Ana Cecília Romeu: Pátria amada, Brasil
No mês em que se comemora a Independência, uma questão que muito brasileiro já se fez: tenho orgulho de ter nascido aqui?
Rio - No mês em que se comemora a Independência, uma questão que muito brasileiro já se fez: tenho orgulho de ter nascido aqui? A todo momento, novos casos de corrupção; índice elevado de analfabetos e de baixa escolaridade; na saúde pública, o caos; muitas pessoas em subnutrição e sem moradia humanamente decente.
A verdade é que, quando viajamos para outro país, enorme vontade de Brasil se apodera de nós. O nosso país é nossa casa, mesmo que construído em alicerces de problemas. O povo brasileiro tem enorme capacidade de adaptação que poucos têm. Tenho orgulho do cidadão que sustenta a família de cinco filhos ou mais, com um salário mínimo ao mês, e dos que, nem salário têm, vivendo de biscates. Orgulho daquele que perdeu tudo, mas sobrevive. Do que não tem nada, mas insiste.
Esse é o brasileiro. Nos esportes, o piloto de Fórmula 1, apontado ainda hoje pelos críticos como o melhor de todos os tempos, Ayrton Senna, aquele que retardava freadas e antecipava a aceleração após as curvas, mesmo se sob chuva. Assim venceu corridas, quando ninguém conseguia fazer o mesmo. Brasileiro como o jogador de futebol Garrincha, coluna torta, perna maior que a outra, e que importância tinha isso? Parava a bola no chão e mandava quando ela tinha que seguir. Ninguém conseguia tirá-la dele. Soberano absoluto.
Esse é o brasileiro. Grande capacidade de adaptação, que pode ser sua grande qualidade e seu maior defeito. Quando deve exigir seus direitos coletivos de cidadão, se torna passivo e ‘adaptável’, ainda que algo tenha mudado com as manifestações, na esperança de que não se adapte, aceitando o que de pior o país tem.
A alegria de viver, quando a luz não aparece, e muitas vezes nem a comida. O procurar ser feliz no caos e na violência. O sambar e cantar, o sorrir sem motivos, e ainda agradecer a Deus pelo pouco. Por tudo isso, tenho orgulho de ser brasileira! Pertencer a esse povo que tem a Pátria amada em seu sangue, e algumas vezes, apenas isso.
Publicitária e escritora
A verdade é que, quando viajamos para outro país, enorme vontade de Brasil se apodera de nós. O nosso país é nossa casa, mesmo que construído em alicerces de problemas. O povo brasileiro tem enorme capacidade de adaptação que poucos têm. Tenho orgulho do cidadão que sustenta a família de cinco filhos ou mais, com um salário mínimo ao mês, e dos que, nem salário têm, vivendo de biscates. Orgulho daquele que perdeu tudo, mas sobrevive. Do que não tem nada, mas insiste.
Esse é o brasileiro. Nos esportes, o piloto de Fórmula 1, apontado ainda hoje pelos críticos como o melhor de todos os tempos, Ayrton Senna, aquele que retardava freadas e antecipava a aceleração após as curvas, mesmo se sob chuva. Assim venceu corridas, quando ninguém conseguia fazer o mesmo. Brasileiro como o jogador de futebol Garrincha, coluna torta, perna maior que a outra, e que importância tinha isso? Parava a bola no chão e mandava quando ela tinha que seguir. Ninguém conseguia tirá-la dele. Soberano absoluto.
Esse é o brasileiro. Grande capacidade de adaptação, que pode ser sua grande qualidade e seu maior defeito. Quando deve exigir seus direitos coletivos de cidadão, se torna passivo e ‘adaptável’, ainda que algo tenha mudado com as manifestações, na esperança de que não se adapte, aceitando o que de pior o país tem.
A alegria de viver, quando a luz não aparece, e muitas vezes nem a comida. O procurar ser feliz no caos e na violência. O sambar e cantar, o sorrir sem motivos, e ainda agradecer a Deus pelo pouco. Por tudo isso, tenho orgulho de ser brasileira! Pertencer a esse povo que tem a Pátria amada em seu sangue, e algumas vezes, apenas isso.
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