Contagem - Após um longo julgamento, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado na noite deste sábado pelo assassinato de Eliza Samudio e ocultação do cadáver da mesma. O acusado recebeu a condenação a 19 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio de Eliza, além de 3 anos cumprindo pena em regime aberto pela ocultação do cadáver. O tempo total é de 22 anos de prisão.
De acordo com o Estado de Minas, o advogado Ércio Quaresma confirmou o veredito e já anunciou que pretende recorrer da decisão e pedir a nulidade do processo.
Foto: Divulgação
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Acusado prefere o silêncio
Bola se recusou a responder perguntas do promotor Henry Wagner Vasconcelos, neste sábado no Fórum de Contagem, em Minas Gerais. Interrogado, Bola se limitou a dizer que era inocente e que "tendo em vista meu estado emocional, prefiro me manter calado".
Ele negou ter matado e ocultado o corpo da ex-amante do goleiro Bruno e afirmou estar preso injustamente. Bola afirmou, nesta madrugada, que conhecia somente Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e insistiu que havia falado com ele somente por telefone. O ex-policial responde por homícidio duplamente qualificdo e ocultação de cadáver.
Defesa prolonga julgamento
As manobras da para prolongar ao máximo o julgamento iniciado na última segunda-feira ficaram mais evidentes nesta quinta-feira. Alegando cansaço, os jurados pediram que a sessão fosse interrompida, o que a juíza acatou.
O advogado Ércio Quaresma, que defende Bola, solicitou a leitura de oito peças sobre o processo. Quaresma não abriu mão da leitura das peças, o que deve levar em torno de oito horas, na perspectiva do promotor Henry Wagner Vasconcellos.
A juíza Marixa disse que ainda tem a esperança de que o julgamento termine no sábado. Depois de interrogar por mais de 11 horas o delegado Edson Moreira, chefe das investigações policiais sobre a morte de Eliza, Quaresma teve cassado seu direito de perguntar por seu "visível intento protelatório e não raras vezes a conduta intimidatória, perguntas argumentativas nas quais constam visivelmente acusações contra a testemunha", afirmou a juíza, ao deferir pedido doMinistério Público.
Condenados
Pelas investigações, Bola foi contratado para assassinar Eliza. O goleiro Bruno Fernandes de Souza foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão, sendo 17 anos em regime fechado, por todos os crimes a que era julgado no caso do assassinato de Eliza Samudio, ocorrido em 2010. Já Dayanne Rodrigues, ex-mulher do jogador, foi absolvida dos crimes. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo do goleiro Bruno Fernandes, foi condenado a 15 anos de prisão. Já Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro, foi condenada a 5 anos de reclusão.