Rio - Às vésperas da Copa das Confederações, a Seleção vive uma grave crise de relacionamento com a torcida. Cansados das pífias atuações e dos maus resultados, os mineiros representaram parte do País nas vaias à equipe de Felipão no empate em 2 a 2 com o Chile e expuseram a pressão que os jogadores terão no evento-teste para o Mundial, caso não consigam emplacar vitórias.Ao contrário do que aconteceu com a Alemanha na Copa de 2006, mesmo desacreditada teve o apoio popular e chegou à semifinal, o Brasil se encaminha para repetir o que aconteceu na Copa América de 1989, quando a galera perseguiu o grupo nos dois jogos em Salvador e causou grande mal-estar.
Brasil não vem conseguindo emplacar vitórias | Foto: Divulgação
As vaias e, principalmente, os gritos de olé incomodaram. Mais perseguido, Neymar, o principal jogador canarinho, admitiu não saber o que fazer para trazer de volta a torcida para o lado da Seleção em momento-chave para o sonho do hexa em casa.“Ninguém gosta disso. Na verdade, não estou nem aí. Em todo lugar que vamos com a Seleção acabamos vaiados. É chato, é triste. Não sei o que fazer. É uma missão impossível. Mas todo filme de missão impossível tem um jeitinho que você consegue. Esperamos conquistar o torcedor de alguma forma”, afirmou o craque do Santos.
A hora não é de conforto e as vaias que refletem o que se vê em campo aumentam a pressão no grupo, deixando os nervos abalados. Felipão não gostou da pergunta sobre um possível pedido de demissão em caso de fracasso na Copa das Confederações e até abandonou a coletiva. “É uma piada. Sem resposta”.Não são apenas os mineiros que perderam a paciência. Cariocas ouvidos pelo ‘Ataque’ acham que o futebol da Seleção está totalmente desvalorizado e mostram que a pressão será grande em todos os cantos do País.
Apesar da relação crítica, Pelé pediu mais paciência e apoio para o Brasil se recuperar nas Copas das Confederações e do Mundo. “Não era só o Neymar. O Brasil não merecia escutar olé. Quem vai ao estádio tem de auxiliar, apoiar”, pediu o Rei.
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