Paraná -  Grandes nomes do skate mundial, como Bob Burnquist e Sandro Dias, cada vez mais têm que dividir espaço com um grupo de adolescentes talentosos e que têm dado muito trabalho. No X Games de Foz do Iguaçu, nomes promissores da futura geração mostram que já são realidade apesar da pouca idade, enquanto os mais experientes preparam o terreno para ‘passar o skate’ aos sucessores.
“Eles já estão dando trabalho, não têm medo, são mais leves e se machucam menos. Eu tenho 38 anos e a dificuldade é grande para acompanhá-los. Estamos tentando. É possível, mas logo não vou conseguir mais. Espero que esse momento demore. Quando acontecer vou para outra categoria. É um ciclo”, admite Sandro Dias.
Entre os nomes mais conhecidos da nova geração está Tom Schaar. Com apenas 13 anos ele já participa da mais perigosa competição do X Games, a Mega Rampa, e briga por medalha fazendo história. No ano passado, o americano foi o primeiro a realizar o 1080° (três voltas no ar) e repetiu a façanha duas vezes em Foz do Iguaçu, ficando em quarto lugar.
“É louco, excitante e é um choque. Tentei cinco vezes para conseguir fazer a manobra. Treinei no trampolim para fazer a rotação correta. Trabalhei e pratiquei por um tempo até conseguir. Só depois fui para a rampa”, afirmou Tom Schaar.
O jovem americano é a aposta de Mineirinho e de Bob Burnquist para dar o próximo passo do skate: 1260° (três voltas e meia). “Andávamos juntos e acompanhei a evolução dele. Acho maravilhoso o que tem feito. Acredito que ele possa se superar, tem facilidade para fazer a manobra. Não é impossível (realizar o 1260°)”, analisou Sandro Dias.
“É muito bom saber que pensam assim”, disse Tom, que também espera fazer a manobra no vert. “Talvez seja possível. Tentei só uma vez e fiquei bem perto de conseguir. No futuro, provavelmente”, garantiu Tom.
O repórter viajou a convite da organização.