Rio -  O crédito consignado têm hoje maior relevância para os servidores municipais na comparação com o funcionalismo estadual. Segundo levantamento realizado pela Coluna com as secretarias responsáveis pelas folhas de pagamento, cerca de R$ 36,2 milhões em contratos de crédito consignado foram assinados pelo funcionalismo da Prefeitura do Rio em março, que é representado por 88 mil servidores.
Já na esfera estadual, a relação é de R$ 188,4 milhões para 490 mil funcionários. Ou seja, essa modalidade de crédito apresenta proporção de R$ 383,93 para cada servidorfluminense, contra R$ 411,69 dos municipais do Rio.
Oferta de consignado: servidores devem ter cuidado com as condições | Foto: Agência O Dia
Oferta de consignado: servidores devem ter cuidado com as condições | Foto: Agência O Dia
Esse é um dos poucos cruzamentos que podem ser feitos entre a base de dados da prefeitura e os números do governo estadual. Isso porque as esferas não apenas usam metodologias bastante diferentes para lidar com a mesma informação, mas também adotam métricas distintas para ofertar o dinheiro.
Atualizada mensalmente, a tabela de consignado para quem serve a cidade do Rio informa apenas a taxa de juros cobrada pelos bancos. Na publicação de abril, as instituições financeiras credenciadas oferecem, basicamente, o crédito com o mesmo custo, com juros de 1,58% ao mês. Já no estado, as taxas extrapolam os 2% mensais, podendo chegar a 2,5%, mas são relativas ao Custo Efetivo Total (CET) do crédito.
Na avaliação de Alexandre Canalini, da professor da FGV, a diferença pode confundir. “O CET é um índice mais completo. Quando você toma um empréstimo, você paga impostos, taxas e, também, juros. É preciso tomar cuidado para não confundir”, explica.
Além do CET, vale reforçar que a instituição bancária pode ainda cobrar outras taxas que não fazem parte do índice. Assim, o servidor deve ficar atento para que o barato não saia ainda mais caro.