20 minutos para viajar em pé. Quem quer ir sentado tem que aguardar uma hora”, diz. Mas rapidez da travessia, feita em menos de uma hora, compensa a demora . “Antes de ter o BRT, não trabalhava na Barra. Era impossível para quem mora em Santa Cruz. A melhora é considerável, mas é preciso ter mais ônibus”, pede.
ESTUDO PARA ACABAR COM ACIDENTES
Países que implantaram BRTs, como Colômbia e México, até hoje convivem com acidentes e mortes na via expressa. Assim como o ‘ligeirão’ da Zona Oeste, o BRT Transmilênio de Bogotá e o Macrobus de Guadalajara, tiveram que recorrer a campanhas educativas para mudar o comportamento de pedestres e motoristas que se arriscam na pista seletiva.
No Rio, cinco pessoas já morreram desde a inauguração do serviço em 6 de junho. De acordo com a ONG Embarq Brasil, organização especializada em transportes, os mexicanos conseguiram reduzir em 50% os acidentes desde a adoção do sistema em 2009. Em Bogotá, houve queda de 60% no número de mortes no corredor expresso. O Transmilênio foi implantado em 2000 e serviu de modelo para o Rio de Janeiro.
Na semana passada, o Crea-RJ entregou relatório ao prefeito Eduardo Paes, com propostas para reduzir acidentes na via. A comissão formada para estudar o assunto, em parceria com a prefeitura, terá 30 dias para analisar a viabilidade das sugestões.
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