Editorial: Luz no horizonte da crise
Em meio ao clima de constrangimento reinante na reunião do G20, na Rússia, sobressai positivamente o acordo dos países em prol de medidas que incrementem a economia
Rio - Em meio ao clima de constrangimento reinante na reunião do G20, na Rússia, sobressai positivamente o acordo dos países em prol de medidas que incrementem a economia. Problemas, as 20 nações mais poderosas do mundo já têm o suficiente. O mais grave é a iminente ação militar na Síria, apesar de não haver consenso sobre a necessidade do ataque, muito menos sobre a polêmica das armas químicas. Outro é o desgastante imbróglio da espionagem, que opõe Obama e Putin e enervou a presidenta Dilma Rousseff. Mas não se pode esquecer do potencial devastador da crise econômica que ainda se arrasta.
No acerto divulgado nesta quinta-feira, todos os países se comprometeram em buscar medidas que gerem emprego e aumentem o fluxo de capitais no mundo. Há dois momentos distintos nessa promessa. Um é acabar ou afrouxar as políticas de austeridade que devastaram economias europeias, cujas taxas de desocupação sobretudo entre os jovens configuram uma desgraça — e cada vez mais revelam um erro. O outro, mais delicado, obrigatoriamente pede revisões no comércio mundial, como o fim de protecionismos e outros mecanismos que solapam os mais fracos, aí incluído o Brasil.
O G20 precisa entender que já passou da hora de buscar uma recuperação sustentada e ampla, ainda mais em tempos de supervalorização do dólar, o que deixa claro o esquema cruel de privilegiar um ou outro mercado — e aí o Brasil, que apanha no câmbio, já vislumbra as funestas consequências do dólar em disparada. Ninguém está pedindo uma euforia desmedida, mas o fim de um período sombrio na economia.
No acerto divulgado nesta quinta-feira, todos os países se comprometeram em buscar medidas que gerem emprego e aumentem o fluxo de capitais no mundo. Há dois momentos distintos nessa promessa. Um é acabar ou afrouxar as políticas de austeridade que devastaram economias europeias, cujas taxas de desocupação sobretudo entre os jovens configuram uma desgraça — e cada vez mais revelam um erro. O outro, mais delicado, obrigatoriamente pede revisões no comércio mundial, como o fim de protecionismos e outros mecanismos que solapam os mais fracos, aí incluído o Brasil.
O G20 precisa entender que já passou da hora de buscar uma recuperação sustentada e ampla, ainda mais em tempos de supervalorização do dólar, o que deixa claro o esquema cruel de privilegiar um ou outro mercado — e aí o Brasil, que apanha no câmbio, já vislumbra as funestas consequências do dólar em disparada. Ninguém está pedindo uma euforia desmedida, mas o fim de um período sombrio na economia.
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